Na
narrativa evangélica, dois banquetes de que Jesus participou despertam atenção.
Um deles,
muito famoso, consiste na última ceia com os Apóstolos.
Trata-se de
evento que se revestiu de singular importância.
Nele, Jesus
revela o caráter sublime de suas relações com os amigos de apostolado.
Foi um
ágape íntimo e familiar, solenizando despedida afetuosa e divina, ao mesmo
tempo.
No entanto,
é conveniente recordar que o Mestre atendeu a esse círculo em derradeiro lugar.
Ele já se
havia banqueteado carinhosamente com os publicanos e os pecadores.
Partilhava
a ceia com os discípulos, em um dia de alta vibração religiosa.
Mas antes
comungara o júbilo daqueles que viviam à distância da fé.
Reunira-os,
generoso, e conferira-lhes os mesmos bens nascidos de Seu amor.
De maneira
geral, a comunidade cristã ainda não percebeu toda a significação do banquete
do Mestre, entre publicanos e pecadores.
Mas esse
festim possui especial significado, na história do Cristianismo.
Segundo o
Evangelho, ao passar perto da alfândega, Jesus viu um homem chamado Mateus.
Chamou-o e
ele O seguiu.
Mais tarde,
estando ambos sentados à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores.
Todos se
sentaram junto com o Senhor e Seus discípulos.
Ao verem a
cena, os fariseus indagaram aos Apóstolos a razão pela qual Jesus comia com
publicanos e pecadores.
O próprio
Cristo respondeu que os sãos não necessitam de médico, mas sim, os doentes.
Com isso,
demonstrou que abraça a todos os que desejam a alimentação espiritual nos
trabalhos de Sua vinha.
Sinalizou
que não só nas ocasiões de fé permanece presente entre os que O amam.
Em qualquer
tempo e situação, está pronto para atender às almas que O buscam.
Em alguns
meios religiosos, parece haver certa tendência em considerar menos importantes
as atividades do mundo.
Neles se
entende que o homem se encontra com Deus no templo ou na igreja.
Entretanto,
o serviço Divino está em todo lugar.
O
empresário honesto, em seu labor, está na presença de Deus.
O
professor, ao ensinar com dedicação e responsabilidade, também está em contato
com o Divino.
Do mesmo
modo, a mãe, ao cuidar de seus filhos.
Não há como
cindir a vida em duas.
Uma sem
responsabilidades definidas para com o bem e o belo.
E outra,
momentânea e restrita, na qual a criatura se preocupa com sua alma imortal.
Jesus Se
banqueteou primeiro com os considerados profanos.
Com isso,
sinalizou a importância de que se cuide muito bem dos deveres comezinhos do mundo.
É inútil
buscar o Divino, com esquecimento das tarefas básicas da vida.
Para ser
bom cristão, é preciso ser bom pai, filho, profissional, esposo e cidadão.
Pense
nisso.
Redação do
Momento Espírita, com base no cap. 137, do livro
Caminho, verdade e vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 18.09.2012
Caminho, verdade e vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 18.09.2012
Reblogado do website Momento Espírita
Link desta mensagem: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=3577&let=B&stat=0
Nenhum comentário:
Postar um comentário