Joanna de Ângelis
A imortalidade é de
todos os tempos. A ameba, por exemplo, sendo um dos organismos unicelulares
mais simples, pode ser considerada como imortal, porquanto, à
medida que envelhece, graças ao fenômeno da mitose, dá lugar a duas outras,
ricas de vida, e assim, sucessivamente. Jamais ocorre a morte do
elemento inicial.
Assim sucede com a vida
humana,do ponto de vista do ser espiritual, que enseja a cada um experienciar o
que é sempre melhor para si mesmo.
O impositivo que se
apresenta é o de viver o presente, em razão de o passado apresentar-se já
realizado, enquanto o futuro se encontra ainda em construção.
Atingir o máximo das
suas possibilidades no momento que passa, constitui o desafio que não pode ser
ignorado.
Essa mecânica, porém, é
produzida pelo amor, que deve orientar a inteligência na aplicação das suas
conquistas.
Isso significa um
esforço individual expressivo, que se torna seletivo em benefício do conjunto
social.
À semelhança do que
ocorre no organismo, em que nenhuma célula trabalha unicamente em favor de si
mesma, porém do conjunto que deve sempre funcionar em harmonia, vão surgindo os
padrões de comportamento que dão lugar às tendências universais em torno da
vida, que se processa de acordo com o mecanismo da evolução. Cada parte que
constitui o órgão está sempre preparada para transformar-se em favor de um
elemento maior e mais expressivo.É uma verdadeira cadeia progressiva, infinita,até
o momento em que se encerra o ciclo vital e a matéria se desagrega em face do
fenômeno biológico da morte.
Todo esse processo tem
lugar sob o controle do Espírito que modela a organização de que se serve
através do seu invólucro semimaterial, e quando se dá a desarticulação das
moléculas, eis que se libera e prossegue indestrutível no rumo da plenitude,
quando se depura de todas as imperfeições resultantes do largo período da
evolução.
Essa busca pode ser
também denominada como a da iluminação, cuja conquista elimina o medo dos
equívocos, da velhice, das doenças, da morte, porquanto enseja a consciência da
imortalidade, dessa forma, do prosseguimento da vida em todas as suas
maravilhosas nuanças que se apresentam em outras dimensões, em outros campos vibratórios.
Essa iluminação propicia
o despertar do sonho, da ilusão em torno dos objetivos da existência, tornando
o ser consciente de tudo que pode realizar por si mesmo e pela sociedade.
Por mais que postergue
essa conscientização, momento chega em que o Espírito sobrepõe-se ao ego e
rompe o limite do intelecto, conquistando a visão coletiva sobre o infinito.
É quando se autoanalisa,
voltando-se para dentro e descobrindo os tesouros inabordáveis da imortalidade,
buscando no coração as forças que lhe são necessárias para a entrega à
autoiluminação.
Como bem assinalou
Jesus: O Reino dos Céus está dentro de vós, portanto, do Espírito
que se é e não do corpo pelo qual se manifesta.
Esse mecanismo é
possível de ser ignorado, quando a pessoa resolve-se pela remoção das trevas
que ocultam o conhecimento de si mesma, deixando-a confusa, a fim de que se
estabeleça a pujança do amor franco e puro, gentil e corajoso que não conhece
limites...
A imortalidade é, pois,
a grande meta a ser atingida.
Cessasse a vida, quando se
interrompesse o fenômeno biológico pela morte, e destituída de significado
seria a existência humana, que surgiu em forma embrionária aproximadamente há
dois bilhões de anos... Alcançando o clímax da inteligência, da consciência e
das emoções superiores, se fosse diluída, retornando às energias primárias, não
teria qualquer sentido ético-moral nem lógico ou racional.
Muitos, entre aqueles
que assim pensam, que a vida se extingue com a morte, certamente rebelam-se
contra os conceitos ultrapassados de algumas doutrinas religiosas em torno da
Justiça Divina após a morte, com as execuções penais de natureza eterna e
insensata.
Considerada, porém, como
o oceano gerador da vida, a imortalidade precede ao estágio atual em que se
movimenta o ser humano e sucede-o, num vir-a-ser progressista sempre melhor e
mais grandioso.
Existe o mundo
imaterial, causal, de onde procede o hálito da vida, que impregna a matéria
orgânica e a impulsiona na sua fatalidade biológica, e aguarda o retorno desse princípio
inteligente cada vez mais lúcido e rico de complexidades do
conhecimento e do sentimento.
Desse modo, o sentido
existencial é o de aprimoramento pessoal com o conseqüente enriquecimento
defluente da sabedoria que conduz à paz.
Ninguém se aniquila pela
morte.
A melhor visão em torno
da imortalidade é contemplar-se um cadáver do qual afastou-se o agente
vitalizador, o Espírito que o acionava.
Não morrendo jamais a
vida, todo o empenho deve ser feito em seu favor, de modo que a cada instante
se adquiram melhores recursos de iluminação, de compaixão, de beleza, de
harmonia.
Desse modo, não morreram
também aqueles que a desencarnação silenciou, velando-os com a paralisia dos
órgãos a caminho da decomposição.
Eles prosseguem na
caminhada ascensional e mantêm os vínculos sentimentais com aqueloutros que
lhes eram afeiçoados ou não, deles recordando-se e desejando intercambiar, a
fim de afirmar que continuam vivendo conforme eram.
Se fizeres silêncio
íntimo ao recordar-te deles, em sintonia com o pensamento de amor, eles poderão
comunicar-se contigo, trazer-te notícias de como e de onde se encontram,
consolando-te e acalmando-te, ao tempo em que te prometem o reencontro ditoso,
mais tarde, quando também soar o teu momento de retorno.
Ao invés da revolta
inútil porque se foram, pensa que a distância aparente é apenas vibratória e
conscientiza-te de que nada aniquila o amor, essa sublime herança do Pai
Criador.
Utiliza-te das
lembranças queridas e envia-lhes mensagens de esperança e de ternura, de
gratidão e de afeto, de forma que retemperem o ânimo e trabalhem pela própria
iluminação, vindo em teu auxílio, quando as circunstâncias assim o
permitirem...
Não os lamentes porque
desencarnaram, nem os aflijas com interrogações que ainda não te podem
responder.
Acalma a ansiedade e
continua amando-os, assim contribuindo para que permaneçam em paz e cresçam na
direção de Deus sendo felizes.
* * *
A morte é a desveladora
da vida em outras expressões.
Jesus retornou da
sepultura vazia para manter o contato com os corações queridos, confirmando a
grandeza da imortalidade a que se referira antes, demonstrando que o sentido
existencial é o da aquisição dos tesouros do amor e da amizade, para a
conquista da transcendência.
Ora pelos teus
desencarnados, envolve-os em carinho e vive com dignidade em homenagem a eles,
que te esperam além da cortina de cinza e sombra, quando chegar o teu momento
de libertação.
Joanna
de Ângelis
Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco,
na tarde de 19 de maio de 2008, Esch, Ducado de Luxemburgo.
Em 01.02.2009
Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco,
na tarde de 19 de maio de 2008, Esch, Ducado de Luxemburgo.
Em 01.02.2009
Reblogado
do website Divaldo Franco
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