psicografia de Norberto
Peixoto
Logo depois de surgirem as
primeiras manifestações do pensamento, durante o processo evolutivo do homem
primitivo, ele viu-se igual aos semelhantes que o cercavam, mas sentiu-se único
e diferente. Em certo estágio, passou a comunicar-se por sons articulados, por
palavras inteligíveis, adquirindo condições de transmitir aos seus descendentes
imediatos os conhecimentos conquistados. Com o passar dos milênios, dominando
as técnicas de obtenção dos alimentos e proteção da prole, supriu as suas
necessidades básicas, conquistou abrigo e começou a se reproduzir.
Conscientizou-se do fenômeno da morte e passou a questionar o porquê das coisas
que o rodeavam.
Os mais evidentes questionamentos
foram a luz e as trevas, o sentido da vida e do calor, o enigma da abóbada
celeste e a supremacia do Sol. Por trás do fogo, primordial à vida de então, inconscientemente
pressentiu algo imaterial, uma luz inteligente que lhe propiciava segurança; pálida
lembrança da Suprema Divindade que o criou. Contemplando o espetáculo do
firmamento estrelado, despertou-se-lhe a curiosidade. Quando via as folhas das
árvores balançando ao vento, imaginava um ser oculto. Diante de um temporal com
raios e trovões; concebia um Deus poderoso e irado. Com uma compulsividade nata
de atribuir Divindade aos fenômenos que não compreendia, demonstrava ser a
semente cósmica do Criador, destinada a germinar. Possuindo uma noção exata de
algo superior, transcendendo ao seu entendimento, ansiava atingir o
inatingível, possuir o poder da magia. Contemplando o astro rei, o Sol,
sentia-se seguro, em quase êxtase sublimado, engrandecido. Essas primeiras
reflexões abstratas faziam parte daquele ser que deixava para trás a consciência
mais primitiva e tomava-se autoconsciente, que era único, fazendo parte de um
Todo incompreensível.
Estavam instaladas no orbe
terrícola as condições básicas da .evolução para a influência favorável dos
Maiorais siderais e das instâncias de grau mais elevado no planejamento
cósmico, encarregados da evolução da vida nos incontáveis planetas do Universo,
para a vinda, de outras constelações, de espíritos mais evoluídos, que trariam
conhecimentos e acompanhariam outros emigrados exilados, que não tinham
condições morais de permanecer naquelas instâncias mais evoluídas, sendo-lhes
imposta a 'continuidade evolutiva em orbes mais atrasados.
Chega, então, enorme agrupamento
de espíritos emigrados, que se estabelecem e formam colônia no Astral da antiga
Lemúria e da Atlântida. Os sacerdotes iniciados, líderes daquelas colônias
astralinas, trazem consigo o conhecimento esotérico Aumbandhã, significando a
própria "Lei Maior Divina". Eram de grande mentalismo; dominavam, com
desenvoltura rotineira, o que se designa em vosso vocabulário atual como
transmutação alquímica, fluidologia e ectoplasmia curativa, materialização e
desmaterialização, magnetismo e cromoterapia, desdobramentos dos corpos
mediadores físico, etérico, astral e mental; controlavam, perfeitamente, os
elementais nas suas sete gradações ou sete planos vibracionais de manifestação
do espírito. Esses elementais, formas energéticas neutras - não são positivos
nem negativos, nem bons nem maus -, eram utilizados pelos sacerdotes, magos
brancos atlantes, que assim arregimentavam as forças ocultas necessárias à
magia, à construção e à evolução das criaturas.
Os lemurianos e os atlantes de
pele vermelha não foram procedentes do satélite de Capela, da constelação do
Cocheiro (1); vieram de um outro orbe, do
sistema estelar de Sírius, ou Estrela Cão, em que o Sol é uma estrela de
intenso amarelo-ouro, inigualável em sua beleza, num mesmo movimento espiritual
de transmigração que trouxe os capelinos. Adoradores do Sol, irrepreensíveis magos
e alquimistas, transmutavam os metais grosseiros em ouro.
(1) Vide"Os Exilados da
Capela", de Edgar Armond (Editora LAKE), e"A Caminho da Luz", de
Emmanuel (Editora FEB), sobre o exílio compulsório dos capelinos para a Terra.
Os capelinos, de cútis branca,
tinham uma estrela distante, de minguados raios solares, como leve claridade
das manhãs invernais, a iluminá-los. Não por acaso, semelhantes em evolução e
em conhecimentos iniciáticos aos de pele vermelha. Esses migrados, impostos à
força coercitiva animal de corpos rudes e primitivos, em diferente composição
anatomofisiológica dos corpos originais do astro-mãe, dos quais eram
procedentes, teriam que adaptar-se à vida selvagem, de condições climáticas
inóspitas e perigosas da Terra de então.
Latentes em suas memórias
astrais, todos os conhecimentos e realizações adquiridos anteriormente,
contribuiriam para a evolução dos espíritos irmãos do vosso orbe, originalmente
hominais terrícolas. Por intercessão de espíritos superiores e amorosos, que os
acompanharam nessa migração, e por deliberação dos engenheiros siderais,
geneticistas cósmicos encarregados da criação dos corpos e dos grupos
biológicos e das raças dos diversos mundos, e que deveriam ser, no futuro,
homogêneos, permitiu-se a formação dessa raça vermelha em vosso orbe.
Da amálgama dessas duas raças
provenientes de outras paragens no Cosmo, enxotadas do Éden remoto, após os
cataclismos que afundaram as civilizações lemuriana e atlante, obrigando-as à
migração, constituiu-se em solo brasileiro o tronco indígena Tupi, mais
avermelhado, e do outro lado do oceano, o tronco dos Árias, um misto dessas
duas raças-mãe, cujos descendentes foram os celtas, os latinos e os gregos.
Conforme dissertado alhures, esse movimento migratório espalhou-se aos quatro
cantos do orbe terrícola, ato sidéreo que contribuiu para a busca da
homogeneidade étnica e cultural ao longo de toda a História da humanidade e que
deverá desaguar no Terceiro Milênio, quando chegar a hora da depuração
espiritual da Terra, da separação do joio do trigo e da transmigração, agora,
dos exilados terrícolas, enviados a outras constelações planetárias, num processo
análogo ao ocorrido na época da antiga Lemúria e Atlântida.
A sua pele avermelhada, que
originalmente fazia parte da configuração perispiritual dos emigrados, se fez
presente quando da reencarnação daqueles exilados, num processo marcante de interferência
das mentes poderosas e criadoras responsáveis por esta programação,
repercutindo vibratoriamente na formação do novo equipo físico e, sobremaneira,
na cor da epiderme.
Desventuradamente, deixaram-se
levar pela ambição desmesurada e pela magia negra, quando utilizaram todos os
conhecimentos iniciáticos milenares, gananciosamente, em proveito próprio e para
o mal.
Os lemurianos e os atlantes eram
exímios curadores. Hodiernamente, cessado o período de maior convencimento dos
incrédulos materialistas, com o término das materializações fenomenológicas e
das curas com incisão e cortes chocantes, sensacionais aos olhos do leigo e muito
trabalhosas para a Espiritualidade, chega o momento do despontar da mediunidade
de cura.
Muitos espíritos daqueles antigos
lemurianos e atlantes da raça vermelha, hoje encarnados, que em vidas passadas
foram alquimistas a serviço das organizações trevosas e dos seus maquiavélicos
magos negros, e que muito manipularam os elementais da natureza, forças neutras
e puras das sete faixas vibratórias do Cosmo, despolarizando as
correspondências vibracionais daqueles que queriam atingir, em proveito
próprio, estão reencarnados e comprometidos com o desiderato curativo dos
semelhantes dos dois lados da vida.
Tiveram seus corpos
perispiríticos sensibilizados antes de reencarnar, com maior afastamento do
duplo etérico, propositalmente distanciado do corpo físico, quando do
acoplamento do espírito reencarnante, miniaturizado no momento conceptivo da
união dos dois gametas.
Decorrência natural da influência
desse magnetismo modelador, imantado desde a concepção e durante a formação do
novo corpo físico, por toda a vida até o desencarne, se forma verdadeira "abertura"
por onde o corpo etérico, hipersensibilizado, exsuda abundante ectoplasma. O metabolismo
corpóreo é a ininterrupta água corrente do rio que enche a represa, como se
fosse uma grande turbina geradora de energia numa hidrelétrica, que nunca pára
de trabalhar.
Esse médium é uma antena viva do
mundo astral, pois o duplo etérico mais afastado do corpo físico toma-o mais
sensível às impressões transmitidas pelo corpo astral ou perispírito, provenientes
dele próprio ou de agentes espirituais externos. Facilita-se a rememoração do
que ocorre, quando em desdobramento provocado, nas incursões de socorro ou
cura, no baixo Umbral, nos subterrâneos trevosos do orbe, nas cavernas úmidas e
fétidas, nos locais lamacentos, inimagináveis para vós.
Nessas ocasiões, o cérebro físico
guarda impressões, condicionado que está aos estímulos constantes, oriundos da
janela vibratória que potencializa o duplo etérico e do cabo de ligação que é o
cordão de prata, retendo mais facilmente as impressões do cérebro
perispiritual. Em muitos casos, não permitimos ao médium a vista ampla desse
cenário dantesco, pois ele pode se desequilibrar diante do que chamais de
"inferno".
Essas incursões, em desdobramento
provocado, fazem parte do resgate daqueles irmãos mais sofridos e deformados
pela deterioração ocasionada por terem ficado longo tempo sem reencarnar.
Alguns irmãos socorridos encontram-se tão desvitalizados, com sérias
deformações perispirituais, que ternos dificuldade de expressar os seus
formatos em palavras inteligíveis para vós. O magnetismo do orbe vai
deteriorando seus perispíritos gradativamente.
Há irmãos com tais deformações,
que mostram-se como seres teratológicos, escatológicos, abomináveis à primeira
impressão, mas dignos de todo o nosso amor. Outros socorridos encontram-se tão
desvitalizados e enrijecidos, que são como rochas humanas, pessoas
calcificadas,tristes estátuas a ornar um vale petrificado..
Em mensagens anteriores,
abordamos as repercussões vibratórias do acoplamento áurico e a função do
perispírito do médium como novo modelo organizador do perispírito deformado do socorrido.
Além do magnetismo normal do perispírito do médium, o ectoplasma abundante exalado
pelo duplo etérico contribui para a revitalização e o retomo à forma
perispiritual original do atendido.
Como semelhante cura semelhante,
e como nós, em espíritos, não possuímos ectoplasma, que é o fluido animalizado
produzido no duplo etérico e decorrente do metabolismo biológico do equipo
físico, não podemos interceder nesses níveis mais densos e pesados, sendo,
portanto, necessário um médium de cura desdobrado nessas cidades degradantes,
abaixo da crosta terrestre.
Como explanamos alhures, não há
nada de excepcional no fato de utilizarmos os fluidos dos encarnados para tais
intentos. Precisamos de algo tão ou mais denso que os fluidos existentes nessas
regiões, e somente os fluidos animalizados do metabolismo físico lhes são
semelhante ou os superam em densidade.
Há uma certa complexidade nessas
movimentações. Primeiramente, ternos que preservar a segurança da
instrumentação mediúnica, pois trata-se de um trabalho assistido de caridade, eminentemente
de interesse altruístico. Segundo, ternos, em alguns casos mais difíceis, de desdobrar
somente o duplo etérico do medianeiro em decorrência da volumosa quantidade de fluidos
animalizados utilizada. Nessas ocasiões, os cuidados são redobrados. É
extremamente desenvolvida a sensibilidade desse corpo intermediador e os
assédios das organizações trevosas são contumazes. Elas tentam atacar o corpo
físico inerte ou abalar a estrutura do cordão de prata, órgão elástico e
hipersensível a qualquer estímulo brusco, que, rompendo-se, desliga o corpo
astral dos corpos etérico e físico, havendo o desencarne abrupto, como ocorre
em vossos acidentes automobilísticos.
O duplo etérico desdobrado, por
Lei de Afinidade, só se desloca para locais, no Astral, de grande densidade, em
comunidades que encontram-se mais abaixo da crosta planetária. Não entraremos
em maiores detalhamentos quanto a essas paisagens, pois não são a finalidade
desta singela exposição (2). O medianeiro fica
em desdobramento provocado pelos jatos magnéticos que lançamos, contrários ao
campo vibracional que imanta o positivo com o negativo na vida densa. É um
transe cataléptico letárgico, baixando-lhe a temperatura e o metabolismo do
corpo, à noite, durante o sono físico. Isso ocorre porque ele fica sem o corpo
etérico que o liga ao corpo astral, tornando-se um amontoado de carne sem
comando, pois o verdadeiro propulsor de tudo é a mente, que encontra-se
desligada do órgão físico, que é o cérebro.
(2) Para descrição dessas
paragens e comunidades trevosas, vide a obra "A Vida Além da Sepultura",
de Ramatis e Atanagildo (Editora do Conhecimento), bem como "O
Abismo", de R. A. Ranieri (Editora Eco).
Trabalhamos em grupo para
segurança dos intentos incursionistas de socorro. Há vários técnicos, cada um
dentro de sua especialidade. Os nossos amigos índios peles-vermelhas oferecem apoio
e retaguarda nessas verdadeiras batalhas astrais do bem contra o mal. São eles
oriundos da colônia espiritual de Juremá, espíritos de grande evolução e que,
por amor aos terrícolas, adotam as configurações perispirituais em que foram
muitos felizes há milênios atrás. Já estando libertos do cárcere da carne,
laboram incessantemente na caridade, dando-nos grande apoio, seja na manipulação
de outros fluidos curativos, que são agregados ao fluido animal do médium, seja
na movimentação de verdadeiras falanges que vão à frente "abrindo os
caminhos": um neologismo da Umbanda, definindo bem esta movimentação
estremada. Estabiliza-se uma gigantesca manta magnética, uma bolha contornando
o corpo etérico do instrumento mediúnico, à similitude de um cisco que escorre
através de uma gota de água na vidraça. Os caciques chegam a mobilizar até 5 mil
índios, armados com lanças e dardos magnéticos, pois as entidades malévolas que
se fazem presentes nesses locais trevosos somente respeitam a força e a atitude
coercitiva.
Na maioria das vezes, quando
coordenamos esses trabalhos, elas não podem nos ver.
Utilizamos o corpo astral, mas
não é possível condensá-lo totalmente, pelo fato de, há muito, termos nos
desvencilhado do grilhão da carne e do ego aprisionador. Os pretos-velhos
também se fazem integrantes, pois são exímios nos desmanches de bases de
feitiçaria e magia dos magos negros.
Nos trabalhos direcionados ao
desmanche e varredura energética das bases dos magos negros, que, muitas vezes,
utilizam-se de aparatos tecnológicos ainda desconhecidos das mesas mediúnicas e
escravizam os irmãos deformados (3),
potencializa-se a substância ectoplásmica, deslocando-a aos lugares onde está a
origem dos instrumentos' de magia negra, objetos vibratoriamente magnetizados e
que captam a frequência vibratória do alvo visado – geralmente irmãos
encarnados - como se desse a leitura das coordenadas para a realização do
feitiço correspondente (4). Com este recurso,
desmagnetiza-se, neutraliza-se e desmancha-se essas aparelhagens, em
verdadeiras tempestades astrais, que vão varrendo e higienizando esses laboratórios
do mal, antros da anarquia.
(3) Nota de Ramatis: Os nossos irmãos com
deformações nos corpos astrais, quer seja pela força mental de indução dos
magos negros, quer seja por estarem por longa data fugindo do magnetismo reencarnatório
do orbe, são classificados por alguns escritores e ativistas da mediunidade,
espíritas e espiritualistas, inadvertidamente, como EXUS, palavra que, em
sânscrito (EXUD), é tão antiga quanto a civilização terrícola, sendo originária
da Atlântida. Historicamente, desviou-se de sua denominação original, quando
passaram-se a designar como EXUS os sacerdotes banidos das fraternidades
brancas, que utilizavam-se dos elementais da natureza para o mal, para a magia
negra. Como esses elementais, agentes e veículos da magia, originariamente
formas energéticas neutras, são acinzentados, quando vistos pelos clarividentes,
criou-se essa interpretação errônea. Essas formas energéticas existem nas sete
faixas vibratórias do Cosmo, e são agentes da magia universal, receptivos ao
pensamento, tanto para o bem como para o mal. Indevidamente, associaram-nas ao mal,
à feitiçaria e à magia negra. Não adentraremos em maiores pormenores quanto à
utilização desses elementais, pois fugiríamos do escopo da presente abordagem. A
Umbanda atual, praticada no Brasil, pela caridade que realiza, é importante
para a Espiritualidade, sendo um dos instrumentos de união das religiões no
Terceiro Milênio, a Nova Era que se delineia, e para a religiosidade como um
todo. Não é "baixo espiritismo", e os nossos irmãos com deformações
em seus corpos astrais, "soldados do mal", escravizados pelos magos
negros, não são o que alguns, com ar de superioridade, costumeiramente
denominam de EXUS.
(4) Vide a obra "Magia de
Redenção", de Ramatís (Editora do Conhecimento), que elucida, clara e integralmente,
o mecanismo do feitiço. Muitas vezes, ao acordar, o médium se lembrará dos
fatos; sentir-se-á cansado, exaurido de energia, com apetite aguçado. Essa
situação ocorre em grande parte e em variada amplitude, conforme a quantidade
doada e retirada de ectoplasma. É um acontecimento natural, facilmente resolvido
com a ingestão de água, sucos, comestíveis ricos em carboidratos e glicose e,
se possível, um repouso a contento, que nem sempre é viável, pois nosso
obreiro, às vezes, tem a labuta do dia seguinte pela frente. Tentamos programar
essas ações nas noites que antecedem a folga dos medianeiros nos seus trabalhos
profanos, mas nem sempre é possível diante da urgência socorrista.
Os lamas tibetanos curam com a
concentração mental, produzindo ondas de energia, fazendo com que os espíritos
engendrem esta energia ao redor do emissor e a canalizem àqueles que são objeto
da assistência. Na cura aos encarnados, utilizamo-nos dos recursos
ectoplásmicos para a materialização e desmaterialização de tecidos humanos. As
energias fluídicas manipuladas do ectoplasma do médium e da natureza são usadas
em um processo de desintegração atômica das células doentes e a imediata
reintegração de células sadias na área afetada. Com o magnetismo, afrouxamos os
laços que mantêm coesa a estrutura molecular original das células doentes, como
se essa massa compactada se expandisse e retomasse ao fluido cósmico universal,
já que nada se perde no Cosmo, tudo se transmuta.
Esses enxertos ectoplásmicos, com
novas células sadias, são verdadeiros trabalhos de magia curativa. Essas
próteses ectoplásmicas têm que ser imantadas à mesma frequência do campo
magnético do encarnado. Cria-se na aura do órgão substituído, enxertado parcial
ou totalmente, uma força magnética de retenção. Como um molde colocado, a
ordenar novo pedaço ou conjunto a ser constituído, normalizamos a disfunção
vibratória perispirítica e favorecemos a força centrífuga do modelo organizador
biológico, que prepondera em todo e qualquer corpo astral, especificamente no local
da área desmaterializada, anteriormente doente. Evita-se a rejeição e favorece-se
a reprodução de células sadias, construindo-se, definitivamente, um tecido
recuperado saudável. Observamos os tipos histológicos e sanguíneos, o grau de
temperatura e o padrão vibratório da peça a ser implantada. É tudo muito rápido
para vós, questão de segundos. A extrema plasticidade do ectoplasma
semimaterializado no interior do organismo permite que desmaterializemos o
tecido doente e, concomitantemente, moldemos o novo tecido orgânico sadio.
Neste tempo, o ectoplasma
semimaterializado passa a materializado.
Esses procedimentos, ainda
desconhecidos de vossa ciência médica, já dão sinal em alguns laboratórios
terrícolas de pesquisa científica. A criação de pedaços ou até órgãos inteiros,
dentro do corpo de uma pessoa doente, a partir do uso de próteses
biodegradáveis, de uma cultura das mesmas células do órgão afetado pela
moléstia, respeitando-se a Lei das Correspondências Vibracionais, que há entre
os semelhantes, e evitando-se a rejeição, já é uma realidade. Com o auxílio de
vossos computadores, os médicos terrenos já conseguem projetar essas próteses naturais,
que são absorvidas pelo corpo do paciente quando da formação de novas células saudáveis,
e, através de sua reprodução, acabam ocupando o espaço da própria prótese, que
se biodegrada.
Nessas operações espirituais de
cura, magia do magnetismo curador, também nos utilizamos de aparelhos
polarizadores para novas técnicas ainda desconhecidas das mesas mediúnicas, por
onde jorram luzes de cores variadas. A luz branca alivia as dores, acalma e neutraliza
os miasmas; a vermelha auxilia nas trocas magnéticas, do positivo para o
negativo e vice-versa, reequilibrando as polaridades em vosso plano e anulando
as células cancerosas; o verde, em seus diversos matizes, elimina os coágulos e
evita as tromboses; o amarelo vibrante, tendendo ao alaranjado e dourado,
higieniza o corpo astral e regulariza todas as cargas desequilibradas em suas
polaridades, além de exterminar os miasmas e as imantações de feitiços.
E, na transmutação de todos os
fluidos manipulados, seja os do médium como os da natureza, alguns provenientes
de outros orbes e de outras estrelas do Infinito cósmico, está o violeta. Nessas
manipulações cromáticas de cura, as nuanças são infinitas, proporcionais às
escalas do Cosmo.
Em todas essas ações da magia do
magnetismo de cura, está o imenso amor de Deus, a Divindade Suprema que nos
guia a todos. E através do seu maior representante na aura terrícola, o Cristo-Jesus,
temos os exemplos grandiosos de cura. É inesquecível a cura definitiva de um leproso:
Jesus se deslocava para Jerusalém, quando dez leprosos vieram ao seu encontro e
pediram compaixão ao Mestre. Jesus, ao vê-los, disse: "Ide apresentar-vos
aos sacerdotes" e, no trajeto, os dez ficaram curados das chagas leprosas.
Somente um, ao perceber que estava curado, voltou para agradecer a Jesus, e o
Mestre lhe disse: "Levanta-te e vai, tua fé te curou".
Muita paz e muita luz!
Ramatis.
Nota do médium:
A magia fez parte de todas as
religiões e raças de que se tem conhecimento na História da humanidade. Quanto
aos feitiços e amuletos colocados à frente das portas, nas encruzilhadas e nos cemitérios
e túmulos, encontramos na Grécia antiga um trecho de Platão - Leis, livro XI -
que diz o seguinte: "Há entre os homens duas espécies de malefícios, cuja
distinção é muito embaraçante. Uma é a que acabamos de expor, claramente,
quando o corpo prejudica ao corpo, pelos meios naturais. O outro, por meio de
certas práticas, de encantamentos e daquilo que é chamado de ligaduras, aos que
empreendem fazer mal aos outros, que assim lhes podem fazer e aos que,
empregando essas espécies de malefício, realmente os prejudicam. É muito
difícil saber ao certo o que nisto há de verdadeiro; e quando se soubesse, não
seria mais fácil convencer aos outros. É mesmo inútil tentar provar a certos
espíritos, fortemente prevenidos, que não devem se inquietar com pequenas
figuras de ceras, que tivessem posto à sua porta, ou nas encruzilhadas, ou no
túmulo de seus antepassados e exortá-los a os desprezar, porque têm uma fé
confusa na verdade destes malefícios. Aquele que se serve de magia, de feitiços
e de quaisquer outros malefícios desta natureza, com o fito de prejudicar
prestígios, se for adivinho ou versado na arte de observar prodígios, que
morra! Se, não tendo nenhum conhecimento dessas artes, estiver convicto de
haver usado malefícios, o tribunal decidiria o que deve sofrer na sua pessoa ou
nos seus bens."
O que Platão chama de ligadura
são imantações magnéticas na mesma frequência do alvo visado, que,
efetivamente, pegam nos seus pontos fracos, brechas vibratórias, se o atingido
não tiver uma conduta reta, de elevada moral e uma fé robusta.
No que tange à participação dos
pretos-velhos nas mesas mediúnicas, "exímios nos desmanches de bases de
feitiçaria e magia dos magos negros", segundo Ramatis, recentemente tivemos
uma experiência um tanto incomum. Manifestou-se num trabalho mediúnico, através
da psicofonia, um mago negro, exímio manipulador destas forças ocultas e hábil
feiticeiro, que escraviza outros irmãos com deformações perispirituais, que,
obrigatoriamente, se tomam seus guardas e asseclas do mal, numa verdadeira
legião. Durante o diálogo estabelecido com o doutrinador, os mentores que dão
apoio ao grupo - muitos sendo índios, caboclos e pretos-velhos - procederam ao
desmanche com varredura ectoplásmica do trabalho de rua, que tinha sido feito
por encomenda em encruzilhada.
Igualmente, foi retirado amuleto
imantado de um túmulo no cemitério, onde encontrava-se uma pobre entidade
sofredora presa aos despojos carnais, não conseguindo desligar-se por causa da
ação magnético-vibratória continua e pertinaz do amuleto, que lhe tinha sido
colocado minutos antes da descida do caixão à tumba mortuária. Esta irmã foi
trazida por um médium de transporte até a mesa, procedendo-se o choque fluídico
despertador ao seu esclarecimento e socorro. A pobre irmã, imantada aos
despojos cadavéricos, era torturada, ininterruptamente, por um bando de malfeitores
e soldados daquele mago negro.
Após a manifestação do líder,
feiticeiro do Astral, e do resgate da irmã enfeitiçada, fez-se presente o
mandante do feitiço, espírito ainda encarnado, desdobrado, manifestando-se em psicofonia
num dos médiuns. O dirigente doutrinador, não percebendo a amplitude do
trabalho, talvez pelo pouco conhecimento teórico de magia negra, e conhecendo somente
as obras básicas de Kardec, manteve-se inativo, em silêncio, faltando-lhe
argumentos diante da situação inusitada até que um preto-velho, através de
outro médium, apresentou-se em auxílio, iniciando diálogo direto com o mandante
cruel da feitiçaria, e doutrinou-o no seu linguajar típico, com enorme magnetismo,
conhecimento de causa, bastante energia e ênfase. O dirigente ficou durante o
tempo da conversa como mero observador.
Todo o desencadeamento deste
trabalho socorrista de desmanche de despacho e amuleto, instrumentos de magia e
feitiçaria do mago negro contratado por mandante ainda encarnado, foi
consequência do apelo de um filho da pobre mulher torturada pelo feitiço,
desencarnado ainda muito jovem. Não nos foi dado saber os motivos que levaram a
todo aquele ódio, ressentimento e dor entre os envolvidos.
A lição que prevaleceu é que a
Espiritualidade nunca nos deixa desassistidos, agindo por misericórdia e, em
muitos casos, por intercessão de um espírito merecedor, independente do arrependimento
ou do perdão dos envolvidos, que continuarão as suas caminhadas evolutivas e, com
certeza, a saldar seus débitos na balança cármica em outros momentos
existenciais.
***
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