Emmanuel, da obra “Caminho, Verdade e Vida,
psicografado por Francisco Cândido Xavier
E por que me chamais
Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo? - Jesus. (LUCAS, 6:46)
Em
lamentável indiferença, muitas pessoas esperam pela morte do corpo, a fim de
ouvirem as sublimes palavras do Cristo.
Não
se compreende, porém, o motivo de semelhante propósito. O Mestre permanece vivo
em seu Evangelho de Amor e Luz.
É
desnecessário aguardar ocasiões solenes para que lhe ouçamos os ensinamentos
sublimes e claros.
Muitos aprendizes aproximam-se do trabalho
santo, mas desejam revelações diretas. Teriam mais fé, asseguram displicentes,
se ouvissem o Senhor, de modo pessoal, em suas manifestações divinas.
Acreditam-se merecedores de dádivas celestes e acabam considerando que o
serviço do Evangelho é grande em demasia para o esforço humano e põem-se à
espera de milagres imprevistos, sem perceberem que a preguiça sutilmente se
lhes mistura à vaidade, anulando-lhes as forças.
Tais companheiros não sabem ouvir o Mestre
Divino em seu verbo imortal. Ignoram que o serviço deles é aquele a que foram
chamados, por mais humildes lhes pareçam as atividades a que se ajustam.
Na qualidade de político ou de varredor,
num palácio ou numa choupana, o homem da Terra pode fazer o que lhe ensinou
Jesus.
É por isso que a oportuna pergunta do
Senhor deveria gravar-se de maneira indelével em todos os templos, para que os
discípulos, em lhe pronunciando o nome, nunca se esqueçam de atender,
sinceramente, às recomendações do seu verbo sublime.
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