Meimei
Psicografia de Francisco Cândido Xavier
Conserva contigo os companheiros
idosos, com a alegria de quem recebeu da vida o honroso encargo de reter, junto
do coração, as luzes remanescentes do próprio grupo familiar.
Reflete, naqueles que te
preservaram a existência ainda frágil, nos panos do berço; nos que te
equilibraram os passos primeiros; nos que te afagaram os sonhos da meninice e
naqueles outros que te auxiliaram a pronunciar o nome de Deus.
Já que atravessaram o caminho de
muitos janeiros, pensa no heroísmo silencioso com que te ensinam a valorizar os
tesouros do tempo, nas dificuldades que terão vencido para serem quem são, no
suor que lhes alterou as linhas da face e nas lágrimas que lhes alvejaram os
cabelos...
E quando, porventura, te mostrem
azedume ou desencanto, escuta-lhes a palavra com bondade e paciência...
Não estarão, decerto, a ferir-te
e sim provavelmente algo murmurando contra dolorosas recordações de ofensas
recebidas, que trancam no peito, a fim de não complicarem os dias dos seres que
lhes são especialmente queridos!...
Ama e respeita os companheiros
idosos! São eles as vigas que te escoram o teto da experiência e as bases de
que hoje te levantas para seres quem és...
Auxilia-os, quanto puderes,
porquanto é possível que, no dia da existência humana, venhas igualmente a
conhecer o brilho e a sombra que assinalam, no mundo, a hora do entardecer.
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