Sempre fui destemida!
Com estas palavras a norte-americana Jessica Cox se definiu.
Psicóloga graduada pela
Universidade do Arizona, pianista, faixa preta em taekwondo, piloto de avião.
Atividades incomuns,
mas não impossíveis de serem realizadas por uma mulher bastante esforçada de
trinta e três anos.
Isso, se não fosse o
fato de ter nascido sem os braços, por conta de uma enfermidade genética.
Atualmente, escreve
vinte e cinco palavras por minuto utilizando seus pés, seca seus cabelos,
aprendeu a se maquiar, trocar suas lentes de contato, dirige carros e é a
primeira mulher, na História da aviação, que pilota sem os braços.
Aviões não foram feitos
para serem pilotados com os pés, mas não desisti enquanto não tirei minha
licença, revela Jessica. Pois quando você está no ar, sente aquela sensação de
liberdade sem limites.
* * *
Você já parou para
pensar em tudo que é capaz de realizar? Ou perdeu tempo pensando naquilo que
deixou de fazer?
O que lhe falta para
tocar o céu?
Nós, que somos filhos
de Deus, recebemos como legado do Senhor da Vida a mesma força criadora que o
faz, sempre e sem cessar, criar, gerar, formar.
A criação faz parte de nossa
essência.
Geramos pensamentos,
sentimentos, inventamos, reinventamos: o homem está sempre ativo.
Esse contínuo criar é a
alavanca do Universo, da natureza e de nós mesmos. Renovamo-nos diariamente por
essa força criadora que age em nós e, através da qual, agimos no mundo.
O combustível dessa
alavanca chama-se amor.
Jamais pensemos que
algo é impossível. Jamais desistamos de um sonho. Dentro de nós, existe a força
criadora que nos foi dada por Deus. Também a capacidade de amar, que faz com
que tal força jamais cesse.
Mudanças nem sempre são
fáceis. Todavia, ainda mais difícil é lembrar-se de um antigo ideal que ficou
no passado, de longínquas palavras que gostaríamos de ter dito e não dissemos,
do abraço apertado que se perdeu nas brumas do ontem.
Se nos faltam os braços
da coragem, da fé, do perdão, da humildade, da esperança, mesmo assim jamais
desistamos e nos utilizemos dos pés, a fim de construir virtudes, a fim de
realizar nossos sonhos.
Pés que, por hora,
podem ser inábeis, podem necessitar muito ainda de treino e habilidades que
acreditamos não possuir, mas que nos farão, a seu tempo, tocar os céus do
progresso, do amor e da felicidade.
* * *
De Bertold Brecht
colhemos os versos:
Desconfiai do mais
trivial
Na aparência singelo.
E examinai, sobretudo,
o que parece habitual.
Suplicamos
expressamente: não aceiteis o que é de hábito
Como coisa natural,
Pois em tempo de
desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de
humanidade desumanizada, nada deve parecer natural.
Nada deve parecer
impossível de mudar.
* * *
Com que mãos, com que
pés mudaremos o mundo? O nosso mundo?
O que nos falta para
tocar o céu?
Redação do Momento
Espírita,
com base na Biografia
de Jessica Cox,
colhida em
e com versos do poema
Nada é impossível de
mudar,
de Bertold Brecht.
Em 3.8.2016.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário