sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Osho - RISO: UM VISLUMBRE DE DEUS

 

Disseram a Osho:
Amo ouvir você rindo, amo as suas piadas, amo você. Amado mestre, você poderia nos falar sobre o riso?

Quando você está com fome, não quer que ninguém fale sobre comida. Quando está se afogando num rio, não quer que falem sobre a arte de nadar. Há momentos certos e situações certas, e há coisas sobre as quais se pode falar, e todavia são mal interpretadas. O riso é um mistério; 
é melhor experimentá-lo do que ouvir falar sobre ele.

Mas a pessoa fica curiosa: o que é o riso? 
Riso é o fator mais inteligente em você. Os bois não riem, e se você encontrar um boi rindo ficará louco! Então será impossível trazê-lo à sanidade. Nenhum animal ri. O riso precisa de uma inteligência muito sensível; significa que você pode entender o ridículo de certa situação.

O que são as piadas? Elas são um arranjo muito inteligente. Elas o levam logicamente, racionalmente, a uma direção, e você começa a esperar que então algo aconteça, vá acontecer. Ela continua acontecendo de acordo com as suas expectativas, e então vem uma virada repentina e acontece algo que você nunca poderia ter imaginado. Isso provoca o riso em você. É 
um processo muito interno da sua expectativa racional. 

Se o que você estava esperando acontece, não haverá nenhum riso. Mas se você vê algo que não poderia ter imaginado, tudo ia bem até o fim e então, de repente, algo diferente acontece, você imediatamente 
se esquece de toda a sua razão lógica e ri.

O riso é a única experiência comum em que você não é mais mente, e eu faço uso dele para lhe dar vislumbres de não-mente, de meditação, de uma transcendência da mente. Talvez eu seja o primeiro homem em toda a história da humanidade que tem 
usado piadas como uma preparação para a meditação. Jesus não ria, Buda não ria, não se ouve dizer que Lao-tsé tenha rido alguma vez. Eles eram pessoas sérias e estavam fazendo trabalhos sérios. 

Rabinovich senta-se num café e pede uma xícara de chá e um exemplar do Pravda. "Trarei o chá", diz o garçom, "mas não posso trazer-lhe um exemplar do Pravda. 
O regime soviético foi derrubado e o Pravda não é mais publicado". Pravda é o porta-voz do Partido Comunista da União Soviética. "Tudo bem", diz Rabinovich, "traga-me apenas o chá." No dia seguinte, Rabinovich vai ao mesmo café e pede um chá e um exemplar doPravda. O garçom lhe dá a mesma resposta. No terceiro dia, Rabinovich novamente pede chá e um exemplar do Pravda, e dessa vez o garçom lhe diz: "Olhe aqui senhor, você parece ser um homem inteligente. Nesses três últimos dias você pediu um exemplar do Pravda, e essa é a terceira vez que tenho de lhe dizer que o regime soviético foi derrubado e o Pravda não é mais publicado"."Eu sei, eu sei", diz Rabinovich, "mas simplesmente gosto de ouvir isso."

Dois judeus estavam sentados num café discutindo o destino de seu povo. "Como é miserável nossa condição", disse um deles. "Massacres, pragas, cotas, discriminação e Adolf Hitler... às vezes acho que estaríamos melhores se nunca houvéssemos nascido." "Certamente", diz seu amigo. "Mas quem tem tanta sorte: talvez 
um entre 50 mil?" Tente compreendê-la.

Isso aconteceu na festa de Natal no escritório. Quando eles se deitaram no sofá da recepção do escritório na sala escura, suas respirações se tornaram quentes e rápidas. "Oh, 
Melvin, oh, Melvin", ela disse apaixonadamente, "você nunca fez amor comigo desse jeito. É por causa do espírito natalino?" "Não", ele diz ofegante, "provavelmente é porque eu não sou Melvin!"

É possível, quando você dá uma risada autêntica, que a mente pare, porque 
a mente não pode rir. Ela é estruturada seriamente; sua função é ser séria, infeliz, doente. No momento em que você ri, não vem da sua mente, vem do além, do seu próprio espírito interior. 

A meu ver, todas as religiões perderam uma das dimensões de grande importância; essa é a 
direção do senso de humor. Elas tornaram o mundo todo sério.

Quero que o meu povo encha o mundo com riso, alegria, canções e danças. Nós não estamos procurando nenhum paraíso; estamos procurando criar o paraíso aqui e agora, porque não estamos interessados em coisas após a morte. Se pudermos criar um paraíso aqui e agora, certamente 
seremos capazes, mesmo se nos encontrarmos no inferno, de criar lá um paraíso.

Todo o meu povo é condenado por todas as religiões; assim, eu espero que nós alcancemos o inferno. Mas eles devem ser prevenidos: não mandem o meu povo para o inferno, porque ele
s transformarão o inferno num paraíso muito melhor do que o que vocês têm com seus santos velhos, sujos e secos, que nem ao menos conseguem servir.

Confio totalmente que, quando 1 milhão de sannyasins entrarem no inferno com seus violões, canções, danças e piadas, toda a qualidade e toda a atmosfera do inferno serão mudadas. Acho que
 até mesmo o demônio se unirá a eles e se tornará sannyasin, Swami Anand Demônio!


Osho, em "Religiosidade É Diferente de Religião: 
Ensinamentos de Osho para um Mundo em Paz"


Fonte: Palavras de Osho
http://palavrasdeosho.blogspot.com.br/


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