Vemos o quanto é bom
compartilhar, dividir e trocar o eu pelo nós.
Natal é tempo de lavar a
psicosfera do mundo.
Parece que ao longo dos
meses do ano respiramos um ar pesado, difícil. Os pensamentos quase sempre
estão em complicações, indignações, revoltas e tristezas várias.
O mundo anda tenso,
inseguro, pessimista.
O Natal é a chance de
quebrarmos isso, trazendo a figura de Jesus de volta para nossos corações.
Recordar aquele nascimento
tão cheio de esperança, de docilidade e delicadeza que tantas vezes
representamos nos palcos da Terra.
Parece que Ele nasce todos
os anos... E isso nos acalma...
Enxerguemos cada Natal como
esta chance de recomeçar, de renascer do Espírito, sem medo, sem traumas, com
energias e vontade renovadas.
Nada de reclamações, nada
de pessimismo, nada de palavras que mais nos afundam do que nos salvam.
Seriedade, sim. Compromisso
com o bem, sempre. Porém, não deixemos que esses ares tão cheios de alegria se
percam ao longo dos próximos meses.
Não esqueçamos de manter
esse laço sempre apertado, o laço entre nós e o Criador, através da prece.
Conversemos sobre nós,
façamos nosso balanço, agradeçamos, reflitamos. Peçamos algo, se achar que
devemos, mas peçamos com sabedoria.
Não deixemos de orar pelo
mundo e por aqueles que sofrem, pelos menos esclarecidos, pelos que caem, pelos
que ainda não despertaram.
Jesus estará renascendo
para eles também.
*
* *
Compadeçamo-nos de
todos aqueles que não podem ou não sabem esperar. Eles estão em
toda parte...
Quase sempre são vítimas da
inquietação e do medo.
São casais que não se
toleram nas primeiras rusgas do matrimônio e desfazem a união em que se
compromissaram, abraçando riscos pelos quais, em muitas circunstâncias, cedo se
encaminham para sofrimento maior.
São mães que rejeitam os
filhos que carregam no seio, entregando-se à prática do aborto, recusando a
presença de criaturas que se lhes fariam instrumentos de redenção e reconforto
no futuro, caindo, às vezes, em largas faixas de doença ou desequilíbrio.
São amigos doentes ou
desesperados que se rebelam contra os supostos desgostos da vida e se inclinam
para o suicídio, destruindo os recursos e oportunidades que transportariam para
a conquista da vitória e da paz em si mesmos.
São jovens, famintos de
liberdade e prazer que, impedidos naturalmente do acesso a satisfações
imediatas, se entregam ao abuso dos alucinógenos, estragando as faculdades com
que o tempo os auxiliaria na construção da felicidade futura.
Neste Natal, façamos
algo por eles, os nossos irmãos que ignoram ou que não querem aceitar os
benefícios da serenidade e da esperança.
Pronunciemos algumas
frases de otimismo e encorajamento.
Escrevamos algum
bilhete que os reanime para a bênção de viver e servir.
Estendamos simpatia
em algum gesto espontâneo de gentileza.
Não nos declaremos sem
possibilidade de contribuir, nem digamos que temos todas as horas tomadas por
encargos e serviços dos quais não nos podemos distanciar.
Façamos algo, no
soerguimento do bem.
Nas realizações da
fraternidade, quem ama faz o tempo.
Redação do Momento Espírita, com base no cap.
Algo por eles, do livro Deus aguarda, pelo Espírito
Meimei, psicografia de Francisco Cândido Xavier,
ed. GEEM.
Em 6.12.2016.
Fonte:
Momento Espírita
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