A imortalidade é de todos os tempos. A ameba, por
exemplo, sendo um dos organismos unicelulares mais simples, pode ser
considerada como imortal, porquanto, à medida que envelhece, graças
ao fenômeno da mitose, dá lugar a duas outras, ricas de vida, e assim,
sucessivamente. Jamais ocorre a morte do elemento inicial.
Assim sucede com a vida humana,do ponto de vista do
ser espiritual, que enseja a cada um experienciar o que é sempre melhor para si
mesmo.
O impositivo que se apresenta é o de viver o
presente, em razão de o passado apresentar-se já realizado, enquanto o futuro
se encontra ainda em construção.
Atingir o máximo das suas possibilidades no momento
que passa, constitui o desafio que não pode ser ignorado.
Essa mecânica, porém, é produzida pelo amor, que
deve orientar a inteligência na aplicação das suas conquistas.
Isso significa um esforço individual expressivo,
que se torna seletivo em benefício do conjunto social.
À semelhança do que ocorre no organismo, em que
nenhuma célula trabalha unicamente em favor de si mesma, porém do conjunto que
deve sempre funcionar em harmonia, vão surgindo os padrões de comportamento que
dão lugar às tendências universais em torno da vida, que se processa de acordo
com o mecanismo da evolução. Cada parte que constitui o órgão está sempre
preparada para transformar-se em favor de um elemento maior e mais expressivo.É
uma verdadeira cadeia progressiva, infinita,até o momento em que se encerra o
ciclo vital e a matéria se desagrega em face do fenômeno biológico da morte.
Todo esse processo tem lugar sob o controle do
Espírito que modela a organização de que se serve através do seu invólucro
semimaterial, e quando se dá a desarticulação das moléculas, eis que se libera
e prossegue indestrutível no rumo da plenitude, quando se depura de todas as
imperfeições resultantes do largo período da evolução.
Essa busca pode ser também denominada como a da
iluminação, cuja conquista elimina o medo dos equívocos, da velhice, das
doenças, da morte, porquanto enseja a consciência da imortalidade, dessa forma,
do prosseguimento da vida em todas as suas maravilhosas nuanças que se
apresentam em outras dimensões, em outros campos vibratórios.
Essa iluminação propicia o despertar do sonho, da
ilusão em torno dos objetivos da existência, tornando o ser consciente de tudo
que pode realizar por si mesmo e pela sociedade.
Por mais que postergue essa conscientização,
momento chega em que o Espírito sobrepõe-se ao ego e rompe o limite do
intelecto, conquistando a visão coletiva sobre o infinito.
É quando se autoanalisa, voltando-se para dentro e
descobrindo os tesouros inabordáveis da imortalidade, buscando no coração as
forças que lhe são necessárias para a entrega à autoiluminação.
Como bem assinalou Jesus: O Reino dos Céus
está dentro de vós, portanto, do Espírito que se é e não do corpo pelo qual
se manifesta.
Esse mecanismo é possível de ser ignorado, quando a
pessoa resolve-se pela remoção das trevas que ocultam o conhecimento de si
mesma, deixando-a confusa, a fim de que se estabeleça a pujança do amor franco
e puro, gentil e corajoso que não conhece limites...
A imortalidade é, pois, a grande meta a ser
atingida.
Cessasse a vida, quando se interrompesse o fenômeno
biológico pela morte, e destituída de significado seria a existência humana,
que surgiu em forma embrionária aproximadamente há dois bilhões de anos...
Alcançando o clímax da inteligência, da consciência e das emoções superiores,
se fosse diluída, retornando às energias primárias, não teria qualquer sentido
ético-moral nem lógico ou racional.
Muitos, entre aqueles que assim pensam, que a vida
se extingue com a morte, certamente rebelam-se contra os conceitos
ultrapassados de algumas doutrinas religiosas em torno da Justiça Divina após a
morte, com as execuções penais de natureza eterna e insensata.
Considerada, porém, como o oceano gerador da vida,
a imortalidade precede ao estágio atual em que se movimenta o ser humano e
sucede-o, num vir-a-ser progressista sempre melhor e mais grandioso.
Existe o mundo imaterial, causal, de onde procede o
hálito da vida, que impregna a matéria orgânica e a impulsiona na sua
fatalidade biológica, e aguarda o retorno desse princípio inteligente cada
vez mais lúcido e rico de complexidades do conhecimento e do sentimento.
Desse modo, o sentido existencial é o de
aprimoramento pessoal com o conseqüente enriquecimento defluente da sabedoria
que conduz à paz.
Ninguém se aniquila pela morte.
A melhor visão em torno da imortalidade é
contemplar-se um cadáver do qual afastou-se o agente vitalizador, o Espírito
que o acionava.
Não morrendo jamais a vida, todo o empenho deve ser
feito em seu favor, de modo que a cada instante se adquiram melhores recursos
de iluminação, de compaixão, de beleza, de harmonia.
Desse modo, não morreram também aqueles que a
desencarnação silenciou, velando-os com a paralisia dos órgãos a caminho da
decomposição.
Eles prosseguem na caminhada ascensional e mantêm
os vínculos sentimentais com aqueloutros que lhes eram afeiçoados ou não, deles
recordando-se e desejando intercambiar, a fim de afirmar que continuam vivendo
conforme eram.
Se fizeres silêncio íntimo ao recordar-te deles, em
sintonia com o pensamento de amor, eles poderão comunicar-se contigo, trazer-te
notícias de como e de onde se encontram, consolando-te e acalmando-te, ao tempo
em que te prometem o reencontro ditoso, mais tarde, quando também soar o teu
momento de retorno.
Ao invés da revolta inútil porque se foram, pensa
que a distância aparente é apenas vibratória e conscientiza-te de que nada
aniquila o amor, essa sublime herança do Pai Criador.
Utiliza-te das lembranças queridas e envia-lhes
mensagens de esperança e de ternura, de gratidão e de afeto, de forma que
retemperem o ânimo e trabalhem pela própria iluminação, vindo em teu auxílio,
quando as circunstâncias assim o permitirem...
Não os lamentes porque desencarnaram, nem os
aflijas com interrogações que ainda não te podem responder.
Acalma a ansiedade e continua amando-os, assim
contribuindo para que permaneçam em paz e cresçam na direção de Deus sendo
felizes.
* * *
A morte é a desveladora da vida em outras expressões.
Jesus retornou da sepultura vazia para manter o
contato com os corações queridos, confirmando a grandeza da imortalidade a que
se referira antes, demonstrando que o sentido existencial é o da aquisição dos
tesouros do amor e da amizade, para a conquista da transcendência.
Ora pelos teus desencarnados, envolve-os em carinho
e vive com dignidade em homenagem a eles, que te esperam além da cortina de
cinza e sombra, quando chegar o teu momento de libertação.
Joanna de Ângelis
Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco,
na tarde de 19 de maio de 2008, Esch, Ducado de Luxemburgo.
Em 01.02.2009.
Reblogado do website Divaldo Franco
Link desta mensagem: http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=105
Nenhum comentário:
Postar um comentário