Mensagem canalizada por MS
"Tive um
longo caminho, passei por muitas situações, por muitas estradas.
Eu me vi refletido
na face de muitas pessoas.
Sempre procurei
respostas, para o amor. Sempre quis o amor, a aceitação, o carinho e muitas
vezes chamei esse amor de sucesso. Porque queria ter sucesso. E o sucesso para
mim, não era apenas o aplauso. Era saber que eu fazia a grande diferença.
Fui um grande
orador, trabalhei para ser esse orador, trabalhei para ser aquilo que me
tornei, como vocês fazem, trabalhar para alcançar objetivos, para vencer
desafios. E chegou um momento na minha caminhada e que me perguntei não
mais quem eu era, por que achava que era aquela pessoa, aquele homem que tinha
fama, aquela pessoa que tinha alcançado uma condição de sucesso, de realização,
de respeito. As pessoas me respeitavam, e era isso que queria. Esse era o meu
sucesso.
Onde chegava as
pessoas me olhavam, Nossa é o Grande...
E ai comecei a
entender que aquilo não me satisfazia, que haviam outros sentimentos dentro de
mim, e que cada vez queria mais sucesso, mais aplausos, mais reconhecimentos.
Sofria pelo reconhecimento, porque não me reconhecia, não via minha própria
luz.
Falava coisas para
as pessoas, fazia coisas para as pessoas. Era um escravo do fazer, um escravo
do viver, um escravo em busca de aceitação, de reconhecimento, de sucesso, de
prestigio, de respeito e de amor. E as pessoas me traziam isso, mas nunca era
suficiente, porque havia uma cratera dentro de mim. De não compreensão, e
entrei em um momento de profunda depressão, um profundo momento triste da minha
vida, que julguei como eterno. Porque normalmente a tristeza traz a ideia da
eternidade, porque é muito ruim estar triste, é muito ruim estar fora da sua
conexão, do seu eixo, da sua vibração, da sua luz, e era assim que eu me
sentia.
E naquela época eu
morava numa grande cidade, cercada de uma colina, de vales. E muitas vezes fui
dormir ao relento, ah!
Eu aprendi a
compreender os vagabundos, por que eles não são vagabundos, são apenas pessoas
que não se encaixam a sociedade. E me tornei um, as minhas roupas começaram a
perder o brilho. Eu me lavava quando podia, e depois passava dias, às vezes com
dificuldade até para tomar agua. Mas estava tão introspectado, tão dentro
de mim mesmo, que nada do que fazia ou vivia tinha sentido pra mim. Estava tudo
bem, o buraco era grande, o sofrimento era profundo.
Vinha de uma
família rica, muito bem situada, e as pessoas vinham atrás de mim e eu me
escondia naquela sujeira, porque eu não queria que elas me reconhecessem. Vivi
minha vida inteira atrás de reconhecimento. E aquele momento, que era como uma
morte de tudo aquilo que eu já tinha acreditado, se tornou também o meu
esconderijo.
Eu não queria que
as pessoas me resgatassem daquilo que estava aprendendo, daquilo o que estava
vivendo. Eu não precisava do resgate de ninguém, porque sabia que o resgate de
alguém, o reconhecimento de alguém, iria me trazer de volta pro mundo que não
queria mais viver.
Eu queria estar em
paz, e aquele silencio e aquele recolhimento, começou a me trazer paz. Porque
comecei a deixar de perseguir as coisas do mundo, deixei de sofrer querendo
agradar alguém, deixei de me desgastar querendo cada vez fazer melhor, fazer
melhor, fazer melhor. Porque vivia aprisionado a uma ambição de fazer bem
feito, porque achava que quanto mais bem feito fazia, as coisas que eu tinha
que fazer, seria reconhecido, amado e acolhido.
E ai, me acostumei
a dormir ao relento, a ser abraçado pela lua, a ser protegido pelos galhos de
uma árvore frondosa, a ser alimentado por pessoas que me enxergavam, porque a
maioria não quer ver um mendigo. E esse movimento foi fundamental, pra minha
vida, pra minha evolução, para meu crescimento. E passei muito tempo ai,
nesses arrabaldes da cidade, observando as coisas.
Tinha tantos
pensamentos. Teria pensamentos pra mil vidas, mas Deus foi generoso comigo e
foi dissolvendo meus pensamentos, e foi permitindo que esquecesse as coisas que
achava que sabia.
Foi muito
bom não ter que carregar tudo aquilo que achava que sabia, porque aquilo era um
peso. E quando fui aliviando esse peso, comecei a agradecer, quando chovia,
agradecer quando fazia sol e me sentia aquecido depois de uma noite fria.
Comecei desejar de novo a ver as pessoas. E ai entendi, que devia fazer parte
do mundo de novo, que ai tinha alguma coisa pra trocar, pra ensinar.
Eu não vi as rugas
chegarem no meu rosto, não vi meus os cabelos crescerem, porque mal olhava para
minha aparência. Eu que um dia tinha sido tão vaidoso! Não me preocupava mais
com o julgamento das pessoas, e também não me preocupava em julgar ninguém. A
minha ascensão, minha compreensão espiritual veio aos poucos. Sem manifestações
espirituais, sem seres que viessem me dar confirmação. Nada disso aconteceu, eu
não era assim. Era apenas uma pessoa que tinha um mundo interior muito intenso,
que tinha estudado muito, que tinha crescido muito. E foi preciso que eu
abrisse mão de tudo, pra que me sentisse amado, e esse amor teve que vir de
mim.
Eu sou mestre
Kuthumi, e eu tive muitas vidas no oriente. E felizmente de onde eu vim, os
mendigos não são açoitados, não são desrespeitados, e muitos deles não são
bêbados, nem loucos. Eles apenas renunciam a fama, ao valor, ao dinheiro, ao
prestigio, e aos olhos dos homens.
Nem todos os
mendigos são santos, nem todos os santos são mendigos.
Não é preciso
encontrar sempre um denominador comum, que acolha as ideias de todos. Não é
preciso. O mundo é diferente, as pessoas são diferentes! E a verdade de cada
pode ser uma grande luz e uma grande verdade, desde que haja nela o amor.
As religiões podem
ensinar aquilo que elas precisam ensinar, usando cada uma os seus símbolos,
suas palavras, os seus retratos, seus guias, desde que elas convirjam para
amor.
E essa é a minha
mensagem pra vocês.
Se permitam ser
muitos, respeitando a individualidade de cada um. Se permitam, em muitos se
tornarem um só, quando esse um for o amor.
Recebam nossas
bênçãos e nosso amor.
E sintam, que
vocês podem ser o que são, e que é muito bem-vindo um trabalho espiritual
voltado aos ensinamentos da Fraternidade Branca, aqui nessa cidade (Sorocaba),
aqui neste grupo, com vocês. E nunca esqueçam que não é preciso de
reconhecimento, é preciso que vocês se reconheçam. Que vocês se conectem com a
sua luz e se vejam amorosamente como servidores. E apenas isso.
A honra do servir
é a maior honra que alguém pode ter.
Espiritualmente é
muito elevado, amar com sabedoria.
É isso que a chama
amarela em conexão com a chama rosa, traz aqui hoje à vocês.
Amar, saber e
servir.
Tenham paz!"
Mensagem
Canalizada por Maria Silvia P Orlovas junto ao grupo do Instituto Holístico
Beija-flor em Sorocaba sob a coordenação de Rosana Alves
Rua Abilio Soares,
185
Tel:015 -
3033.2806
Transcrição feita
por: Janaina (o texto foi levemente alterado para facilitar a leitura)
Obrigada
Reblogado do website Maria Silvia P Orlovas
Link desta mensagem: http://mariasilviaporlovas.blogspot.com.br/2014/11/canalizacao-mestre-kuthumi.html
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