Os romanos, nos
tempos antigos, tinham o hábito de dar nome aos ventos.
Um vento que
eles apreciavam era o vento ob Portus. Ele levava os navios em direção
ao porto e, por isso, foi chamado de vento oportuno.
Acabamos,
assim, descobrindo a origem de uma palavra que utilizamos com certa frequência:oportunidade.
Em sua origem
romana, oportunidade nos remete à ideia de ventos favoráveis
que nos levam à segurança de um porto.
O vento
inoportuno, por sua vez, é aquele que nos conduz para longe do cais, das
realizações, dos objetivos.
Assim como na
vida, nem sempre os melhores ventos para navegação são os que nos atingem a
popa, os que chamamos de ventos a favor. Esses, por vezes, causam uma
instabilidade muito grande na nau, tornando-a incontrolável.
O vento ob
Portus não era um vento totalmente a favor. Exigia certa habilidade do
navegador. Posicionar e ajustar as velas, virar o leme no ângulo perfeito e
perceber o que acontecia ao redor.
O vento da
oportunidade também não era uma garantia de que o barco iria chegar sozinho ao
porto, sem esforço algum de seus tripulantes. O trabalho era intenso e
constante.
Isso nos remete
a pensar nas oportunidades que surgem em nossos dias.
A primeira
delas, a maior de todas, é sem dúvida, a própria existência terrena. A oportunidade
da vida, a oportunidade de crescer; de voltar e acertar; de se perdoar; de
acertar as contas; de seguir adiante.
As múltiplas
existências são ventos oportunos que nos levam ao porto de nossa felicidade
futura.
Caberá à nossa
habilidade posicionar as velas alvas da compreensão, o timão seguro do esforço,
os mastros grandiosos da fraternidade para que cheguemos lá, mais cedo ou mais
tarde.
E depois seguem
outras, muitas e muitas, as que percebemos e as que não nos damos conta. Por
vezes, a tripulação está adormecida e os bons ventos simplesmente passam sem
serem aproveitados.
Em outras nos
falta habilidade, paciência, sabedoria ou calma.
Ainda há vezes
em que desprezamos ventanias, acreditando que de nada nos servirão, que só irão
tirar a nau de seu prumo. e lá se vai outro vento oportuno desperdiçado.
As
oportunidades nem sempre são óbvias, não vêm com rótulo, instruções ou avisos
luminosos. Caberá à nossa sabedoria decifrá-las.
Porém, elas não
cessam de chegar, como esta agora, aqui, neste momento. Você, ouvindo algumas
palavras de incentivo, de ânimo, de despertamento.
O que você fará
com isso logo após? Que mudanças irá propor para você mesmo? Não será esse mais
um vento oportuno?
Pense nisso.
* * *
Dia novo,
oportunidade renovada.
Cada amanhecer
representa divina concessão, que não podemos
nem devemos desconsiderar.
Mantenhamos, portanto,
atitude positiva em relação aos acontecimentos que devem ser enfrentados.
Otimismo diante
das ocorrências que surgirão; coragem nos confrontos das lutas naturais;
recomeço de tarefa interrompida; ocasião de realizar o programa planejado.
Cada amanhecer
é convite sereno à conquista de valores que parecem inalcançáveis.
Redação do
Momento Espírita,
com citação do
cap. 1,
do livro Episódios
diários,
pelo Espírito
Joanna de Ângelis, psicografia
de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 19.9.2016.
de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 19.9.2016.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
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