Emmanuel, da obra "Rumo Certo"
psicografia de Francisco Cândido Xavier
Teríamos sido, porventura, situados na gleba do mundo para
fugir de colaborar no progresso do mundo, quando o mundo nos provê com todas as
possibilidades necessárias ao progresso de nós mesmos?
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Muitos companheiros se marginalizam em descanso indébito,
junto à seara, alegando que não suportam os chamados problemas intermináveis do
mundo; desejariam a estabilidade e a harmonia por fora, a fim de se mostrarem
satisfeitos na Terra, quando a harmonia e a estabilidade devem morar por dentro
de nós, de modo a que nossos encargos, à frente do próximo, se façam
corretamente cumpridos.
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O mundo, em todo tempo, é uma casa em reforma, com a lei da
mudança a lhe presidir todos os movimentos, através de metamorfoses e
dificuldades educativas.
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O progresso é um caminho que avança. Daí, o imperativo de
contarmos com oposições e obstáculos toda vez que nos engajemos na edificação
da felicidade geral.
Omissão, no entanto, é parada significando recuo.
Entendamo-nos na posição de obreiros, sob a pressão de
crises renovadoras.
*
Todos faceamos permanente renovação, a cada passo da vida.
Nem tudo que tínhamos ontem por certo, nos quadros
exteriores da experiência, continua como sendo certo nas horas de hoje. Os
ideais e objetivos prosseguem os mesmos, a nos definirem aspiração e trabalho;
entretanto, modificaram-se instrumentos e condições, estruturas e
circunstâncias.
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A Terra, porém, nos pede cooperação no levantamento do bem
de todos e a ordem não é deserção e sim adaptação. Em suma, estamos chamados à
vivência no mundo, a fim de compreendermos e melhorarmos a vida em nós e em
torno de nós, servindo ao mundo, sem deixarmos de ser nós mesmos, e buscando a
frente, mas sem perder o passo de nossos contemporâneos, para que não venhamos
a correr o risco de seguir para frente demais.
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