Em várias passagens do Evangelho, Jesus
exorta Seus seguidores a que sejam o sal da Terra e a luz do Mundo.
A mensagem cristã constitui um chamado
ao desprendimento das coisas e dos valores mundanos.
Desprendimento não no sentido de
desprezo, mas com o significado de dar a tudo o seu justo valor.
Sabe-se que as conquistas terrenas são
fugazes e transitórias.
Tudo o que se refere à matéria possui
uma grande fragilidade.
Beleza, poder, influência, fortuna,
tudo isso cedo ou tarde fenece ou troca de mãos.
A vida é cheia de revezes e os
percalços inerentes à trajetória humana podem amargurar.
Quem coloca todas as suas alegrias e
expectativas nessas conquistas transitórias candidata-se a fortes decepções.
A proposta evangélica é que se deve
viver no Mundo, mas sem ser do Mundo.
Ocupar-se com dignidade das atividades
que garantem a manutenção da vida e da ordem social.
Estudar, trabalhar, cuidar da saúde e
planejar a própria existência com prudência e critério.
Contudo, perceber que a finalidade do
viver terreno não se cinge a tais aspectos.
Por preciosa que seja determinada
conquista material, ela um dia ficará para trás.
Ao mesmo tempo, os revezes da fortuna
nem sempre permitem que se atinja o objetivo almejado.
Nem por isso a criatura humana deve se
tornar angustiada ou indiferente.
Para bem aproveitar seu tempo na Terra,
ela precisa aprender a dar a cada coisa o seu merecido valor.
Tendo em vista seu potencial de
desenvolvimento da inteligência e da vontade, são positivos os mais comuns
sonhos humanos.
Entretanto, sua realização não pode
constituir a meta da existência.
Ciente de que um dia o corpo físico
perecerá, é importante cuidar do que a ele transcende.
Aí se encontra a possibilidade que a
mensagem cristã possui de conferir um novo sabor à vida do homem.
À semelhança do sal, ela funciona como
um tempero, dá um atrativo diferente ao que de outro modo seria insípido.
Trata-se do convite à vivência de
virtudes com o potencial de tornar doce e pacífico o coração.
Jesus apresentou ao mundo um Deus pleno
de amor e sabedoria.
A fé nesse Deus amoroso e sábio possui
o condão de pacificar a alma, entre as lutas do mundo.
Também o perdão é uma força
libertadora, que permite seguir tranquilo mesmo por entre agressões.
A compaixão faz com que o homem preste
atenção no semelhante e sinta vontade de auxiliá-lo.
Com isso, ajuda-o a não pensar muito em
seus próprios problemas e sua vida se simplifica.
O Evangelho significa Boa Nova e
seu objetivo é tornar felizes os homens.
Não promete uma felicidade feita das
instáveis e perecíveis conquistas humanas.
Mas assegura a vivência de doces emoções,
com infinito potencial pacificador.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 27.04.2011.
Em 27.04.2011.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
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