Momento Espírita
01/04/2014
Minha mãe, por que a senhora não me deixou nascer? Eu queria tanto,
mãezinha!
Lutei, trabalhei, pedi a Deus e consegui autorização para renascer. E a
senhora comprometeu-se comigo. Comigo e com Deus.
Eu desejava um novo corpo. Planejava um futuro de luz. Na verdade, minha
vida estaria marcada por provas e testemunhos redentores.
Mas eu me preparei, confiante no seu amor! E, no momento em que eu mais
necessitei, a senhora me rejeitou!
Por que, mãezinha? Por quê?
Quando a senhora me sentiu no santuário de seu ventre, mudou de conduta,
de comportamento. E começou a me torturar. Seus pensamentos de revolta, que
ninguém ouvia, retumbavam em meus ouvidos, como gritos lancinantes, que me
afligiam muito.
Os cigarros que a senhora fumava, muitas vezes, me intoxicavam. Seu
nervosismo, fruto da sua insatisfação, eram para mim verdadeiras chibatadas.
Quando decidiu me abortar, aconteceu uma coisa interessante: a senhora
querendo me expulsar de seu ventre e eu, lutando, para nele permanecer.
Por que a senhora fechou os ouvidos à voz da consciência que lhe pedia
compaixão e serenidade?
Por que anestesiou os sentimentos, a ponto de esquecer que eu trazia um
universo de bênçãos e alegrias para você?
Seria o filho obediente e amoroso. Trazia recursos que lhe facilitariam
a existência, nos últimos anos de sua presença na Terra.
Mas a senhora não quis. E veja a consequência: eu, atormentado por não
renascer. A senhora, doente, triste, intranquila. Sua mente, atormentada pela
aflição e os seus sonhos, povoados de pesadelos.
Por que mãezinha, a senhora não me deixou nascer?
Ainda é cedo, pensava. Quero
gozar a vida, passear, divertir-me, viajar. Filhos, só depois.
Mas filho algum chega em momento inadequado. As leis da vida são sábias,
e ninguém nasce por acaso.
Contudo, pelo muito amor que lhe tenho, estou pedindo a Deus
misericórdia em seu favor. Peço a Deus que a senhora alcance a bênção do
reequilíbrio, a fim de que, num futuro próximo, estejamos juntos. Eu, em seu
ventre, e a senhora, como sempre, em meu coração.
Eu, me alimentando na fonte de sua vitalidade e a senhora
fortalecendo-se, na gratidão de meus mais puros sentimentos. Mãezinha, por
favor, não repita seu ato irrefletido.
Quando sentir de novo alguém batendo às portas do seu coração, sou eu, o
filho renegado, que voltou para viver e ajudá-la a ser feliz.
Mãezinha, não se esqueça de mim. Não me abandone. Não me expulse. Não me
mate de novo. Preciso renascer.
*
* *
O filho que te chega e solicita abrigo ao teu sentimento é sempre uma
bênção de Deus.
Pode ser o portador de grandes problemas do passado, desejando retornar
para os acertos no hoje. Pode ser alguém que te feriu e deseja retornar a fim
de, nos multiplicados afagos de carinho, solicitar-te perdão.
Pode ser o amor que tanto esperas, retornando ao teu regaço, para
amenizar a grande carência da tua afetividade.
Antes de optar pela morte de quem se aninhou em teu ventre, pensa bem. É
teu filho e de ti espera proteção, amparo, vida!
Redação do Momento Espírita, a partir de mensagem
do Grupo Espírita Fabiano, Rio de Janeiro/RJ.
Em 1.4.2014.
do Grupo Espírita Fabiano, Rio de Janeiro/RJ.
Em 1.4.2014.
Reblogado do website Momento Espírita
Link desta mensagem: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=4094&stat=0
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