Roger
Feraudy
Enganam-se
aqueles que pensam que a umbanda é uma religião africana.
Na
verdade o conhecimento desse culto milenar foi levado à África por povos
atlantes, durante as grandes migrações que tomaram lugar depois da terceira
sub-raça originada na Atlântida.
Uma
das raças que habitava o antigo continente era a negra, a etíope, que assim
como outras raças, que migraram para diversas partes do globo, desde o antigo
Egito até as Américas, levou consigo o entendimento da magia e da luz divina
para a África. Mesclando-se com as tradições religiosas dos povos locais e com
seus feiticeiros, deu origem aos cultos africanos como conhecemos hoje.
Por
todo o planeta a saga dos atlantes em busca de novos lares, espalhou o
conhecimento trazido pelos homens das estrelas; aqueles que, há milhões de
anos, por amor ao homem da Terra, aportaram um dia com suas vimanas na Lemúria,
transferindo-se posteriormente para a Atlântida, com as dinastias divinas,
enquanto os grandes cataclismos que mudavam a face geológica do planeta iam se
sucedendo.
Surgido
originalmente como um movimento hermético e fechado nos Templos da Luz, nas
academias iniciáticas, teve sua função maior revelada quando precisou se
transformar num culto gerido por magos brancos para combater o então emergente
movimento de magia negra que se espalhava.
Aparecem
nessa época os egos chamados de Senhores da Face Tenebrosa, os magos negros,
espíritos dominadores e egressos de planeta desaparecido, numa história
ancestral e anterior às civilizações de nossos planeta. A Cidade das Portas de
Ouro da Atlântida se torna o centro da magia negra.
Ao
mesmo tempo, nos Templos da Luz, dois tipos de entidades de manifestam na
antiga AUMPRAM: os Encantados, ou Kama Rajás (não reencarnantes na Terra) e os
Nyrmanakayas (espíritos terrícolas já libertos do carma terreno). Se apresentam
nos rituais como instrutores, puros e magos, da mesma forma que hoje temos os
caboclos, as crianças e os pretos velhos.
É
traçado o primeiro Triângulo Fluídico no astral, sobre os céus da Atlântida e
se inicia então a AUMBANDHÃ, que no idioma sagrado dos deuses, o devanagari,
quer dizer: a luz divina. Isso tudo se passa há mais de 700.000 anos. Com o
decorrer de milhares de anos, sua trajetória e seu entendimento ficou velado
através dos tempos e da história, assim como um dia também foi velada a
palavra sagrada.
Ressurgido
no astral por ordem dos maiorais sidéreos, o Projeto Terras do Sul inicia, em
terras americanas, o resgate do antigo culto, quando então, novamente, o
Triângulo Fluídico é traçado sob os céus do Brasil.
Centenas
de entidades, de diferentes cadeias de evolução, que desde o princípio,
trabalharam arduamente no desenvolvimento da raça humana no planeta, se engajam
espontaneamente no projeto, alijando-se novamente de desfrutar dos paraísos
cósmicos de seus planetas de origem, apenas por amor ao homem da Terra.
No
final do século XIX a antiga Aumbandhã renasce finalmente em solo brasileiro e
por sucessivas corruptelas leva o nome de UMBANDA - a Luz Divina.
Um
espírito venusiano, de nome Thamathaê, pupilo do primeiro que veio para o
antigo continente de Mu, em tempos imemoriais, o sagrado Sanat Kumara, o senhor
do mundo, e que ainda hoje vela pelo planeta com o coração amoroso de pai, é
designado para trazer o comunicado aos homens, se apresentando então pela
primeira vez, no início do século XX, através da mecânica da incorporação.
E
o mundo da umbanda sagrada conhece então seu fundador, que se apresenta
humildemente como o Caboclo das 7 Encruzilhadas, numa alusão aos sete planos da
manifestação, aproveitando a herança xamânica de nosso povo para criar um corpo
de ilusão que fosse facilmente compreendido e aceito.
Quantos
mistérios estavam perdidos ou ocultos na cultura umbandista, em função de sua
história milenar e de sua proposta primeira em fazer um maior número de adeptos
num menor tempo possível, o que possibilitou o culto se alastrar entre os
humildes, pois deles não se exigia maiores estudos ou entendimento, além do
trabalho contínuo na caridade e no amor desinteressado.
É
mais que tempo dos homens, agora na Terra, filhos das estrelas que todos somos,
voltarem seus olhos para essa história divina de nosso planeta, repleta de
sacrifícios dessas entidades maravilhosas, de uma evolução espiritual
inimaginável aos nossos escassos cinco sentidos.
Voltarem
seus olhos e, além de tentarem entender o que realmente se passa nesse mundo
invisível, nos meandros dessa magia cósmica na qual estamos todos inseridos,
tentarem imitar esses exemplos de bondade infinita, no limiar dessas novas sub
raças mais espiritualizadas que surgem sob o solo de nosso magnífico planeta
azul, até que esses seres das estrelas possam voltar a nos guiar numa nova
civilização.
E
se um dia Thamathâe veio em nosso auxílio, para lembrar aos homens a antiga
Aumbandhã, é agora chegada a hora daqueles que tem compromisso cármico ativo
com a magia, os umbandistas, estudarem, mudarem o paradigma da umbanda passiva,
compreenderem as verdades ocultas e se tornarem agentes do entendimento
universal, pois a nova missão do Caboclo das 7 Encruzilhadas é trazer, num
tempo futuro, todas as pessoas para um culto único e amorável, sem
rótulos, como deveria ter sido desde o princípio.
E
em nome do mesmo amor, esses mistérios começam a ser resgatados em obras como
Umbanda essa Desconhecida e outras do mesmo autor, que dedicou meio século de
sua existência no estudo e na pesquisa dos segredos ocultos da umbanda, através
da umbanda milenar, com a assistência das mesmas entidades que auxiliaram o
desenvolvimento do planeta e que, um dia, anunciaram o resgate do antigo culto
atlante em terras brasileiras.
Salve
Payê - Suman, nosso Pai Santo e mestre sideral! Salve Pai Roger de Oxalá! Nós,
da Fraternidade do Grande Coração - Aumbandhã o saudamos, agradecidos e em
prece pela graça e honra de ter nos aceito como seus pequenos pupilos, nos
dando a oportunidade de replantar consigo as semente perdidas da Umbanda ,
mesmo que apenas carregando humildemente o cesto de onde suas mãos lançam,
pródigas, as gotas de sabedoria que um dia vão alimentar muitas pessoas.
*
Recomendamos a leitura dos livros 10° Planeta, Baratzil, A Terra das Araras
Vermelhas do mesmo autor.
Fonte: Fraternidade de Caritas