Conta-se que um homem
encontrou a si mesmo, ainda criança, brincando no quintal.
Você quer conhecer o
segredo de ser um menino feliz para o resto de sua vida? Ele perguntou.
Quero, respondeu o garoto.
Pense nos outros.
O menino achou o segredo
meio sem graça. Mas, homem feito, ponderou:
Só bem mais tarde vim a
entender o conselho que tantas vezes na vida deixei de cumprir. Mas que sempre
deu certo quando me lembrei de segui-lo, fazendo-me feliz como um menino.
*
* *
O conselho desse homem
remete a ensinamentos repetidos e divulgados nas Escrituras Sagradas e em
textos da Antiguidade.
Portanto, muito antes da
vinda de Jesus à Terra, algumas civilizações recomendavam a regra áurea,
trazida por embaixadores de sua sabedoria e misericórdia.
Os gregos diziam: Não
façais ao próximo o que não desejais receber dele.
Os persas afirmavam: Fazei
como quereis que se vos faça.
Os chineses declaravam: O
que não desejais para vós, não façais a outrem.
Os egípcios recomendavam: Deixai
passar aquele que fez aos outros o que desejava para si.
Os hebreus doutrinavam: O
que não quiserdes para vós, não desejeis para o próximo.
Os romanos insistiam: A
lei gravada nos corações humanos é amar os membros da sociedade como a si
mesmo.
Jesus incorporou a regra
áurea aos mandamentos, sintetizando todo o Decálogo em Amarás ao Senhor
teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e
de todo o teu entendimento e ao próximo como a ti mesmo.
O Evangelho nos ensina que
amar ao próximo como a si mesmo e fazer aos outros o que gostaríamos que
fizessem por nós é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos
os deveres para com o próximo.
E Jesus, diferentemente de
muitos profetas e mensageiros, praticou a regra áurea, dando exemplos de seu
significado com Suas ações.
Ele demonstrou que quem ama
verdadeiramente está atento às necessidades das pessoas e sempre encontra
formas de cooperar com quem necessita.
Exemplificou que quem ama o
próximo é tolerante com suas faltas, é paciente, abençoa, perdoa e ajuda.
Pensar nos outros requer
afastamento do egoísmo, colocando o próximo em primeiro plano.
Quem ama verdadeiramente
deseja aos outros felicidade, saúde, paz, realização, enfim, as mesmas coisas
que deseja para si mesmo.
Pensar nos outros é ter a
responsabilidade de observar se os próprios atos e escolhas não prejudicam,
ofendem ou magoam quem nos cerca.
Nossos gestos e palavras
podem impactar negativamente as pessoas.
Por isso, antes de dizermos
algo ou agirmos, devemos ponderar se o que estamos prestes a fazer poderá
prejudicar alguém.
Ao aplicarmos a regra
áurea, naturalmente sintonizaremos com o Mestre e mergulharemos nas luzes e
bênçãos da Espiritualidade maior, o que nos proporcionará felicidade, a mesma
que o menino sentiu quando seguiu o sábio conselho recebido na infância.
Redação do Momento Espírita, com base no Prólogo,
do livro O menino no espelho, de
Fernando Sabino,
ed. Record; no cap. 41, do livro Caminho, Verdade e Vida,
pelo Espírito Emmanuel, psicografia de
Francisco Cândido Xavier,ed. FEB e citação do
Evangelho de Lucas, cap. 10, versículo 27.
Em 11.2.2016.
Em 11.2.2016.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
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