As energias da alma
Momento Espírita
29/04/2017
O quarto dele mais parecia um depósito. Sobre
um móvel havia quadros, fotos, tudo amontoado, sem ordem alguma.
Pelo chão, estavam espalhadas caixas de
aparelhos eletrônicos, há muito tempo sem utilidade.
Pastas, cadernos, livros, papéis faziam pilhas
pelos cantos, em cima de mesas e cadeiras.
Numa grande estante, estavam fitas cassete, de
vídeo, DVDs e CDs. Notava-se, além da desorganização, o desleixo, porque uma
grossa camada de poeira podia ser vista.
O armário, por sua vez, mal podia ter as portas
encostadas, abarrotado que estava de roupas, casacos, sapatos, chinelos.
Interessante que a quase totalidade desses
itens já não lhe servia. No entanto, tudo ficava ali guardado para ser
utilizado, algum dia.
A casa toda era uma grande confusão, demonstrando
que organização e limpeza, andavam longe dali, há muito tempo.
* * *
A organização do ambiente em que vivemos ou no
qual trabalhamos, dos móveis, objetos, roupas, retratam o nosso mundo interior.
Por causa disso, importante aprendamos a renovar
a energia dos ambientes em que nos encontramos, abrindo janelas, permitindo que
os raios do sol a tudo invadam e que o vento realize a sua visita benfazeja,
varrendo para longe os miasmas acumulados.
Da mesma forma, nos disciplinarmos para manter
estantes e armários organizados, descartando ou doando a terceiros tudo o que
não mais nos seja de utilidade.
Roupas que permanecem o verão, primavera,
outono e inverno sem deixarem as gavetas, as prateleiras, estão exigindo
doação.
Quando abrimos espaços em caixas, baús,
estantes, ao mesmo tempo estamos dilatando nossas próprias percepções mentais.
Arejando a casa, o escritório, igualmente
arejamos a mente.
E se nos dispomos a doar roupas e utensílios
que não nos estão sendo úteis, pensemos em quantos benefícios poderemos
proporcionar a quem deles necessita.
Dilatando espaços físicos, nos sentiremos mais
leves, com um ar de renovação a nos envolver.
* * *
Com o nosso ambiente externo organizado, é
igualmente importante analisar mais profundamente outra situação.
Na maioria das vezes, também costumamos guardar
entulho dentro de nós mesmos.
São mágoas, desgostos, tristezas, sofrimentos
passados, lembranças de dores vividas e revividas que vamos arquivando na
intimidade.
E se objetos amontoados se enchem de poeira e
roupas encerradas em armários tendem a ficar emboloradas e se tornarem alimento
para traças, esses sentimentos e emoções retidos em nossa intimidade, somente
nos causam incômodos, desconforto, gerando doenças.
E, da mesma forma que a luz solar fica impedida
de adentrar um local abarrotado de coisas, a luz do amor fica impossibilitada
de adentrar um coração cheio de sentimentos negativos.
Para nosso próprio bem, façamos circular as
energias, as boas energias.
Ventilemos os ambientes externos, organizando e
retirando o que não usamos, e renovemos nossos sentimentos, deixando o amor
fluir.
A higiene física nos auxilia a ter boa saúde.
As boas energias da alma nos auxiliam a manter o equilíbrio interior.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 29.4.2017.
Fonte: Momento Espírita
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