Então consultou Ifá (o Orixá da
adivinhação) e este lhe disse que em uma segunda tentativa ela teria um filho
lindíssimo, tão formoso quanto o arco-íris, mas este não ficaria a seu lado,
porque ela estava indo contra as leis da natureza: Oxalá era de Iemanjá,
Orumilá havia traçado isto no céu.
Aliás, o próprio Oxalá tentou,
inutilmente, dissuadi-la desta relação.
Conforme previsto por Ifá, nasceu
Oxumarê, maravilhoso.
Durante seis meses, assumia a forma de
um arco-íris, levando água para o castelo de seu pai, que morava em Orum (céu).
Nos outros seis meses, voltava à Terra
sob a forma de uma cobra, aquela que mordia a própria cauda, dando a volta em
torno da Terra.
Ela teria gerado o movimento de
rotação do planeta, bem como o trânsito dos corpos celestes no espaço.
É a serpente da bíblia, da magia, e
representa polaridades opostas: masculino/feminino, inverno/verão, noite/dia,
bem/mal, sendo que, por ser extremamente generoso, Oxumarê coloca no coração e
na consciência do homem a certeza de que só o Bem é a luz, o amor.
Sendo assim, o Bem é tudo de que os
bons precisam para se tornarem fortes; na verdade, o mal só existe porque os
bons são tímidos.
A lenda continua dizendo que Oxumarê
deu um reino a seu irmão e que lhe fez uma roupa muito bonita para esconder sua
aparência.
Carinhoso, amoroso, não deixa que seus
filhos passem privações, e se os mesmos estão sujeitos ao carma ou a “Lei”, ele
procura consolá-los, ajudando-os a suportar as provas.
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