Este
é um resumo dos pontos interessantes do texto. A íntegra pode ser lida no
exemplar nº 439, ano XXXV, de maio de 2011 do jornal Folha Espírita:
“Há
muito tempo carrego este fardo comigo e sempre me preocupei no sentido de que
Chico Xavier não me falaria tudo o que relato nesta edição da Folha Espírita à
toa, senão com uma finalidade específica. Na ocasião da conversa que descrevo
nas páginas seguintes, senti que minha mente estava recebendo um tratamento
mnemônico diferente, para que não viesse a esquecer aquelas palavras proféticas,
e que, em momento oportuno do futuro, eu seria chamado a testemunhá-las.
Tive
a felicidade de conviver na intimidade com Chico Xavier, dialogando com ele
vezes sem conta, madrugada adentro, sobre variados assuntos de nossos
interesses comuns, notadamente sobre esclarecimentos palpitantes acerca da
Doutrina dos Espíritos e do Evangelho de Jesus. Um desses temas foi em relação
ao Apocalipse, do Novo Testamento. Desde então, em nossos colóquios, Chico
Xavier tinha sempre uma ou outra palavra esclarecedora sobre o assunto,
pontuando esse ou aquele versículo e fazendo-me compreender, aos poucos, o
momento de transição pelo qual passa o nosso orbe planetário, a caminho da
regeneração”.
Numa
dessas conversas, lembrando o livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do
Evangelho, escrito pelo espírito Humberto de Campos, Lemos Neto externou ao
Chico sua dúvida quanto ao título do livro, uma vez que ainda naquela ocasião,
em meados da década de 80, o Brasil vivia às voltas com a hiperinflação, a miséria,
a fome, as grandes disparidades sociais, o descontrole político e econômico,
sem falar nos escândalos de corrupção e no atraso cultural.
“Lembro-me,
como hoje, a expressão surpresa do Chico me respondendo: “Ora, Geraldinho, você
está querendo privilégios para a Pátria do Evangelho, quando o fundador do
Evangelho, que é Nosso Senhor Jesus Cristo, viveu na pobreza, cercado de
doentes e necessitados de toda ordem, experimentou toda a sorte de vicissitudes
e perseguições para ser supliciado quase abandonado pelos seus amigos mais próximos
e morrer crucificado entre dois ladrões? Não nos esqueçamos de que o fundador
do Evangelho atravessou toda sorte de provações, padeceu o martírio da cruz,
mas depois ele largou a cruz e ressuscitou para a Vida Imortal! Isso deve
servir de roteiro para a Pátria do Evangelho. Um dia haveremos de ressuscitar
das cinzas de nosso próprio sacrifício para demonstrar ao mundo inteiro a
imortalidade gloriosa!”
Na
seqüência da nossa conversa, perguntei ao Chico o que ele queria exatamente
dizer a respeito do sacrifício do Brasil. Estaria ele a prever o futuro de
nossa nação e do mundo? Chico pensou um pouco, como se estivesse vislumbrando
cenas distantes e, depois de algum tempo, retornou para dizer-nos: “Você se
lembra, Geraldinho, do livro de Emmanuel A Caminho da Luz? Nas páginas finais
da narrativa, no cap. XXIV, cujo título é O Espiritismo e as Grandes Transições,
nele Emmanuel afirmara que os espíritos abnegados e esclarecidos falavam de uma
nova reunião da comunidade das potências angélicas do Sistema Solar, da qual é
Jesus um dos membros divinos, e que a sociedade celeste se reuniria pela
terceira vez na atmosfera terrestre, desde que o Cristo recebeu a sagrada missão
de redimir a nossa humanidade, para, enfim, decidir novamente sobre os destinos
do nosso mundo”.
Pois
então, Emmanuel escreveu isso nos idos de 1938 e estou informado que essa reunião
de fato já ocorreu. Ela se deu quando o homem finalmente ingressou na
comunidade planetária, deixando o solo do mundo terrestre para pisar pela
primeira vez o solo lunar. O homem, por seu próprio esforço, conquistou o
direito e a possibilidade de viajar até a Lua, fato que se materializou em 20
de julho de 1969.
Naquela
ocasião, o Governador Espiritual da Terra, que é Nosso Senhor Jesus Cristo,
ouvindo o apelo de outros seres angelicais de nosso Sistema Solar, convocara
uma reunião destinada a deliberar sobre o futuro de nosso planeta. O que posso
lhe dizer, Geraldinho, é que depois de muitos diálogos e debates entre eles
foram dadas diversas sugestões e, ao final do celeste conclave, a bondade de
Jesus decidiu conceder uma última chance à comunidade terráquea, uma última
moratória para a atual civilização no planeta Terra. Todas as injunções cármicas
previstas para acontecerem ao final do século XX foram então suspensas, pela
Misericórdia dos Céus, para que o nosso mundo tivesse uma última chance de
progresso moral.
O
curioso é que nós vamos reconhecer nos Evangelhos e no Apocalipse exatamente
este período atual, em que estamos vivendo, como a undécima hora ou a hora
derradeira, ou mesmo a chamada última hora.
Perguntei-lhe
sobre qual fora então as deliberações de Jesus, e ele me respondeu: “Nosso
Senhor deliberou conceder uma moratória de 50 anos à sociedade terrena, a
iniciar-se em 20 de julho de 1969, e, portanto, a findar-se em julho de 2019.
Ordenou Jesus, então, que seus emissários celestes se empenhassem mais
diretamente na manutenção da paz entre os povos e as nações terrestres, com a
finalidade de colaborar para que nós ingressássemos mais rapidamente na
comunidade planetária do Sistema Solar, como um mundo mais regenerado, ao final
desse período. Algumas potências angélicas de outros orbes de nosso Sistema
Solar recearam a dilação do prazo extra, e foi então que Jesus, em sua
sabedoria, resolveu estabelecer uma condição para os homens e as nações da
vanguarda terrestre. Segundo a imposição do Cristo, as nações mais
desenvolvidas e responsáveis da Terra deveriam aprender a se suportarem umas às
outras, respeitando as diferenças entre si, abstendo-se de se lançarem a uma
guerra de extermínio nuclear. A face da Terra deveria evitar a todo custo a
chamada III Guerra Mundial. Segundo a deliberação do Cristo, se e somente se as
nações terrenas, durante este período de 50 anos, aprendessem a arte do bom
convívio e da fraternidade, evitando uma guerra de destruição nuclear, o mundo
terrestre estaria enfim admitido na comunidade planetária do Sistema Solar como
um mundo em regeneração. Nenhum de nós pode prever, Geraldinho, os avanços que
se darão a partir dessa data de julho de 2019, se apenas soubermos defender a
paz entre nossas nações mais desenvolvidas e cultas!”
Perguntei,
então, ao Chico a que avanços ele se referia e ele me respondeu: “Nós alcançaremos
a solução para todos os problemas de ordem social, como a solução para a
pobreza e a fome, que estarão extintas; teremos a descoberta da cura de todas
as doenças do corpo físico pela manipulação genética nos avanços da Medicina; o
homem terrestre terá amplo e total acesso à informação e à cultura, que se fará
mais generalizada; também os nossos irmãos de outros planetas mais evoluídos
terão a permissão expressa de Jesus para se nos apresentarem abertamente,
colaborando conosco e oferecendo-nos tecnologias novas, até então, inimagináveis
ao nosso atual estágio de desenvolvimento científico; haveremos de fabricar
aparelhos que nos facilitarão o contato com as esferas desencarnadas,
possibilitando a nossa saudosa conversa com os entes queridos que já partiram
para o além-túmulo; enfim estaríamos diante de um mundo novo, uma nova Terra,
uma gloriosa fase de espiritualização e beleza para os destinos de nosso
planeta.”
Foi
então que, fazendo as vezes de advogado do diabo, perguntei a ele: Chico, até
agora você tem me falado apenas da melhor hipótese, que é esta em que a
humanidade terrestre permaneceria em paz até o fim daquele período de 50 anos.
Mas, e se acontecer o caso das nações terrestres se lançarem a uma guerra
nuclear? “Ah! Geraldinho, caso a humanidade encarnada decida seguir o infeliz
caminho da III Guerra mundial, uma guerra nuclear de conseqüências imprevisíveis
e desastrosas, aí então a própria mãe Terra, sob os auspícios da Vida Maior,
reagirá com violência imprevista pelos nossos homens de ciência. O homem começaria
a III Guerra, mas quem iria terminá-la seriam as forças telúricas da natureza,
da própria Terra cansada dos desmandos humanos, e seríamos defrontados então
com terremotos gigantescos; maremotos e ondas (tsunamis) conseqüentes; veríamos
a explosão de vulcões há muito extintos; enfrentaríamos degelos arrasadores que
avassalariam os pólos do globo com trágicos resultados para as zonas costeiras,
devido à elevação dos mares; e, neste caso, as cinzas vulcânicas associadas às
irradiações nucleares nefastas acabariam por tornar totalmente inabitável todo
o Hemisfério Norte de nosso globo terrestre.”
Mas,
o que aconteceria especificamente com o Brasil?
Segundo
o médium, “em todas as duas situações, o Brasil cumprirá o seu papel no grande
processo de espiritualização planetária. Na melhor das hipóteses, nossa nação
crescerá em importância sociocultural, política e econômica perante a
comunidade das nações. Não só seremos o celeiro alimentício e de matérias-primas
para o mundo, como também a grande fonte energética, com o descobrimento de
enormes reservas petrolíferas que farão da Petrobrás uma das maiores empresas
do mundo. O Brasil crescerá a passos largos e ocupará importante papel no cenário
global, isso terá como conseqüência a elevação da cultura brasileira ao cenário
internacional e, a reboque, os livros do Espiritismo Cristão, que aqui tiveram
solo fértil no seu desenvolvimento, atingirão o interesse das outras nações
também. Agora, caso ocorra a pior hipótese, com o Hemisfério Norte do planeta
tornando-se inabitável, grandes fluxos migratórios se formariam então para o
Hemisfério Sul, onde se situa o Brasil que, então, seria chamado mais
diretamente a desempenhar o seu papel de Pátria do Evangelho, exemplificando o
amor e a renúncia, o perdão e a compreensão espiritual perante os povos
migrantes.
A
Nova Era da Terra, neste caso, demoraria mais tempo para chegar com todo seu
esplendor de conquistas científicas e morais, porque seria necessário mais um
longo período de reconstrução de nossas nações e sociedades, forçadas a se
reorganizarem em seus fundamentos mais básicos”.
Segundo
Chico me revelou, o que restasse da ONU acabaria por decidir a invasão das nações
do Hemisfério Sul, incluindo-se aí obviamente o Brasil e o restante da América
do Sul, a Austrália e o sul da África, a fim de que nossas nações fossem
ocupadas militarmente e divididas entre os sobreviventes do holocausto no
Hemisfério Norte. Aí é que nós, brasileiros, iríamos ser chamados a
exemplificar a verdadeira fraternidade cristã, entendendo que nossos irmãos do
Norte, embora invasores a “mano militare”, não deixariam de estar
sobrecarregados e aflitos com as conseqüências nefastas da guerra e das
hecatombes telúricas, e, portanto, ainda assim, devendo ser considerados nossos
irmãos do caminho, necessitados de apoio e arrimo, compreensão e amor.
Neste
ponto da conversa, Chico fez uma pausa na narrativa e completou: “Nosso Brasil
como o conhecemos hoje será então desfigurado e dividido em quatro nações
distintas. Somente uma quarta parte de nosso território permanecerá conosco e
aos brasileiros restarão apenas os Estados do Sudeste, somados a Goiás e ao
Distrito Federal. Os norte-americanos, canadenses e mexicanos ocuparão os
Estados da Região Norte do País, em sintonia com a Colômbia e a Venezuela. Os
europeus virão ocupar os Estados da Região Sul do Brasil, unindo-os ao Uruguai,
à Argentina e ao Chile. Os asiáticos, notadamente chineses, japoneses e
coreanos, virão ocupar o nosso Centro-Oeste, em conexão com o Paraguai, a Bolívia
e o Peru. E, por fim, os Estados do Nordeste brasileiro serão ocupados pelos
russos e povos eslavos. Nós não podemos nos esquecer de que todo esse
intrincado processo tem a sua ascendência espiritual e somos forçados a
reconhecer que temos muito que aprender com os povos invasores. Vejamos, por
exemplo: os norte-americanos podem nos ensinar o respeito às leis, o amor ao
direito, à ciência e ao trabalho. Os europeus, de uma forma geral, poderão nos
trazer o amor à filosofia, à música erudita, à educação, à história e à
cultura. Os asiáticos poderão incorporar à nossa gente suas mais altas noções
de respeito ao dever, à disciplina, à honra, aos anciãos e às tradições
milenares. E, então, por fim, nós brasileiros, ofertaremos a eles, nossos irmãos
na carne, os mais altos valores de espiritualidade que, mercê de Deus,
entesouramos no coração fraterno e amigo de nossa gente simples e humilde, essa
gente boa que reencarnou na grande nação brasileira para dar cumprimento aos
desígnios de Deus e demonstrar a todos os povos do planeta a fé na Vida
Superior, testemunhando a continuidade da vida além-túmulo e o exercício sereno
e nobre da mediunidade com Jesus”.
Segundo
Chico Xavier, o Brasil não terá privilégios e sofrerá também os efeitos de
terremotos e tsunamis, notadamente nas zonas costeiras. Acontece que, de acordo
com o médium, o impacto por aqui será bem menor se comparado com o que sobrevirá
no Hemisfério Norte do planeta.
Outra
decisão dos benfeitores espirituais da Vida Maior foi a que determinou que, após
o alvorecer do ano 2000 da Era Cristã, os espíritos empedernidos no mal e na
ignorância não mais receberiam a permissão para reencarnar na face da Terra.
Reencarnar aqui, a partir dessa data, equivaleria a um valioso prêmio justo,
destinado apenas aos espíritos mais fortes e preparados, que souberam amealhar,
no transcurso de múltiplas reencarnações, conquistas espirituais relevantes
como a mansidão, a brandura, o amor à paz e à concórdia fraternal entre povos e
nações. Insere-se dentro dessa programação de ordem superior a própria
reencarnação do mentor espiritual de Chico Xavier, o espírito Emmanuel, que, de
fato, veio a renascer, segundo Chico informou a variados amigos mais próximos,
exatamente no ano 2000. Todos os demais espíritos, recalcitrantes no mal,
seriam então, a partir de 2000, encaminhados forçosamente à reencarnação em
mundos mais atrasados, de expiações e de provas aspérrimas, ou mesmo em mundos
primitivos, vivenciando ainda o estágio do homem das cavernas, para poderem
purgar os seus desmandos e a sua insubmissão aos desígnios superiores. Chico
Xavier tinha conhecimento desses mundos para onde os espíritos renitentes
estariam sendo degredados. Segundo ele, o maior desses planetas se chamaria Kírom
ou Quírom.
O
próprio Emmanuel, através de Chico Xavier, respondendo a uma entrevista já
publicada em livro nos diz que as profecias são reveladas aos homens para não
serem cumpridas. São, na realidade, um grande aviso espiritual para que nos
melhoremos e afastemos de nós a hipótese do pior caminho.
Fonte: Estação Despertar
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