Eu falo pra você, que se sente só – porque eu conheço a solidão.
Eu sei como é se sentir sozinho – quando você está acompanhado.
Eu sei como é acordar sozinho. Eu sei como é dormir sozinho.
Eu sei como é acordar com alguém e se sentir só.
Porque, muito da minha existência, foi pautado no desejo de encontrar
alguém, de ter alguém. E muitos dos meus sentimentos mais conflituosos, vieram
da necessidade de precisar de alguém, de precisar de apoio.
E o momento mais amargo, em que mergulhei na escuridão mais profunda,
foi quando pedi muito para Deus – que me acolhesse, me suportasse, me
direcionasse, me cuidasse – e não senti resposta.
Não veio um Anjo me despertar. Não veio um Espírito de Luz me acolher.
Não veio um amigo sincero dialogar comigo – eu estava só.
Mas, não pense você que faltava pessoas, compromissos, empregados,
colegas e festas. Quantas festas... Quantos encontros sem sentido... Quantas
pessoas buscando a felicidade daquilo tudo que eu já tinha. Porque eu fiquei
rica. Tinha muita jóias, muitos vestidos. Tinha muitos homens, muitos
parceiros...
Mas, o vazio interior era imenso. A incompreensão era ainda maior. E a
dor de não me sentir compreendida, acolhida, amada, respeitada, era muito
grande.
E isso tudo me envolveu como uma crença, de que a vida é assim; de que
as pessoas são assim, de eu era assim, de que a minha história era assim.
Eu fiquei tão envolvida no sofrimento, tão arrebatada pelo dor, que eu
não questionava mais. O Mundo é assim e pronto. As coisas são assim e pronto. O
sofrimento é assim e pronto. Eu estava resignada.
Era um emaranhado muito grande, na minha mente, no meu coração, no meu
corpo. Eu valorizava o belo, então, eu era bela. Eu valorizava os Castelos, os
Palácios, então, nasci sempre conseguindo voltar aquele núcleo.
E eu trouxe para mim mesma a repetição dessa história em muitas vidas. E
não era um castigo de Deus, como eu pensava. Passar a existência, sem desfrutar
do calor do amor de alguém, de verdade.
Porque, foram tantas as decepções. E tanta a carência do meu sentimento,
que eu acreditei que a vida era assim, a vida era esse sofrimento.
E eu não entendi, que esse emaranhado estava sendo criado por mim mesma.
Eu não entendi, que as minhas crenças estavam fazendo com que eu revisitasse
sempre os mesmos lugares. Sempre as pessoas do mesmo jeito, sempre as situações
da mesma forma. Passava ano e entrava ano. Mudavam as festas, mudavam as
pessoas, mudavam as roupas – e tudo igual.
E foi muito difícil, porque eu era muito resistente, à transformação e à
mudança. E quando, finalmente, o meu aprendizado espiritual começou acontecer
no Plano Divino – no Plano mais sutil – me disseram que eu estava criando e
recriando os mesmos cenários.
Que eu estava potencializando o sofrimento e a dor se manifestando na
minha vida – porque eu tinha raiva, porque eu tinha mágoa, porque eu tinha
dores, porque eu era violenta nas palavras, agressiva – eu não acreditei, eu me
revoltei com a aula.
Eu achei que aqueles professores tão amorosos – homens e mulheres tão
bonitos e doces – não estavam falando a verdade. Eu achei que eles não
conheciam o meu mundo. Eu achei que eles não conheciam o tipo de sofrimento que
eu estava passando.
Eu já tinha a compreensão, já que eu estava no Plano Espiritual, de que
eu já tinha vivido muitas vidas daquele jeito – mas, eu me achava vítima. Eu
achava que... Eu queria mudar. E que aquilo voltava, aquilo voltava... Não era
eu.
E aí, uma mulher – muito linda, muito jovem –, eu achei que ela era uma
menina. Achei que ela tivesse, no máximo, os seus vinte anos. Ela chegou para
mim... E disse para mim, com muita suavidade:
— Você pensa que a vida
é assim, como você vê. E que nós não sofremos. Então, eu vou perguntar pra você
se você quer ver a minha história.
Ela era Mestra Pórtia. E eu, não sabia entender que no Plano Sutil, os
Mestres são jovens e lindos. Eu achava que eles tinham que ser mais velhos que
eu – porque tinham mais sabedoria –, mas, eles eram jovens e lindos... Doces.
E ela me mostrou uma vida dela, com muitas histórias, como se fosse um
filme. Eles são muito poderosos e ela colocou as mãos na minha frente... E uma
verdadeira tela se abriu.
E ali, eu vi uma vida dela muito parecida com as minhas histórias –
aquelas que doíam no meu ser: abandono, rejeição, falta de compreensão,
solidão, pobreza – e eu me vi tão perto, tão próxima dela, que eu até pensei
que ela não seria então, eu no Futuro.
E ela me disse:
“Que nem pra tudo existiria
resposta. Que muitas coisas que nós queremos saber, nós não temos ainda o
direito de saber”.
Mas, que ela podia me afirmar:
“Que da mesma forma
que criamos a dor e o sofrimento, podemos criar a Luz e o Amor... Mas, que
demanda uma entrega, uma coragem, uma abertura e um entendimento. O
entendimento do coração”.
Aí eu me conformei. Eu entendi que muitas pessoas passavam pela
solidão. E eu pedi para ser uma
aprendiz. Eu pedi para ajudar no Mundo Espiritual. E ela me ouviu e me atendeu.
E eu me propus a ajudar todas as pessoas que se sentissem solitárias. A
ajudar todos àqueles que quisessem melhorar a sua autoestima. Eu me comprometi
a olhar para aqueles que não são vistos. Para aquelas pessoas que se sentem
invisíveis, mal amadas, desrespeitadas, vazias, solitárias.
Eu me comprometi a olhar por todos aqueles que sofrem da ingratidão. Que
se sentem injustiçados, abandonados.
E estou muito feliz com a minha missão. Porque, se fiz alguém sorrir, se
trouxe um pequeno conforto para o coração de alguém – ali estou cumprindo a
minha tarefa.
Estou em sintonia com a Chama Violeta. Acesso a Casa da Chama Violeta,
porque ali está o poder mágico de fazer a transmutação de sentimentos e
emoções, de pensamentos e impressões.
E através desta abertura, Eu venho ajudar vocês hoje. E me sinto muito
honrada em poder Ser quem eu Sou, Maria Padilha. E amo vocês.
Amo. Compreendo. Aceito. E vejo em vocês, histórias e sintonia de tudo
aquilo que eu já vivi. Minha missão é mergulhar neste mundo de sensações,
emoções, para curar.
Eu compreendi, que quanto mais eu olhasse o outro sem julgamento, com
compreensão e amor, mais próxima eu estaria da vibração de Luz que alivia as
pressões do Mundo Material.
A Chama Violeta está o tempo todo pulsando: curas, expansão e
transformação.
Quando se sentirem solitários, podem ter certeza, que não é real.
Somos Todos Um. Estamos em Uníssono, da vibração de Transformação da
Nova Era.
Sigam em harmonia e tenham paz.
Reblogado do website: Maria Silvia P. Orlovas
Link desta mensagem: http://mariasilviaporlovas.blogspot.com.br/2014/12/maria-padilha-eu-falo-pra-voce-que-se.html
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