Joanna de Angelis, da obra “Fonte
de Luz”
psicografafia de Divaldo Pereira Franco
psicografafia de Divaldo Pereira Franco
Toda obra do Bem, no delineamento de
propósitos, é nobre e transcendente, esmaecendo porém, quando se corporifica
mediante a ação humana.
Sensibilizado pelos ideais de
engrandecimento espiritual, o indivíduo emociona-se e procura entregar-se
completamente, sonhando em tornar-se o instrumento da inspiração superior e, à
vezes, consegue-o.
No entanto, porque é Espírito em rudes
provas, embora os sentimentos que o animam, imprime as dificuldades pessoais,
colocando sombra e empeços no labor a que se entrega.
Assim sendo, é compreensível que defrontemos
no trigal dourado o escalracho infeliz, e na claridade do dia triunfante a
nuvem carregada de sombras a impedir-lhe a irradiação da luz.
A Terra ainda não é o habitat, mas o
educandário de homens e mulheres em lutas interiores, tentando arrancar a ganga
externa para que brilhe a gema pura que lhe jaz no interior aguardando o
momento de desvelar-se.
Valiosos e digno de encômios esse esforço
hercúleo pela auto-superação, quando se constata o expressivo número daqueles
que se escravizam aos comprometimentos torpes quão criminosos, que lhes
exigirão oportuna reparação penosa.
O Senhor da Vinha não aguarda que venham
cooperar com Ele os trabalhadores destituídos de mazelas ou imperfeições, pois
que esses são raros, por isso aceita todos quantos despertam para a sua
mensagem e se dispões a servi-lO.
Jesus conhecia a fraqueza moral de Pedro,
todavia, convidou-o para o banquete da Boa Nova.
Francisco Bernardone vivia uma existência
frívola e atormentada; apesar disto, doou-se, e, superando-se, tornou-se Sol
medieval a clarear o futuro da humanidade.
Maria de Magdala, mesmo depois de O seguir,
não ficou livre da suspeita nem da crítica severa do grupo no qual se
movimenta.
Jesus aceitou-os a todos e transformou-os
com o tempo em pilares da sua doutrina.
Descobrir o lírio no pantanal e a estrela
além da tormenta constitui desafio para quem se candidata ao crescimento
interior.
Nesse mister, surgem enredamentos perigosos,
que complicam a marcha e dificultam a ascensão dos obreiros.
Dentre outros, a censura mórbida, constante,
e a intriga perversa, intoxicam as melhores intenções e asfixiam muitos ideais
em desenvolvimento.
São responsáveis pela crueldade da
destruição de obras abençoadas e de esforços relevantes que são vencidos.
O cupim perseverante vence a madeira que
sucumbe ao seu trabalho insensível.
Assim é a ação da maledicência impiedosa e
insistente.
Para romper-se essa rede constritora, é
necessário que o amor se compadeça do vigia dos atos alheios sempre pronto e a
zurzir o látego, como se fosse inatacável.
Não te deixes contaminar pelo pessimismo nem
pela censura contumaz que te tragam ao coração.
Tem paciência e dá-te conta que o acusador
gratuito não ama, não coopera, apenas cria embaraços.
Ajuda em silêncio e confia em Deus, fazendo
a tua parte da melhor forma ao teu alcance.
É mais valioso que teu próximo esteja
tentando agir bem e auxiliar, apesar dos erros que comete, do que se estivesse
no outro lado, entre os desequilibrados que aguardam a tua ajuda.
Viver em harmonia em um meio social - seja
qual for, já que em todos eles existem dificuldades a vencer - constitui
desafio para a evolução.
Ampara, portanto, o teu irmão que pensa em
ser útil e ainda não o consegue, ao invés de hostilizá-lo, combatê-lo, semeares
espinhos por onde ele segue ao levá-lo a julgamento público arbitrário pelos
contumazes desocupados que se contentam em demolir.
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