Joanna de Angelis
Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco,
na sessão mediúnica da noite de 10 de setembro de 2012,
no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.
Em 24.09.2012
A intriga é semelhante a um vírus
destruidor que se multiplica rapidamente, aniquilando a organização de que se
nutre.
Imiscui-se sutilmente e prolifera
com volúpia, irradiando a sua morbidez devastadora.
Com facilidade transfere-se de
uma para outra vítima, conseguindo gerar o ambiente pestífero que lhe é
próprio.
O intrigante, por sua vez, é
enfermo da alma, portando graves distúrbios emocionais e morais.
É invejoso, e transfere-se da
conduta deplorável que lhe é característica para a das acusações perniciosas; é
portador de complexo de inferioridade, mantendo sentimentos competitivos com os
demais, e porque não possui os requisitos hábeis para vencer, oculta-se na
intriga, mediante a qual denigre aquele de quem se faz opositor; é perverso,
porque respira mágoas a respeito do seu próximo, que procura anular através das
covardes assacadilhas...
Urde planos nefastos e mascara-se
com sorrisos pérfidos com que engana as suas vítimas, enquanto as combate com ferocidade.
Sempre armados, a sua imaginação
corrompe tudo quanto ouve e vê, adaptando à vérmina que traz no pensamento.
Ninguém se livra da intriga insidiosa e cruel.
São célebres na História da
Humanidade as intrigas palacianas...
Nas cortes, onde a frivolidade e
o ócio predominavam, as intrigas no passado, assim como no presente, têm sido o
alimento mantenedor dos parasitas morais que as constituem.
Quase todas as criaturas têm sido
abaladas pela insídia da sua maldade, derrubando potentados e afastando pessoas
nobres da execução dos seus elevados ideais.
Tronos são derruídos pela insídia
da intriga; reis e potestades tombam nas malhas que as asfixiam.
A intrig é irmão gêmea da traição
que se homizia no âmago dos Espíritos infelizes.
Todo grupamento social, político,
acadêmico, popular, religioso, cultural ou de trabalho e de lazer, é vítima dos
profissionais da intriga, neles integrados com os nefandos objetivos de os
desagregar.
...E a intritga campeia a soldo
da insegurança, da imaturidade psicológica das criaturas humanas.
O intrigante é instrumento dócil
das Trevas que pretendem manter a sociedade na ignorância, no atraso moral, a
fim de nutrir-se das emanações humanas que vampirizam.
Movimenta-se com facilidade
porque é pusilânime, tornando-se hoje amigo daquele que no passado feriu, e
assim, sucessivamente, em relação às pessoas que, no futuro, serão suas
vítimas.
Alegra-se ao ver os distúrbios
que provoca sem deixar-se trair, sorrindo de prazer ante as injunções penosas
que a sua conduta reprochável dá lugar.
Encontra-se em toda parte, por
constituir larga fatia da sociedade inditosa que se compraz na maledicência,
nas observações distorcidas...
São necessários antídotos vigorosos
para sanar essa epidemia ou muita água em forma de paciência e compaixão para
apagar os incêndios morais que provoca.
A intriga é semelhante a cupim
que destrói a fonte de onde retira o alimento, sem deixar vestígios externos,
até o momento em que se desorganizam as estruturas nas quais se refugia.
* * *
Fecha os ouvidos à persuasiva
palavra simulada do intrigante, que te escolhe para a catarse da própria
desdita.
Não passes adiante a informação
infeliz que ele te transmite com o objetivo de envenenar-te o que,
invariavelmente, consegue.
Abafa a intriga que te chega ao
conhecimento no poderoso algodão do silêncio e da dignidade.
Desarma-te, em relação ao teu
irmão, adquire autoconfiança e autoconsciência, que te instrumentalizam para
não aceitares a morbidez da intriga destruidora.
Mesmo no colégio galileu, a
intriga e o ciúme campeavam, culminando na traição de Judas e em negação de
Pedro em referência a Jesus, que sempre os amou.
Sê fiel ao teu ideal, mantendo
lealdade com relação àqueles que constituem a tua família biológica, quanto a
espiritual.
Não agasalhes informações
nefastas, deixando-te contaminar pelo morbo sempre ativo da intriga.
Respeita a concha dos teus
ouvidos, preservando-a da intriga e dignifica a tua voz não a propagando, dessa
maneira deixando-a diluir-se no oceano da tua conduta moral.
Aqueles que se permitem criar
embaraços ao seu próximo, acusando-os, indevidamente, tecendo as redes das
informações malsãs, vigiando-os de forma
implacável, empurrando-os na direção do abismo do desânimo e do sofrimento,
tornam-se responsáveis pelo mal que lhes venha acontecer.
São as mãos invisíveis que os
asfixiam e as forças infelizes que os comprimem, derrubando-os pelo caminho da
evolução.
Se alguém, por acaso, não
corresponde à tua confiança, nem retribui o teu comportamento sadio, não te
aflijas, porque o infeliz é ele que, ingrato, não é capaz de compreender a
beleza nem o significado da amizade legítima.
Em qualquer circunstância, sê
aquele que vive com elevação e honradez, a fim de que longos e saudáveis sejam
os teus dias na viagem abençoada pela Terra.
Divulga o bem e canta a glória da
afeição pura, entronizando na mente e na emoção, os valores da alegria
defluente dos deveres retamente cumpridos.
Embora aceito pelos frívolos, o
intrigante é detestado e temido por todos, que lhe conhecem o caráter e
percebem que, de um para outro momento, poderão ser-lhes vítimas também.
O que fazem com os outros,
certamente farão contigo, sem compaixão.
* * *
Jesus recomendou a vigilância e a
oração como terapia preventiva e curadora, para uma existência digna e feliz.
Vigia as nascentes do coração
para que nelas brote a água lustral do amor que se expande, enquanto orarás,
arando com os tratores da caridade, os solos humanos que a vida te oferece.
Intriga, jamais!
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