Uma pequena
lâmpada, cheia de óleo, também conhecida como lamparina, gabava-se de ter um
brilho superior ao do sol.
Era mesmo uma
tola, com seu brilho tão fraco. Porém, uma rajada de vento assoprou e a apagou.
O homem veio e
voltou a acendê-la. Então, a advertiu:
Ilumina,
cumpre o teu papel e fica calada. Quem brilha de verdade não conhece a
escuridão.
* * *
O
brilho de uma vida gloriosa não deve nos encher de orgulho. Afinal, nada do que
temos nos pertence de verdade.
Tudo na Terra é
passageiro, temporário. Quando menos esperamos, a fortuna se vai, a saúde fica
comprometida, os amigos desaparecem.
Vangloriar-se de
qualidades que não temos, de vitórias não conquistadas, falar do que sabemos e
fazemos não nos torna superiores a ninguém.
Em verdade, mostra
muito mais o quanto somos tolos, pensando que outros acreditarão no que ainda
não demonstramos em nossa maneira de agir.
Nosso equilíbrio
emocional deve repousar sobre a humildade, essa virtude que nos permite vermos,
claramente, o que já somos, o que alcançamos e o quanto ainda temos a caminhar.
O orgulho e a
vaidade não nos conduzem a lugar algum, a não ser ao trono dos desenganos.
Quando o orgulho
se une à ilusão, passamos a nos considerar, de forma equivocada, como aqueles
que nunca erram, que tudo sabem, até mesmo a correta pronúncia em outros
idiomas.
E pretendemos,
nessa tola ilusão, corrigirmos os demais.
Acreditamos saber
tudo, de geografia à história, ciências, arte e política. Dominamos qualquer
assunto.
Somente não nos
damos conta de como nos tornamos ridículos com esse comportamento.
De outra parte, o
orgulho, aliado à vaidade, também nos conduz à lamentação, à raiva, à revolta,
porque nos acreditamos merecedores de tudo que há de melhor no mundo.
Pessoas a quem os
reveses e sofrimentos não devem alcançar, de forma alguma.
Se, no entanto,
cultivarmos a humildade, teremos a exata ideia da nossa estatura intelectual e
moral.
Saberemos falar
quando for oportuno e nos calarmos quando alguém mais sábio se expressar.
Além do que,
calados, ouviremos melhor e poderemos aprender aquilo que ainda não sabemos. Ou
sabemos parcialmente.
A humildade nos
permite reconhecer quem realmente somos, conscientes das nossas virtudes e
defeitos, capacidades e vontades.
Sobretudo nos diz
que não somos superiores aos demais, mesmo que sejamos detentores de várias
virtudes.
Isso porque
estamos todos em processo de progresso, de evolução. O que conquistamos pode
nos constituir grande vitória, mas comparado a tantos outros, pode ser quase
nada.
Afinal, há muito
ainda a aprender, nesta Terra.
E, quando deste
planeta tenhamos absorvido toda a ciência, saber e moralidade, migraremos para
outros mundos, continuando o progresso, cujas dimensões desconhecemos.
Assim, não sejamos
como a lamparina, falando do que não sabemos e alardeando o que não somos.
Nosso proceder
fala por nós, sem necessidade de que anunciemos pretensas virtudes ou saberes.
Pensemos nisso.
Redação do Momento
Espírita.
Em 27.2.2021
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
Nenhum comentário:
Postar um comentário