A História de Drunvalo Melchizedek
Quando tudo começou...
Estava estudando para obter minha especialização em Física e minha
segunda graduação em Matemática na Universidade da Califórnia, em Berkeley,
prestes a receber meu diploma.
Só faltava mais 1/4 para minha graduação. Aí decidi que não queria mais a graduação porque havia descoberto algo sobre os próprios físicos que me desanimou da idéia de me envolver numa ciência que eu havia percebido que não era ciência de forma alguma.
Sobre este fato em si eu poderia escrever um livro, mas "o porquê" dele está relacionado ao mesmo assunto que tratamos com arqueólogos.Físicos, assim como arqueólogos, irão se voltar para a Verdade, se isto significar uma mudança muito grande muito rápido.
Talvez a verdade real seja que esta é a natureza humana. Então me voltei para o outro lado do meu cérebro e comecei a me graduar em Belas Artes. Meus tutores pensavam que eu estava louco:"Você vai desistir de um diploma de Física?" me perguntavam. Mas eu não precisava daquilo, não queria aquilo. Então para me graduar em Artes, precisei frequentar a faculdade por mais dois anos. Finalmente, estava no último semestre para me graduar em artes, e pensava: "Eu não sei se consigo fazer isso. Estou tão cansado. Quase não aguento mais."
Aí ocorreu "Kent State". Todo o sistema de educação escolar dos Estados Unidos fechou, e foram expedidas notas B para todos os alunos, e os deixaram passar. Assim, obtive minha graduação em Belas Artes sem ter que terminar o último semestre que faltava.
Minhas mudanças de especialização fazem sentido agora, porque quando você estuda as escrituras antigas, você descobre que as pessoas daqueles tempos consideravam a arte, a ciência e a religião como sendo entrelaçadas, interligadas. Assim, a programação que executei foi condizente com o que estou fazendo agora.
MUDANDO-ME PARA O CANADÁ
Graduei-me em 1970. Depois, após ter estado no Vietnã e vendo o que ocorria no nosso país naquela época, eu disse finalmente: "Já chega! É isso! Não sei como vou viver ou o que vai acontecer, mas vou é ser feliz e fazer o que sempre desejei fazer". Decidi abandonar tudo e fui viver nas montanhas como sempre havia desejado.
Assim, deixei os Estados Unidos e fui para o Canadá, sem saber que um ano depois seria seguido por dez mil pessoas que protestavam contra a guerra do Vietnã. Casei-me com uma mulher chamada Renee e fomos os dois para o meio do nada, e encontramos uma casa num lago chamado Kootenay. Estávamos longe de tudo. Era preciso andar por quatro milhas a partir da estrada mais próxima para chegar à nossa casa. Estávamos completamente isolados. E comecei a viver a minha vida exatamente como sempre havia desejado.
Sempre desejei saber se poderia viver do nada; então resolvi tentar. Fiquei com um pouco de medo no começo, mas com o tempo, ficou mais fácil, e logo tornei-me um adepto da vida natural. Eu vivia uma vida linda e plena, com basicamente nenhum dinheiro. Depois de um tempo percebi, "hey, isto é muito mais fácil do que manter um emprego na cidade!" Eu só tinha que trabalhar duro por três ou quatro horas por dia, depois disso eu tinha o resto do dia livre. Era o máximo. Eu podia tocar música e passear por lá e aproveitava um bocado. E foi exatamente o que eu fiz. Eu me divertia. Tocava música umas dez horas por dia, com muitos amigos que vinham de longe. Nosso local pegou uma boa fama naquela época. Aparecia uma média de 11 pessoas por dia para tocar música e se divertir - e nós apenas nos divertíamos.
E assim, o que é muito importante para a minha compreensão hoje, eu descobri algo sobre mim mesmo. Era desse - retorno à minha criança interior, que é como eu me refiro àqueles dias - que eu libertei minha criança interior, e com essa libertação, algo me aconteceu, que foi o catalizador que me trouxe à minha vida como ela é hoje.
ENCONTRANDO COM OS ANJOS
Estando em Vancouver, minha esposa e eu decidimos que queríamos conhecer meditação, então iniciamos nossos estudos com um professor hindu que morava na região. Queríamos seriamente compreender o que era meditação. Tínhamos muitas túnicas de seda brancas com capuzes e estávamos seriamente nos empenhando nessa busca que havíamos iniciado. Aí um dia, após praticarmos a meditação por mais ou menos quatro ou cinco meses, dois anjos altos de mais ou menos 3,5m apareceram em nossa sala!
Um era verde e o outro era lilás. Podia-se ver através de seus corpos transparentes, mas eles estavam realmente ali. Não esperávamos por essa aparição. Estávamos apenas seguindo as instruções que o nosso professor hindu havia nos dado. Não acredito que ele tenha compreendido plenamente pois continuou nos fazendo perguntas e parecia não entender também.
Daquele momento em diante, de longe, minha vida nunca mais foi a mesma.
As primeiras palavras que os anjos me disseram foram: "Nós somos você." Eu não tinha idéia do que eles queriam dizer com isso. Falei: "Vocês são eu?" E assim, eles começaram a me ensinar lentamente várias coisas sobre mim mesmo e o mundo, e sobre a natureza da consciência… até que finalmente meu coração simplesmente se abriu completamente para eles. Eu sentia um amor tremendo por parte deles, o que mudou totalmente a minha vida.
Por um período de vários anos, eles me conduziram por vários professores. Eles diziam até o endereço e o telefone ou qual professor eu deveria contatar. Eles me diziam até se eu deveria telefonar primeiro ou apenas me dirigir diretamente às casas deles ou delas. Então eu fiz isso - e era sempre a pessoa certa! Aí eu era instruído a ficar com aquela pessoa por um certo período de tempo.
Algumas vezes, bem no meio de um ensinamento específico, os anjos diziam: "Tudo bem, acabou. Vá embora." Lembro-me de quando eles me enviaram a Ram Dass. Eu fiquei "morando" em sua casa por uns três dias me perguntando que raios eu estava fazendo lá. Daí, um dia eu pus as mãos em seus ombros para dizer algo e senti um tranco que praticamente me jogou no chão. E foi assim - os anjos disseram: "É isto. Você pode ir embora agora". E eu falei: "tudo bem". Ram Dass e eu nos tornamos amigos, mas o que quer que eu fosse aprender com ele havia terminado naquele mesmo segundo.
Os ensinamentos de Neem Karoli Baba, professor de Ram Dass, são muito importantes para mim. Ele acreditava que "a melhor forma de ver Deus é em toda forma". Também estive exposto ao trabalho de Yogananda e tenho carinho por quem ele foi. E mais tarde estarei falando sobre Sri Yukteswar e um pouco do seu trabalho.
Estive intensamente envolvido com a maioria das principais religiões. Só não com os Sikhs, pois não acredito que seja necessária preparação militar, mas estudei e pratiquei quase todas as outras, Muçulmana, Judaica, Cristã, Hindu, Budista, Tibetana. Estudei profundamente o Taoísmo e o Sufismo - passei onze anos no Sufismo. De todos estes, os professores mais poderosos para mim, no entanto, foram os índios norte-americanos. Foram os nativos que abriram a porta para que ocorresse todo o meu crescimento interior. Eles têm tido uma influência poderosa na minha vida.
Só faltava mais 1/4 para minha graduação. Aí decidi que não queria mais a graduação porque havia descoberto algo sobre os próprios físicos que me desanimou da idéia de me envolver numa ciência que eu havia percebido que não era ciência de forma alguma.
Sobre este fato em si eu poderia escrever um livro, mas "o porquê" dele está relacionado ao mesmo assunto que tratamos com arqueólogos.Físicos, assim como arqueólogos, irão se voltar para a Verdade, se isto significar uma mudança muito grande muito rápido.
Talvez a verdade real seja que esta é a natureza humana. Então me voltei para o outro lado do meu cérebro e comecei a me graduar em Belas Artes. Meus tutores pensavam que eu estava louco:"Você vai desistir de um diploma de Física?" me perguntavam. Mas eu não precisava daquilo, não queria aquilo. Então para me graduar em Artes, precisei frequentar a faculdade por mais dois anos. Finalmente, estava no último semestre para me graduar em artes, e pensava: "Eu não sei se consigo fazer isso. Estou tão cansado. Quase não aguento mais."
Aí ocorreu "Kent State". Todo o sistema de educação escolar dos Estados Unidos fechou, e foram expedidas notas B para todos os alunos, e os deixaram passar. Assim, obtive minha graduação em Belas Artes sem ter que terminar o último semestre que faltava.
Minhas mudanças de especialização fazem sentido agora, porque quando você estuda as escrituras antigas, você descobre que as pessoas daqueles tempos consideravam a arte, a ciência e a religião como sendo entrelaçadas, interligadas. Assim, a programação que executei foi condizente com o que estou fazendo agora.
MUDANDO-ME PARA O CANADÁ
Graduei-me em 1970. Depois, após ter estado no Vietnã e vendo o que ocorria no nosso país naquela época, eu disse finalmente: "Já chega! É isso! Não sei como vou viver ou o que vai acontecer, mas vou é ser feliz e fazer o que sempre desejei fazer". Decidi abandonar tudo e fui viver nas montanhas como sempre havia desejado.
Assim, deixei os Estados Unidos e fui para o Canadá, sem saber que um ano depois seria seguido por dez mil pessoas que protestavam contra a guerra do Vietnã. Casei-me com uma mulher chamada Renee e fomos os dois para o meio do nada, e encontramos uma casa num lago chamado Kootenay. Estávamos longe de tudo. Era preciso andar por quatro milhas a partir da estrada mais próxima para chegar à nossa casa. Estávamos completamente isolados. E comecei a viver a minha vida exatamente como sempre havia desejado.
Sempre desejei saber se poderia viver do nada; então resolvi tentar. Fiquei com um pouco de medo no começo, mas com o tempo, ficou mais fácil, e logo tornei-me um adepto da vida natural. Eu vivia uma vida linda e plena, com basicamente nenhum dinheiro. Depois de um tempo percebi, "hey, isto é muito mais fácil do que manter um emprego na cidade!" Eu só tinha que trabalhar duro por três ou quatro horas por dia, depois disso eu tinha o resto do dia livre. Era o máximo. Eu podia tocar música e passear por lá e aproveitava um bocado. E foi exatamente o que eu fiz. Eu me divertia. Tocava música umas dez horas por dia, com muitos amigos que vinham de longe. Nosso local pegou uma boa fama naquela época. Aparecia uma média de 11 pessoas por dia para tocar música e se divertir - e nós apenas nos divertíamos.
E assim, o que é muito importante para a minha compreensão hoje, eu descobri algo sobre mim mesmo. Era desse - retorno à minha criança interior, que é como eu me refiro àqueles dias - que eu libertei minha criança interior, e com essa libertação, algo me aconteceu, que foi o catalizador que me trouxe à minha vida como ela é hoje.
ENCONTRANDO COM OS ANJOS
Estando em Vancouver, minha esposa e eu decidimos que queríamos conhecer meditação, então iniciamos nossos estudos com um professor hindu que morava na região. Queríamos seriamente compreender o que era meditação. Tínhamos muitas túnicas de seda brancas com capuzes e estávamos seriamente nos empenhando nessa busca que havíamos iniciado. Aí um dia, após praticarmos a meditação por mais ou menos quatro ou cinco meses, dois anjos altos de mais ou menos 3,5m apareceram em nossa sala!
Um era verde e o outro era lilás. Podia-se ver através de seus corpos transparentes, mas eles estavam realmente ali. Não esperávamos por essa aparição. Estávamos apenas seguindo as instruções que o nosso professor hindu havia nos dado. Não acredito que ele tenha compreendido plenamente pois continuou nos fazendo perguntas e parecia não entender também.
Daquele momento em diante, de longe, minha vida nunca mais foi a mesma.
As primeiras palavras que os anjos me disseram foram: "Nós somos você." Eu não tinha idéia do que eles queriam dizer com isso. Falei: "Vocês são eu?" E assim, eles começaram a me ensinar lentamente várias coisas sobre mim mesmo e o mundo, e sobre a natureza da consciência… até que finalmente meu coração simplesmente se abriu completamente para eles. Eu sentia um amor tremendo por parte deles, o que mudou totalmente a minha vida.
Por um período de vários anos, eles me conduziram por vários professores. Eles diziam até o endereço e o telefone ou qual professor eu deveria contatar. Eles me diziam até se eu deveria telefonar primeiro ou apenas me dirigir diretamente às casas deles ou delas. Então eu fiz isso - e era sempre a pessoa certa! Aí eu era instruído a ficar com aquela pessoa por um certo período de tempo.
Algumas vezes, bem no meio de um ensinamento específico, os anjos diziam: "Tudo bem, acabou. Vá embora." Lembro-me de quando eles me enviaram a Ram Dass. Eu fiquei "morando" em sua casa por uns três dias me perguntando que raios eu estava fazendo lá. Daí, um dia eu pus as mãos em seus ombros para dizer algo e senti um tranco que praticamente me jogou no chão. E foi assim - os anjos disseram: "É isto. Você pode ir embora agora". E eu falei: "tudo bem". Ram Dass e eu nos tornamos amigos, mas o que quer que eu fosse aprender com ele havia terminado naquele mesmo segundo.
Os ensinamentos de Neem Karoli Baba, professor de Ram Dass, são muito importantes para mim. Ele acreditava que "a melhor forma de ver Deus é em toda forma". Também estive exposto ao trabalho de Yogananda e tenho carinho por quem ele foi. E mais tarde estarei falando sobre Sri Yukteswar e um pouco do seu trabalho.
Estive intensamente envolvido com a maioria das principais religiões. Só não com os Sikhs, pois não acredito que seja necessária preparação militar, mas estudei e pratiquei quase todas as outras, Muçulmana, Judaica, Cristã, Hindu, Budista, Tibetana. Estudei profundamente o Taoísmo e o Sufismo - passei onze anos no Sufismo. De todos estes, os professores mais poderosos para mim, no entanto, foram os índios norte-americanos. Foram os nativos que abriram a porta para que ocorresse todo o meu crescimento interior. Eles têm tido uma influência poderosa na minha vida.
Todas as religiões do mundo estão falando da mesma Realidade. Elas usam
palavras diferentes, conceitos e idéias diferentes, mas há na verdade só uma
Realidade, e só um Espírito se movendo através de toda a vida. Podem haver
técnicas diferentes para se chegar lá, mas só existe o que é real e quando você
estiver lá você saberá. Chame como você quiser chamar - você pode chamar de
várias formas - é tudo a mesma coisa."
Texto de Drunvalo Melchizedek
A descida de Drunvalo à Terra 1
Drunvalo Melchizedek |
Parece quase um sonho agora - a lembrança tênue, porém firme. Lembro-me
pouco da experiência real da oitava dimensão vibratória, exceto que tudo era
luz e som criados a cada momento por meio do puro amor. A maior parte da
lembrança oculto de mim mesmo por enquanto. Havia completa unidade, a dualidade
era uma experiência pela qual nem todos os seres tinham passado, e eu era um
deles. Meu Pai, a mais elevada verdade dentro de mim, pediu-me que viesse para
a Terra. Disse que seria bom para mim e que eu poderia ajudar aqui. Não usou
palavras e sim luz e imagens sonoras dentro de nosso ser, uma comunicação mais
completa e íntima. Instruiu-me em como me deslocar para alcançar a Terra,
dizendo-me para continuar até atingir a luz. Fiz o que ele mandou, desloquei-me
dessa maneira especial, e em instantes me encontrei em completa escuridão. Não
conseguia enxergar, mas sentia o movimento. Pouco depois de partir, voltei-me
na escuridão e olhei. Contemplei a mais grandiosa e bela visão. Suspensa na
escuridão absoluta, havia uma espiral de luz, de tamanho imenso, pareceu-me. A
luz era multicolorida formando pequenas faixas digitais saindo do centro.
Parecia uma concha de náutilos de néon flutuando num campo de visão infinito.
Senti-me humilde e cheio de admiração por causa de sua grandiosidade. Sabia que
era meu lar e que não voltaria por muito tempo. Mas não senti tristeza, senti alegria
e liberdade. Não mais olhei para trás...
Passou-se muito tempo, pareceu-me. Pode ter sido milhões de anos ou alguns dias. Era impossível dizer sem um ponto de referência. Continuei a me deslocar. De repente, sem qualquer antecipação, todo o meu campo de visão foi preenchido por luz espiralante, variedades de cores que em geral jamais são vistas aqui na Terra, exceto em raros casos envolvendo cristais. Eram pastéis transparentes dourados e azuis e rosas e amarelos. A luz estava em toda parte. Parado à minha frente, a cerca de três metros, havia um homem cujo nome é Machiventa Melchizedek. Machiventa saudou-me e me mostrou a beleza de seu coração.
Imediatamente, senti grande amor por ele e perguntei onde eu estava. Sem responder, voltou-se para a minha direita, e senti que começamos a nos deslocar. Quase instantaneamente minha posição mudou. Eu flutuava em um campo de luz em forma de disco de aproximadamente 16 metros de diâmetro. A suave luz multicolorida brilhante parecia girar ao redor do disco em ambas as direções ao mesmo tempo, deixando-me com uma sensação de estabilidade e beleza antiga. Eu conseguia enxergar através desta espaçonave transparente o espaço profundo e os infinitos milhões de estrelas brilhantes que enchem a galáxia. Nunca conseguiria descrever a beleza e reverência que senti em meu coração. Eu estava calado. Nada entendia. Simplesmente nascera numa nova realidade que, para mim, estava apenas começando a se revelar. Eu conseguia ver, também, que há pouco saíramos do próprio centro de uma daquelas estrelas, um sol que a Terra veria como a estrela do meio do Cinturão de Órion. Eu sempre me lembrarei dela como a entrada para o meu lar, a estrela à qual algum dia eu provavelmente retornarei.
Machiventa me olhou, e todo meu espírito sentiu seu calor radiante. Ele me disse, usando luz e som dentro de meu ser, exatamente como meu Pai, que iríamos para um lugar onde eu deveria aprender, crescer e compreender esta nova realidade, este modo de ser tridimensional. Disse que eu não poderia ir diretamente para a Terra, e sim teria de me deslocar de certa maneira, diferente mas semelhante a como me deslocara para alcançar esta dimensão a partir de meu lar. "Primeiro," disse ele, "Você tem de ir para as Plêiades, às vezes chamadas as Sete Irmãs. É lá que foram tomadas providências para recebê-lo e prepará-lo para sua curta permanência na Terra. Quando você estiver pronto, retornarei e o conduzirei a seu próximo estágio de desenvolvimento no caminho rumo à consciência terrestre."
Senti tanto amor por ele. Parecia que o espírito de meu Pai estava emanando dele. Claro, era exatamente isso - meu Pai estava em todos lugares e em toda gente.
À medida que nos aproximávamos rapidamente do campo cristalino verde das Plêiades, Machiventa olhou-me outra vez e abriu minha visão interior. Conseguia ver uma criancinha de um ano de idade, um menino, deitado nu e calmo numa laje polida e plana, flutuando a aproximadamente 1,2 metro do chão no centro de um pequeno quarto de pedra sem janelas. Não havia luz alguma, apenas seu corpo brilhava com essa luz luminosa móvel que preenchia suavemente o quarto e meu coração. Machiventa contou-me, então, que essa forma de bebê seria minha para que eu pudesse viver e aprender nesta nova realidade. Enquanto ele falava e me transmitia sensações de força e encorajamento, senti que saía da nave de luz de Machiventa e, usando translação interpessoal pela primeira vez, entrei na forma sublime de uma criança pleiadiana. Um alento, e estava terminado. Comecei a chorar. Não de dor, nem medo, e sim de pura alegria pela vida. Estava a caminho da Terra, como tinha pedido meu Pai, e agora eu provara, pela primeira vez, a maneira de ser tridimensional no interior de uma forma sólida. Embora o corpo desta criança parecesse de um ser humano, sua consciência era extremamente diferente daquela da Terra.
Durante 15 anos terrestres, estudei a vida a partir da superfície do planeta pleiadiano, como integrante de uma sociedade bastante incomum. Os seres de lá existem principalmente na quarta dimensão, mas na realidade possuem consciência total do plano terrestre. As Plêiades são o plexo solar desta galáxia. Quem desejar se deslocar de um lugar distante para outro provavelmente atravessará este sistema. Eles adoram jogos, empregando-os para transmitir conhecimentos. Seu nível de inteligência e amor é da mais alta ordem dentro desta interface de terceira e quarta dimensões. Eu os amo e lhes sou grato por seu cuidado e ensinamentos carinhosos.
O simples aprender a ver de forma dual me era muito difícil. Eu não compreendia a natureza de macho e fêmea, quente e frio, bom e ruim. Para mim, dava tudo na mesma. Aprendi a respeito de luz e som e de como qualquer coisa pode passar a um estado saudável e harmonioso ativando-se certos pontos no meu campo áurico.
Certo dia, Machiventa apareceu em sua nave de luz e eu deixei o corpo do menininho e o segui rumo a uma nova estrela. Outro local de aprendizagem, à medida que me aproximava lentamente de meu destino, a Terra. Cantamos ao entrar no campo de Sírius, a estrela irmã da Terra. As estrelas estão dispostas num campo por demais grande e complexo para que consigamos vê-lo, e Sírius e a Terra são como átomos adjacentes em uma matriz cristalina. Estão intimamente ligados. De fato, é praticamente impossível vir para a Terra sem primeiro ir a Sírius.
Quando silenciosamente deslizamos para o interior do sistema, rumamos para a estrelinha chamada Sírius B que gira ao redor de Sírius. Ao redor de Sírius B existe um planeta constituído, principalmente, de água. Novamente despedi-me de Machiventa e, na forma de espírito, entrei no campo magnético deste planeta. Dentro das águas, conheci minha nova professora e amiga querida. Durante um ano terrestre ali fiquei e escutei e, espero, aprendi. Minha professora tinha a forma de uma baleia, uma baleia Orca, para ser específico. Comunicávamo-nos de maneira bem parecida à maneira como meu Pai e eu nos comunicávamos, por meio de luz e imagens sonoras dentro de meu ser. Amo tanto essa baleia e ficarei alegre se algum dia puder encontrar-me novamente com ela.
No final desse treinamento, fui escoltado, em espírito, para a terra, onde assumi a forma de um adulto humano masculino, bem semelhante à que tenho atualmente, exceto que minha consciência estava mais centralizada na unidade. Entrei, então, em um complexo de tipo humano e recebi uma espaçonave de 3ª/4ª dimensão. Muito diferente do campo de luz de Machiventa. Era imensa, sendo necessárias 350 pessoas para operá-la. Fui colocado no comando com um primeiro e segundo assistente. Àquela altura, começava a compreender os costumes dos seres humanos.
Saímos de Sírius B e rumamos diretamente para o centro de Sírius A, a estrela mais brilhante vista da Terra, entrando em outro campo de luz muito parecido ao que eu entrara em Órion. Num intervalo de no máximo 6090 segundos, saímos do campo de luz de Sírius A e saímos flutuando de uma estrela que a Terra chama seu Sol. Tudo era muito bonito e imponente. A sensação era muito diferente da experimentada ao deixar Órion. Agora eu era humano, ou quase.
Minhas instruções eram ir para Vênus e entrar em órbita. Dentro do campo multidimensional desse planeta localizasse não apenas a sede deste sistema solar, como também as formas de vida mais conscientes de todos os planetas. Disseram-me que os venusianos entrariam em contato comigo e me dariam instruções finais antes de eu ir para a Terra. Orbitamos Vênus durante cerca de um dia terrestre sem fazer contato, quando, de repente, minha nave começou a lentamente descer em espiral rumo à superfície. Eu tinha muito pouco controle. Parecia que poderíamos nos chocar, então decidimos ir na direção de uma área que parecia água. Deslizamos sobre a superfície e então mergulhamos na água, parando no fundo a aproximadamente 30 metros abaixo da superfície.
Passamos de imediato a avaliar nossas avarias. Depois de cerca de quinze minutos, o segundo assistente veio ter comigo dizendo que o líquido no qual nos encontrávamos era ácido sulfúrico e que estava rapidamente corroendo a nave. Ele me levou a um imenso corredor com cerca de seis metros de largura e de altura e 30 metros de comprimento. O ácido já estava gotejando de um ponto do teto.
Eu disse a ele para levar toda a tripulação para nosso veículo de salvamento e esperar meu comando para partir. No exato momento em que ele saiu, Balthazar, meu primeiro assistente, apareceu numa curva, vindo de outro desses corredores enormes. Era possível dizer pela expressão de seus olhos que estava acontecendo mais alguma coisa. Veio até mim, olhou-me por um momento e disse "Veja." Àquela altura o vazamento de ácido no corredor mais parecia chuva e estava piorando. Como um homem num passeio de domingo, ele caminhou sorrindo diretamente na direção da chuva de ácido. Em minutos suas roupas foram completamente destruídas, mas ele estava bem. Nu e feliz. Entendi então o que ele queria dizer. Disse ao segundo assistente que partisse com a tripulação, entrasse em órbita e esperasse por mim lá. Ele saiu e partiu com a tripulação, e então voltei-me e entrei diretamente debaixo da chuva de ácido para experimentar esta verdade inacreditável. Aconteceu a mesma coisa. Minhas roupas se dissolveram, mas minha pele permaneceu incólume. Era exatamente igual a água morna.
Algo muito profundo se alterou em meu ser. Senti-me livre. Alegremente, viramos e nos dirigimos para a área de embarque, de onde eu sabia que conseguiríamos deixar fisicamente a nave. Balthazar entrou na área de embarque pouco antes de mim e, ao olhar o longo corredor pela última vez, uma parede de seis metros de ácido estava a ponto de lacrá-lo para sempre, dissolvendo-o em nada. Saí, fechei a porta e logo estávamos nadando na superfície na direção da praia. Na praia, vi que o local onde me encontrava estava quentíssimo, quente o bastante para literalmente me cozinhar, mas a temperatura simplesmente parecia não ter nenhum efeito em mim. Eu sabia, assim como Balthazar. Logo depois, fomos apanhados e rumamos imediatamente para a Terra.
Balthazar e eu fomos deixados no campo magnético da Terra na forma de espíritos e lá nos encontramos com muitos espíritos terrestres de longa data. Entramos primeiro na quarta e a seguir na sexta dimensão do campo da Terra e aprendemos com os antigos. Eu ainda tinha de aprender masculinidade e feminilidade, e me senti pronto depois de aproximadamente 30 anos no campo multidimensional da Terra.
Em 1850, nasci como mulher na tribo indígena Taos no norte do Novo México. Foi minha primeira encarnação na Terra, e a vivi de forma normal.Nasci um bebê do útero de minha mãe. Desde a infância, fui treinada como curandeira, sendo instruída no uso de cristais para diversas finalidades, tais como cura, controle do clima e proteção, para mencionar apenas algumas. Durante minha vida com a tribo, colaborei com a construção da grande pirâmide do Desfiladeiro do Planalto do Rio Grande. É a maior entre as pirâmides secretas do mundo, com quase quatro quilômetros de cada lado, e a última a ser desmontada antes de a purificação passar à sua fase final. Até hoje, é totalmente invisível, em razão da natureza de sua construção e apenas umas poucas pessoas conhecem sua localização. Em 1890, os anciões da tribo convidaram-me à sua kiva e me perguntaram se eu ajudaria a tribo e o mundo inteiro. Respondi que sim, e uma matriz de energia foi liberada de uma tigela turquesa cheia de areia, fetiches e cristais.Pediram-me para morrer conscientemente e entrar em um corpo masculino anglo-saxão a partir do qual uma missão seria concluída. Não posso contar que missão, mas será concluída no devido tempo. Novamente, com um único alento, encontrei-me na quarta dimensão.
Depois de aproximadamente três dias, elevei-me em vibração para a sexta dimensão, onde se concentra a vida mais consciente e estável. Depois de cerca de 75 anos de ensinamentos adicionais ministrados pelos antigos, fui novamente instruído a entrar em um corpo masculino anglo-saxão. Desta vez, contudo, eu deveria cumprir minha missão de um modo diferente de quando nasci uma menina índia. Deveria entrar num corpo masculino adulto em seu 31º ano de vida. Oito anos antes do acontecimento, comecei a me comunicar com o espírito deste corpo, Bernard Perona. Comecei a lhe mostrar possibilidades de vida que ele nunca soube existir até finalmente ver a entrada para o caminho do crescimento rápido e tomar seu rumo em direção a um distante sistema estelar. Esse espírito que partiu deu, com sucesso, um salto quântico em sua compreensão de Vida, permitindo-me entrar diretamente na arena de expressão humana uma vez mais.
Em 10 de abril de 1972, entrei no corpo de Bernard Perona e comecei a vida como homem adulto na terra. Depois de muitos anos de "andanças" como meu Pai pedira, finalmente estou pronto para servir a Terra e aprender com sua vasta sabedoria.
Passou-se muito tempo, pareceu-me. Pode ter sido milhões de anos ou alguns dias. Era impossível dizer sem um ponto de referência. Continuei a me deslocar. De repente, sem qualquer antecipação, todo o meu campo de visão foi preenchido por luz espiralante, variedades de cores que em geral jamais são vistas aqui na Terra, exceto em raros casos envolvendo cristais. Eram pastéis transparentes dourados e azuis e rosas e amarelos. A luz estava em toda parte. Parado à minha frente, a cerca de três metros, havia um homem cujo nome é Machiventa Melchizedek. Machiventa saudou-me e me mostrou a beleza de seu coração.
Imediatamente, senti grande amor por ele e perguntei onde eu estava. Sem responder, voltou-se para a minha direita, e senti que começamos a nos deslocar. Quase instantaneamente minha posição mudou. Eu flutuava em um campo de luz em forma de disco de aproximadamente 16 metros de diâmetro. A suave luz multicolorida brilhante parecia girar ao redor do disco em ambas as direções ao mesmo tempo, deixando-me com uma sensação de estabilidade e beleza antiga. Eu conseguia enxergar através desta espaçonave transparente o espaço profundo e os infinitos milhões de estrelas brilhantes que enchem a galáxia. Nunca conseguiria descrever a beleza e reverência que senti em meu coração. Eu estava calado. Nada entendia. Simplesmente nascera numa nova realidade que, para mim, estava apenas começando a se revelar. Eu conseguia ver, também, que há pouco saíramos do próprio centro de uma daquelas estrelas, um sol que a Terra veria como a estrela do meio do Cinturão de Órion. Eu sempre me lembrarei dela como a entrada para o meu lar, a estrela à qual algum dia eu provavelmente retornarei.
Machiventa me olhou, e todo meu espírito sentiu seu calor radiante. Ele me disse, usando luz e som dentro de meu ser, exatamente como meu Pai, que iríamos para um lugar onde eu deveria aprender, crescer e compreender esta nova realidade, este modo de ser tridimensional. Disse que eu não poderia ir diretamente para a Terra, e sim teria de me deslocar de certa maneira, diferente mas semelhante a como me deslocara para alcançar esta dimensão a partir de meu lar. "Primeiro," disse ele, "Você tem de ir para as Plêiades, às vezes chamadas as Sete Irmãs. É lá que foram tomadas providências para recebê-lo e prepará-lo para sua curta permanência na Terra. Quando você estiver pronto, retornarei e o conduzirei a seu próximo estágio de desenvolvimento no caminho rumo à consciência terrestre."
Senti tanto amor por ele. Parecia que o espírito de meu Pai estava emanando dele. Claro, era exatamente isso - meu Pai estava em todos lugares e em toda gente.
À medida que nos aproximávamos rapidamente do campo cristalino verde das Plêiades, Machiventa olhou-me outra vez e abriu minha visão interior. Conseguia ver uma criancinha de um ano de idade, um menino, deitado nu e calmo numa laje polida e plana, flutuando a aproximadamente 1,2 metro do chão no centro de um pequeno quarto de pedra sem janelas. Não havia luz alguma, apenas seu corpo brilhava com essa luz luminosa móvel que preenchia suavemente o quarto e meu coração. Machiventa contou-me, então, que essa forma de bebê seria minha para que eu pudesse viver e aprender nesta nova realidade. Enquanto ele falava e me transmitia sensações de força e encorajamento, senti que saía da nave de luz de Machiventa e, usando translação interpessoal pela primeira vez, entrei na forma sublime de uma criança pleiadiana. Um alento, e estava terminado. Comecei a chorar. Não de dor, nem medo, e sim de pura alegria pela vida. Estava a caminho da Terra, como tinha pedido meu Pai, e agora eu provara, pela primeira vez, a maneira de ser tridimensional no interior de uma forma sólida. Embora o corpo desta criança parecesse de um ser humano, sua consciência era extremamente diferente daquela da Terra.
Durante 15 anos terrestres, estudei a vida a partir da superfície do planeta pleiadiano, como integrante de uma sociedade bastante incomum. Os seres de lá existem principalmente na quarta dimensão, mas na realidade possuem consciência total do plano terrestre. As Plêiades são o plexo solar desta galáxia. Quem desejar se deslocar de um lugar distante para outro provavelmente atravessará este sistema. Eles adoram jogos, empregando-os para transmitir conhecimentos. Seu nível de inteligência e amor é da mais alta ordem dentro desta interface de terceira e quarta dimensões. Eu os amo e lhes sou grato por seu cuidado e ensinamentos carinhosos.
O simples aprender a ver de forma dual me era muito difícil. Eu não compreendia a natureza de macho e fêmea, quente e frio, bom e ruim. Para mim, dava tudo na mesma. Aprendi a respeito de luz e som e de como qualquer coisa pode passar a um estado saudável e harmonioso ativando-se certos pontos no meu campo áurico.
Certo dia, Machiventa apareceu em sua nave de luz e eu deixei o corpo do menininho e o segui rumo a uma nova estrela. Outro local de aprendizagem, à medida que me aproximava lentamente de meu destino, a Terra. Cantamos ao entrar no campo de Sírius, a estrela irmã da Terra. As estrelas estão dispostas num campo por demais grande e complexo para que consigamos vê-lo, e Sírius e a Terra são como átomos adjacentes em uma matriz cristalina. Estão intimamente ligados. De fato, é praticamente impossível vir para a Terra sem primeiro ir a Sírius.
Quando silenciosamente deslizamos para o interior do sistema, rumamos para a estrelinha chamada Sírius B que gira ao redor de Sírius. Ao redor de Sírius B existe um planeta constituído, principalmente, de água. Novamente despedi-me de Machiventa e, na forma de espírito, entrei no campo magnético deste planeta. Dentro das águas, conheci minha nova professora e amiga querida. Durante um ano terrestre ali fiquei e escutei e, espero, aprendi. Minha professora tinha a forma de uma baleia, uma baleia Orca, para ser específico. Comunicávamo-nos de maneira bem parecida à maneira como meu Pai e eu nos comunicávamos, por meio de luz e imagens sonoras dentro de meu ser. Amo tanto essa baleia e ficarei alegre se algum dia puder encontrar-me novamente com ela.
No final desse treinamento, fui escoltado, em espírito, para a terra, onde assumi a forma de um adulto humano masculino, bem semelhante à que tenho atualmente, exceto que minha consciência estava mais centralizada na unidade. Entrei, então, em um complexo de tipo humano e recebi uma espaçonave de 3ª/4ª dimensão. Muito diferente do campo de luz de Machiventa. Era imensa, sendo necessárias 350 pessoas para operá-la. Fui colocado no comando com um primeiro e segundo assistente. Àquela altura, começava a compreender os costumes dos seres humanos.
Saímos de Sírius B e rumamos diretamente para o centro de Sírius A, a estrela mais brilhante vista da Terra, entrando em outro campo de luz muito parecido ao que eu entrara em Órion. Num intervalo de no máximo 6090 segundos, saímos do campo de luz de Sírius A e saímos flutuando de uma estrela que a Terra chama seu Sol. Tudo era muito bonito e imponente. A sensação era muito diferente da experimentada ao deixar Órion. Agora eu era humano, ou quase.
Minhas instruções eram ir para Vênus e entrar em órbita. Dentro do campo multidimensional desse planeta localizasse não apenas a sede deste sistema solar, como também as formas de vida mais conscientes de todos os planetas. Disseram-me que os venusianos entrariam em contato comigo e me dariam instruções finais antes de eu ir para a Terra. Orbitamos Vênus durante cerca de um dia terrestre sem fazer contato, quando, de repente, minha nave começou a lentamente descer em espiral rumo à superfície. Eu tinha muito pouco controle. Parecia que poderíamos nos chocar, então decidimos ir na direção de uma área que parecia água. Deslizamos sobre a superfície e então mergulhamos na água, parando no fundo a aproximadamente 30 metros abaixo da superfície.
Passamos de imediato a avaliar nossas avarias. Depois de cerca de quinze minutos, o segundo assistente veio ter comigo dizendo que o líquido no qual nos encontrávamos era ácido sulfúrico e que estava rapidamente corroendo a nave. Ele me levou a um imenso corredor com cerca de seis metros de largura e de altura e 30 metros de comprimento. O ácido já estava gotejando de um ponto do teto.
Eu disse a ele para levar toda a tripulação para nosso veículo de salvamento e esperar meu comando para partir. No exato momento em que ele saiu, Balthazar, meu primeiro assistente, apareceu numa curva, vindo de outro desses corredores enormes. Era possível dizer pela expressão de seus olhos que estava acontecendo mais alguma coisa. Veio até mim, olhou-me por um momento e disse "Veja." Àquela altura o vazamento de ácido no corredor mais parecia chuva e estava piorando. Como um homem num passeio de domingo, ele caminhou sorrindo diretamente na direção da chuva de ácido. Em minutos suas roupas foram completamente destruídas, mas ele estava bem. Nu e feliz. Entendi então o que ele queria dizer. Disse ao segundo assistente que partisse com a tripulação, entrasse em órbita e esperasse por mim lá. Ele saiu e partiu com a tripulação, e então voltei-me e entrei diretamente debaixo da chuva de ácido para experimentar esta verdade inacreditável. Aconteceu a mesma coisa. Minhas roupas se dissolveram, mas minha pele permaneceu incólume. Era exatamente igual a água morna.
Algo muito profundo se alterou em meu ser. Senti-me livre. Alegremente, viramos e nos dirigimos para a área de embarque, de onde eu sabia que conseguiríamos deixar fisicamente a nave. Balthazar entrou na área de embarque pouco antes de mim e, ao olhar o longo corredor pela última vez, uma parede de seis metros de ácido estava a ponto de lacrá-lo para sempre, dissolvendo-o em nada. Saí, fechei a porta e logo estávamos nadando na superfície na direção da praia. Na praia, vi que o local onde me encontrava estava quentíssimo, quente o bastante para literalmente me cozinhar, mas a temperatura simplesmente parecia não ter nenhum efeito em mim. Eu sabia, assim como Balthazar. Logo depois, fomos apanhados e rumamos imediatamente para a Terra.
Balthazar e eu fomos deixados no campo magnético da Terra na forma de espíritos e lá nos encontramos com muitos espíritos terrestres de longa data. Entramos primeiro na quarta e a seguir na sexta dimensão do campo da Terra e aprendemos com os antigos. Eu ainda tinha de aprender masculinidade e feminilidade, e me senti pronto depois de aproximadamente 30 anos no campo multidimensional da Terra.
Em 1850, nasci como mulher na tribo indígena Taos no norte do Novo México. Foi minha primeira encarnação na Terra, e a vivi de forma normal.Nasci um bebê do útero de minha mãe. Desde a infância, fui treinada como curandeira, sendo instruída no uso de cristais para diversas finalidades, tais como cura, controle do clima e proteção, para mencionar apenas algumas. Durante minha vida com a tribo, colaborei com a construção da grande pirâmide do Desfiladeiro do Planalto do Rio Grande. É a maior entre as pirâmides secretas do mundo, com quase quatro quilômetros de cada lado, e a última a ser desmontada antes de a purificação passar à sua fase final. Até hoje, é totalmente invisível, em razão da natureza de sua construção e apenas umas poucas pessoas conhecem sua localização. Em 1890, os anciões da tribo convidaram-me à sua kiva e me perguntaram se eu ajudaria a tribo e o mundo inteiro. Respondi que sim, e uma matriz de energia foi liberada de uma tigela turquesa cheia de areia, fetiches e cristais.Pediram-me para morrer conscientemente e entrar em um corpo masculino anglo-saxão a partir do qual uma missão seria concluída. Não posso contar que missão, mas será concluída no devido tempo. Novamente, com um único alento, encontrei-me na quarta dimensão.
Depois de aproximadamente três dias, elevei-me em vibração para a sexta dimensão, onde se concentra a vida mais consciente e estável. Depois de cerca de 75 anos de ensinamentos adicionais ministrados pelos antigos, fui novamente instruído a entrar em um corpo masculino anglo-saxão. Desta vez, contudo, eu deveria cumprir minha missão de um modo diferente de quando nasci uma menina índia. Deveria entrar num corpo masculino adulto em seu 31º ano de vida. Oito anos antes do acontecimento, comecei a me comunicar com o espírito deste corpo, Bernard Perona. Comecei a lhe mostrar possibilidades de vida que ele nunca soube existir até finalmente ver a entrada para o caminho do crescimento rápido e tomar seu rumo em direção a um distante sistema estelar. Esse espírito que partiu deu, com sucesso, um salto quântico em sua compreensão de Vida, permitindo-me entrar diretamente na arena de expressão humana uma vez mais.
Em 10 de abril de 1972, entrei no corpo de Bernard Perona e comecei a vida como homem adulto na terra. Depois de muitos anos de "andanças" como meu Pai pedira, finalmente estou pronto para servir a Terra e aprender com sua vasta sabedoria.
AS PRÓPRIAS PALAVRAS DE BERNARD PERONA - 2
Lembro-me de quando tinha cerca de quatro anos de idade. Foi por volta
do final da Segunda Guerra Mundial, numa manhã clara e ensolarada em Oakland,
Califórnia. Estava sozinho fora da casa, brincando tranqüilo, quando o ar e a
terra começaram a rugir. Olhei para o leste na direção das montanhas, e
observei cautelosamente o céu aos poucos se encher de bombardeiros americanos
B29. Em minutos, havia milhares de aviões em formações geométricas preenchendo
o céu e bloqueando o sol. Isso durou muito tempo. Fiquei lá com o rosto voltado
para o céu. Sabia o que estava se deslocando lá no alto e me tranquei.
Ainda sou Bernard Perona, mas algo extraordinário está mudando em mim, conseqüência de testemunhar minha vida.
No dia seguinte, os anjos apareceram a Renee e disseram que Christopher e Cindy Wingfield, sua namorada, que se reuniram a nós, deveriam ir para outro apartamento e que ela, Renee, e as crianças deveriam partir para Berkeley, Califórnia, lá permanecendo por 30 dias. Renee deveria estudar com um professor sufi do Peru chamado Claudio Naranjo. Os anjos disseram a Renee que eu deveria reunir materiais de arte para a elaboração de desenhos coloridos. Disseram que em algum ponto, nos próximos 30 dias, eu receberia os desenhos durante a meditação e, então, os anjos desapareceram.
No dias que se seguiram todos tomaram diferentes direções, e dei por mim sozinho imaginando o que se manifestaria nesses desenhos. Na primeira manhã depois de eu ter comprado o material necessário, sentei me, sozinho, e esperei. Tinha à mão tudo de que necessitava, mas não fazia idéia do que deveria desenhar.
Então, começou. Minha mente se abriu, e eu conseguia "ver" num novo idioma de padrões geométricos. Era tão simples e claro. Comecei a desenhar. Os desenhos eram extremamente detalhados, com cores e dimensões específicas. Giravam em torno de seis formas; esfera, tetraedro, cubo, octaedro, icosaedro e dodecaedro. As informações afluíram continuamente por cerca de três semanas, até que finalmente, o trabalho parecia concluído. Eu não conseguia acreditar no que me estava sendo mostrado por meio desses desenhos. Fazia tanto sentido. Minhas origens estavam, afinal, começando a se tornar claras. Não posso falar sobre esses trabalhos agora, mas no Livro II, The Father’s Mind (A Mente do Pai), tratarei do primeiro desenho, do qual derivaram todos os demais.
No final, havia 44 desenhos, cada qual associado aos 44 cromossomos existentes dentro de toda e qualquer célula humana. (Havia também dois outros desenhos relativos à energia sexual, assim como há dois cromossomos sexuais especiais, totalizando 46 cromossomos.) Eu sentia como se algo importante houvesse mudado dentro de mim em virtude desses desenhos, e não via como seria possível perceber com mais profundidade a Realidade. Claro, essa era minha própria limitação na época.
Certo dia, antes da volta de Renee, um velho amigo meu, Wilf Chipman, apareceu. Wilf era outra das pessoas a quem os anjos tinham me conduzido anteriormente, antes de Renee e eu nos casarmos. Wilf era alquimista, um alquimista de verdade. Sua capacidade e conhecimentos eram formidáveis. Além disso era um entrante que já estava realizando interface, mas eu nem mesmo saiba o que isso significava na época.
Wilf perguntou-me se eu gostaria de fazer uma pequena viagem de três ou quatro dias para visitar um amigo seu em Cariboo Mountain na Columbia Britânica. Parecia bom, concordei.
Partimos no dia seguinte, e depois de um estafante trajeto de carro nas profundezas das montanhas adentro em enlameadas estradas cobertas de neve, chegamos a uma casa bastante incomum. Em 1929, foi construído um grandioso hotel de troncos imensos. Vocês conhecem o tipo, uma estação de esqui, com uma recepção ou sala de estar provida de gigantescas lareiras, vários quartos, uma cozinha gigante, exceto que parecia ter sido construído no máximo há dez anos. Pintaram os troncos com um produto que lhes dava a aparência de terem sido há pouco descortiçados. O hotel ficava muito isolado nos bosques, eu não entendia como alguém, em alguma época, poderia tê-lo usado para fins comerciais, mas lá estava ele. Fora abandonado há muito tempo, mas um amigo de Wilf e sua esposa mudaram-se para lá por causa do aluguel grátis.
Eu morreria naquele lugar daí a algumas horas, mas, pelo menos, não sabia disso, e meu coração estava tranqüilo. Wilf, tentando descobrir como transformar mercúrio em ouro, buscava agora fazer o mesmo comigo num nível humano. Não o condeno pelo que ele estava a ponto de fazer, eu compreendo. Posteriormente, naquela tarde, Wilf colocou, sem que eu percebesse, algo mortal em minha comida. Ele acreditava que eu não morreria, e sim seria transformado. Na verdade, ele não tinha realmente certeza.
Lembro-me de ir para meu quarto sentindo-me estranho. Sentei-me na posição de lótus no meio de minha cama, o quarto começou a girar lentamente. Eu não conseguia parar o giro, que ficava cada vez mais rápido. Finalmente, endireitei-me, e via a cama e meu corpo, mas todo o universo não passava de um borrão de luzes móveis. E então eu morri. Simplesmente não conseguia mais manter-me centrado.
Depois de certo tempo, pouco tempo pelo que pareceu, levantei-me de onde caíra, e tudo estava completamente normal. O quarto estava vazio e sossegado. Sai imediatamente do quarto e entrei na área social central. Não havia ninguém ali. Desapareci nos bosques sem que ninguém me visse sair. De alguma forma, eu sabia o que acabara de acontecer, e sentia-me mais seguro lá. Tudo era tão puro e vivo, cada vez que respirava era uma grande alegria. Eu precisava me ancorar e embrenhar-me nas profundezas da floresta, somente com a natureza e Deus, era uma grande bênção. Depois, relutantemente, eu soube que tinha de voltar ao mundo dos homens.
Algo estava diferente dentro de mim. Conseguia sentir uma grande mudança em minha existência, mas não tinha certeza do que era. Drunvalo nascera, mas Drunvalo estava agora experimentando todas as imagens mentais e emocionais de Bernard, bem como todas as suas lembranças. Era por demais convincente, sendo o que acontece a quase todos os que decidem entrar na vida, em vez de nascer na forma de um bebê. Parece com quando estamos totalmente absortos num filme e nos identificamos com certa pessoa da história e nos esquecemos de nós mesmos, acreditando sermos a personagem do filme. Acreditamos que o drama do filme está realmente se passando conosco.
Passaram-se quase três anos até eu perceber o que acontecera e então, quando tentava lembrar quando e onde acontecera, não conseguia evocar com exatidão as memórias. A translação fora tão suave. Lembrei-me quando e onde acontecera somente cerca de quatro anos atrás. Quando me aproximei do velho hotel, Wilf e seu amigo estavam lá. Wilf olhou-me totalmente confuso. Não tinham me visto sair, e também não conseguiam entender como eu ainda podia estar vivo, a menos, claro, que a translação tivesse ocorrido e eu não estivesse demonstrando nenhum sinal disso. Wilf simplesmente não sabia; parecia-lhe não se passara absolutamente nada. Acho que ele esperava um milagre. Levou me em silêncio para casa.
Ainda sou Bernard Perona, mas algo extraordinário está mudando em mim, conseqüência de testemunhar minha vida.
No dia seguinte, os anjos apareceram a Renee e disseram que Christopher e Cindy Wingfield, sua namorada, que se reuniram a nós, deveriam ir para outro apartamento e que ela, Renee, e as crianças deveriam partir para Berkeley, Califórnia, lá permanecendo por 30 dias. Renee deveria estudar com um professor sufi do Peru chamado Claudio Naranjo. Os anjos disseram a Renee que eu deveria reunir materiais de arte para a elaboração de desenhos coloridos. Disseram que em algum ponto, nos próximos 30 dias, eu receberia os desenhos durante a meditação e, então, os anjos desapareceram.
No dias que se seguiram todos tomaram diferentes direções, e dei por mim sozinho imaginando o que se manifestaria nesses desenhos. Na primeira manhã depois de eu ter comprado o material necessário, sentei me, sozinho, e esperei. Tinha à mão tudo de que necessitava, mas não fazia idéia do que deveria desenhar.
Então, começou. Minha mente se abriu, e eu conseguia "ver" num novo idioma de padrões geométricos. Era tão simples e claro. Comecei a desenhar. Os desenhos eram extremamente detalhados, com cores e dimensões específicas. Giravam em torno de seis formas; esfera, tetraedro, cubo, octaedro, icosaedro e dodecaedro. As informações afluíram continuamente por cerca de três semanas, até que finalmente, o trabalho parecia concluído. Eu não conseguia acreditar no que me estava sendo mostrado por meio desses desenhos. Fazia tanto sentido. Minhas origens estavam, afinal, começando a se tornar claras. Não posso falar sobre esses trabalhos agora, mas no Livro II, The Father’s Mind (A Mente do Pai), tratarei do primeiro desenho, do qual derivaram todos os demais.
No final, havia 44 desenhos, cada qual associado aos 44 cromossomos existentes dentro de toda e qualquer célula humana. (Havia também dois outros desenhos relativos à energia sexual, assim como há dois cromossomos sexuais especiais, totalizando 46 cromossomos.) Eu sentia como se algo importante houvesse mudado dentro de mim em virtude desses desenhos, e não via como seria possível perceber com mais profundidade a Realidade. Claro, essa era minha própria limitação na época.
Certo dia, antes da volta de Renee, um velho amigo meu, Wilf Chipman, apareceu. Wilf era outra das pessoas a quem os anjos tinham me conduzido anteriormente, antes de Renee e eu nos casarmos. Wilf era alquimista, um alquimista de verdade. Sua capacidade e conhecimentos eram formidáveis. Além disso era um entrante que já estava realizando interface, mas eu nem mesmo saiba o que isso significava na época.
Wilf perguntou-me se eu gostaria de fazer uma pequena viagem de três ou quatro dias para visitar um amigo seu em Cariboo Mountain na Columbia Britânica. Parecia bom, concordei.
Partimos no dia seguinte, e depois de um estafante trajeto de carro nas profundezas das montanhas adentro em enlameadas estradas cobertas de neve, chegamos a uma casa bastante incomum. Em 1929, foi construído um grandioso hotel de troncos imensos. Vocês conhecem o tipo, uma estação de esqui, com uma recepção ou sala de estar provida de gigantescas lareiras, vários quartos, uma cozinha gigante, exceto que parecia ter sido construído no máximo há dez anos. Pintaram os troncos com um produto que lhes dava a aparência de terem sido há pouco descortiçados. O hotel ficava muito isolado nos bosques, eu não entendia como alguém, em alguma época, poderia tê-lo usado para fins comerciais, mas lá estava ele. Fora abandonado há muito tempo, mas um amigo de Wilf e sua esposa mudaram-se para lá por causa do aluguel grátis.
Eu morreria naquele lugar daí a algumas horas, mas, pelo menos, não sabia disso, e meu coração estava tranqüilo. Wilf, tentando descobrir como transformar mercúrio em ouro, buscava agora fazer o mesmo comigo num nível humano. Não o condeno pelo que ele estava a ponto de fazer, eu compreendo. Posteriormente, naquela tarde, Wilf colocou, sem que eu percebesse, algo mortal em minha comida. Ele acreditava que eu não morreria, e sim seria transformado. Na verdade, ele não tinha realmente certeza.
Lembro-me de ir para meu quarto sentindo-me estranho. Sentei-me na posição de lótus no meio de minha cama, o quarto começou a girar lentamente. Eu não conseguia parar o giro, que ficava cada vez mais rápido. Finalmente, endireitei-me, e via a cama e meu corpo, mas todo o universo não passava de um borrão de luzes móveis. E então eu morri. Simplesmente não conseguia mais manter-me centrado.
Depois de certo tempo, pouco tempo pelo que pareceu, levantei-me de onde caíra, e tudo estava completamente normal. O quarto estava vazio e sossegado. Sai imediatamente do quarto e entrei na área social central. Não havia ninguém ali. Desapareci nos bosques sem que ninguém me visse sair. De alguma forma, eu sabia o que acabara de acontecer, e sentia-me mais seguro lá. Tudo era tão puro e vivo, cada vez que respirava era uma grande alegria. Eu precisava me ancorar e embrenhar-me nas profundezas da floresta, somente com a natureza e Deus, era uma grande bênção. Depois, relutantemente, eu soube que tinha de voltar ao mundo dos homens.
Algo estava diferente dentro de mim. Conseguia sentir uma grande mudança em minha existência, mas não tinha certeza do que era. Drunvalo nascera, mas Drunvalo estava agora experimentando todas as imagens mentais e emocionais de Bernard, bem como todas as suas lembranças. Era por demais convincente, sendo o que acontece a quase todos os que decidem entrar na vida, em vez de nascer na forma de um bebê. Parece com quando estamos totalmente absortos num filme e nos identificamos com certa pessoa da história e nos esquecemos de nós mesmos, acreditando sermos a personagem do filme. Acreditamos que o drama do filme está realmente se passando conosco.
Passaram-se quase três anos até eu perceber o que acontecera e então, quando tentava lembrar quando e onde acontecera, não conseguia evocar com exatidão as memórias. A translação fora tão suave. Lembrei-me quando e onde acontecera somente cerca de quatro anos atrás. Quando me aproximei do velho hotel, Wilf e seu amigo estavam lá. Wilf olhou-me totalmente confuso. Não tinham me visto sair, e também não conseguiam entender como eu ainda podia estar vivo, a menos, claro, que a translação tivesse ocorrido e eu não estivesse demonstrando nenhum sinal disso. Wilf simplesmente não sabia; parecia-lhe não se passara absolutamente nada. Acho que ele esperava um milagre. Levou me em silêncio para casa.
ALFA E ÔMEGA, ORDEM DE MELCHIZEDEK 11
Renee chegou em casa alguns dias depois vinda de Berkeley. Na época, ela
não sabia, e provavelmente ainda não sabe, que havia uma pessoa diferente no
corpo de seu marido. Os anjos lhe disseram que meu nome era Drunvalo,
mas não acredito que ela realmente tenha entendido as implicações mais
profundas, que os anjos não lhe explicaram. Seria difícil, como vocês
bem podem imaginar. Mas o trabalho de minha nova vida tinha de prosseguir e,
sem muita hesitação, ele teve início.
O anjo apareceu a Renee e disse que eu deveria ir a certo endereço em Vancouver e apenas permanecer lá. O endereço era rua 4, 111444. Naquela noite, perambulei por lá de carro e achei o endereço. Ficava nos confins da zona industrial de Vancouver, antigos armazéns de tijolo à vista de dois andares e coisas assim. Estacionei e fui até uma entrada lateral, uma portinha suja, de um dos edifícios. Acima da porta havia uma placa recém-pintada com cores brilhantes na qual se lia: "Alfa e Ômega, Ordem de Melchizedek." Abri a porta e subi um lance de degraus estreitos e rangentes que levavam a outra porta. Bati, e uma jovem serena abriu a porta e me cumprimentou. Entrei numa salinha quadrada com cerca de 3,5 metros de lado, sem janelas, nem outras portas de entrada ou de saída. Havia uma escrivaninha em um canto e um banco comprido colocado transversalmente a uma das paredes. A jovem e outro homem sorriram e pediram que me sentasse no banco. Sentei-me. Fiquei lá sentado por cerca de três horas, enquanto pessoas entravam e saiam. Diziam algumas palavras e então saiam, nada que eu conseguisse realmente entender. O casal ignorou-me completamente até que, afinal, a mulher virou-se para mim e disse que eu podia ir embora. Olhei-os, pensei, eles são malucos, e sai. Ao chegar em casa, expressei minha confusão aos anjos, mas eles disseram que tudo estava bem e para não me preocupar tanto. Acalmei-me.
Cerca de duas semanas depois, os anjos vieram visitar Renee e disseram que eu deveria voltar ao endereço e pedir para ver um homem chamado David Livingstone. Só me deram essas instruções. Voltei, subi os mesmos degraus, só que desta vez havia uma pessoa diferente lá, um jovem. Disse-lhe que gostaria de ver David Livingstone, e ele, claro, disse que me sentasse no banco. Sentei-me, mas de má vontade. Depois de cerca de meia hora, ele vira-se para mim e diz: "Certo, pode subir a escada agora." Não entendi a que ele se referia, "Subir a escada." Subir que escada? Naquele momento uma porta oculta deslizou, abrindo-se, acionada por controle remoto. Ele indicou-me a escada e fiz o que seu gesto sugeria. Logo que subi alguns degraus da escada, a porta rapidamente deslizou, fechando-se e bloqueando minha retirada. Subi outro lance de degraus entrando num imenso cômodo todo branco. Esse cômodo tinha cerca de 27 por 18 metros e estava completamente vazio.
No topo da escada, quando entrei no cômodo, esperava-me, à luz do sol, uma linda jovem que pediu-me que a seguisse. Levou-me a outro cômodo enorme, mas desta vez, estava repleto de bancadas de trabalho e equipamentos utilizados, ao que parecia, para trabalhar prata e couro. Havia uma área desimpedida de cerca de 1,80 metro ao lado da porta pela qual entramos. A jovem olhou-me meigamente e pediu-me que esperasse lá. Disse que viria alguém dali a alguns minutos, e então deixou-me sozinho. Cerca de cinco minutos depois, sete jovens, todos de terno, entraram no cômodo por outra porta, marchando em fila indiana. Fizeram círculos a meu redor, em posição de semi-sentido, e fitaram me intensamente nos olhos. Não foi pronunciada uma palavra sequer. Eu não sabia ao certo o que fazer, então apenas devolvi o olhar. Ficamos fazendo isso uns 20 minutos, até que, afinal, um dos jovens falou, pedindo-me que o seguisse.
Entramos em outro cômodo que tinha o tamanho e o formato daquele todo branco. O jovem disse-me para dar uma olhada pelo cômodo e esperar até que David Livingstone pudesse me ver. E então ele se foi, deixando-me novamente sozinho.
O cômodo tinha três corredores compridos longitudinais, formados por duas fileiras de cavaletes para pintura colocados lado a lado. Os cavaletes eram bem grandes, talvez com 1,82 metro de altura por 1,20 metro de largura. A experiência que se seguiu me foi muito surpreendente. Nesses cavaletes se encontravam todos os 44 desenhos vindos através de mim quando eu era Bernard. Ao vê-los algo se passou, algo tornou-se claro. Pensei que fossem meus. Pensei tê-los desenhado. Tive certeza, ao ver esses desenhos, que o que quer que acontecesse ali, seria importante para minha vida. Mal conseguia acreditar naquilo. Havia mais alguns desenhos que não tinham vindo através de mim. Achei-os extremamente interessantes e passei todo o tempo com eles. Os demais eu sabia de cor.
Depois de mais ou menos uma hora, os sete homens de terno voltaram. Formaram novamente um círculo a meu redor, esperamos. Alguns minutos depois, entrou pela porta um homem baixo, com cerca de 55 anos de idade, vestido num terno amarrotado e usando óculos de tartaruga de aro curvo. Lembro-me de ter pensado que ele mais parecia vendedor de carros do que líder espiritual. Juntou-se a mim no centro do círculo e perguntou-me de onde eu era. Respondi Califórnia, e ele disse "Não, de que lugar no espaço?" Não saiba a que ele se referia. Fez-me, então, uma pergunta da qual não me lembro sobre Krishna, algo sobre amor. Olhou-me, então, e disse que eu era "Ok," e foi-se embora. Um dos homens imediatamente levou-me de volta à salinha com a porta corrediça ao pé da escada; fui para casa perplexo.
Naquela noite, os anjos disseram que eu deveria voltar em certo dia e dizer a David que eu queria entrar em sua escola. Disseram que ele em breve daria uma aula que eu acharia muito interessante e que poderia ser útil ao meu crescimento.
Voltei, no dia que eles disseram, à salinha sem janelas e pedi para ver David. Dessa vez, tudo estava diferente. A pessoa sentada à escrivaninha disse apenas: "Claro, David Livingstone está à sua espera," e a porta secreta deslizou, abrindo-se. Subi as escadas, e lá, completamente só na sala toda branca, estava David. Caminhei até ele, e ele me vez sinal para sentar. Passou a fazer milhões de perguntas; novamente quis saber de onde eu era, mas eu simplesmente não sabia responder. Minha entrada nesta dimensão era recente demais. Contei-lhe sobre os anjos, e que eles queriam que eu freqüentasse a escola que ele em breve dirigiria. Finalmente, concordou que eu freqüentasse sua escola, mas disse sentir que eu não estava me revelando a ele e que eu estava "incógnito."
Ram Kahn tinha apenas cerca de um mês de idade. Vivíamos tranqüilos em nossa casa na montanha quando, certa tarde, os anjos apareceram e nos disseram para nos preparar para ir a Vancouver cedo na manhã seguinte. Disseram ser extremamente importante. Uma decisão crucial estava sendo tomada pelos seres espaciais designados para a Terra, e precisavam de Ram Kahn e de mim lá. Foram-se embora e nada mais nos disseram.
Havia outra pessoa, Christopher Skye, que morava conosco e estava acompanhando as palavras dos anjos naquela ocasião. Juntos nos aprontamos para partir. Era um dia muito frio de fevereiro, a neve erguia-se acima de nossas cabeças e uma estreita trilha de neve que se perdia nos bosques guiava nosso caminho. Tivemos de caminhar pela neve ao alvorecer numa temperatura de quase zero grau com todo nosso equipamento estocado em mochilas, uma criança de quatro anos, Peter, e um bebê recém nascido. Nem sempre é fácil levar uma vida espiritual!
Cedo na manhã seguinte, iniciamos nossa jornada rumo a Vancouver. Caminhar ao ar livre não foi tão ruim quanto prevíramos e, depois de algumas horas, alcançamos nosso carro. Tivemos, então, de atravessar o lago Kootenay numa balsa, cerca de 16 quilômetros até o outro lado, e a seguir aproximadamente 724 quilômetros até Vancouver. Até mais ou menos dois terços do caminho, tudo se passou tranqüilamente, foi então que tivemos de atravessar a última cadeia de montanhas antes das planícies que se estendiam rumo a Vancouver. Iniciamos nossa subida rumo ao topo da primeira montanha, quando a neve começou a cair dos céus. Mal conseguíamos enxergar uns poucos metros adiante de nós, a neve acumulava-se rapidamente no para-brisa. Logo estávamos espiando por um pequeno orifício numa parede feita de brilhantes flocos de neve, praticamente não nos movíamos. Quando não estávamos nem na metade do caminho da montanha acima, havia cerca de 45 centímetros de neve sobre a estrada, e nosso carro afundou e deslizou, parando com um rangido. Estávamos atolados sem muitas perspectivas de avançar. Lá estávamos nós a poucos centímetros do solo, dentro de um carro importado de tração traseira. Durante certo tempo, não soube o que fazer. Mesmo que saíssemos daquela situação, ainda tínhamos de superar quatro ou cinco montanhas imensas para alcançar as planícies e parecia que uma grande tempestade estava apenas começando. Desci do carro, e apenas fiquei lá tentando encontrar uma saída, quando os anjos apareceram a Renee. Sorriram e disseram que "tínhamos" de ir a Vancouver. Disseram que eu entrasse no carro e tentasse novamente, que o carro andaria. Fiz o disseram e o carro simplesmente saiu sem patinar uma única vez. Simplesmente começamos a nos deslocar pela neve como um pequeno trator.
Continuamos subindo pela primeira passagem, descendo pelo outro lado, a próxima montanha acima e do outro lado. Simplesmente ficamos lá sentados e aceitamos o que estava acontecendo, embora parecesse impossível. Àquela altura nós quatro esperávamos a curva de 90 graus que, sabíamos, nos esperava adiante, lá em cima em algum lugar. Subindo havia um vale onde, na década de 1950, uma das montanhas se partira num terremoto, rolando vale abaixo e devastando a área. Por esse motivo a estrada fazia uma curva e ziguezagueava em meio a pedras enormes do tamanho de carros e casas, atingindo, então, o final do vale e retornando à velha estrada rumo a Vancouver.
Todos nos concentrávamos na estrada à espera dessa curva, pois era muito perigosa, quando vimos adiante um bloqueio na estrada. Uma barreira de madeira atravessava a estrada e atrás dela havia um removedor de neve, e atrás dele havia provavelmente 80 carros. Deve-se atentar para o fato de que desde a hora em que os anjos nos disseram para continuar, não vimos nem ultrapassamos um único carro. Estávamos completamente sós na estrada da montanha.
Paramos na barreira e o homem do removedor de neve saiu da máquina e veio até nosso carro. Olhou-nos assombrado. Quis saber de onde viéramos e lhe dissemos que vínhamos do lago Kootenay. Ele disse que as passagens da montanha estavam fechadas desde o início daquela tarde. Contou que uma tempestade monstruosa estava devastando Vancouver, e estava começando a atingir aquela montanha. Ele apenas ficava olhando nosso carrinho e dizendo: "Não tiveram nenhuma dificuldade para passar?" Respondemos que não, fora fácil. Finalmente, um tanto relutante, abriu a barreira, deixando-nos passar. Continuamos por cinco ou seis quilômetros, ainda atentos à curva de 90 graus, quando adiante, uma pequena placa verde anunciava claramente nossa entrada na minúscula cidade de Hope. Talvez estivéssemos estupefatos por ter conseguido atravessar a neve funda, pois isso de certa forma parecia vagamente lógico, mas a cidade de Hope se aninhava na extremidade da planície, e estar lá fisicamente significava que não atravessáramos a área inclinada rochosa. Isso parecia simplesmente impossível. Nunca aconteceu! Nós três mal conseguíamos acreditar. Mesmo agora, tenho de admitir, os anjos fizeram um ótimo serviço. Devemos ter falado sobre o que aconteceu durante os cerca de 144 quilômetros até Vancouver.
À medida que nos aproximávamos de Vancouver, a tempestade transformou-se numa barulhenta chuva de granizo. O rádio dizia que era a pior tempestade que já acontecera.O vento soprava tão forte que mal conseguíamos dirigir. Milhares de linhas elétricas, as enormes torres de concreto, foram derrubadas num raio de centenas de quilômetros ao redor de Vancouver. Havia apenas uma pequena linha entrando em Vancouver, vinda do sul, e havia racionamento de eletricidade na cidade. Primeiro forneciam eletricidade para um setor da cidade durante 15 minutos e a seguir a outro por certo tempo e assim por diante. Todos os grandes navios e barcos atracados no porto registravam ventos de 70 a 90 MPH, impossibilitados de sair até que a tempestade terminasse. Todos os meios de transportes estavam interrompidos, nenhum avião, nenhum trem, nenhum ônibus, nada. Era realmente assustador entrar numa cidade sitiada por tanta violência.
Não fazíamos idéia de para onde estávamos indo, nem mesmo por que, mas nem bem expressáramos nossa confusão, os anjos apareceram e nos disseram que encontrássemos duas torres circulares de vidro muito altas e alugássemos um apartamento na que ficasse à nossa esquerda. Ficamos andando de carro por ali durante mais ou menos meia hora e, então, lá estavam eles, dois edifícios circulares envidraçados de apartamentos bem de frente para o oceano, com 22 andares.
Finalmente, entramos no estacionamento subterrâneo do edifício à nossa esquerda, descemos até a administração e alugamos um apartamento de um quarto no 17º andar por aproximadamente 1.500 dólares mensais. Em 1972, isso era muito dinheiro, mas os anjos disseram para não nos preocupar com dinheiro, que ele seria providenciado.
A tempestade ainda uivava; e na ocasião não havia eletricidade no edifício. Já subiram 17 andares? Não é fácil. Especialmente carregando todas as suas coisas e duas crianças. Mas o apartamento era realmente fantástico, janelas de vidro enormes curvas com vista para o oceano e também para um temporal incrível. Nós três, mais as duas crianças, mal descarregáramos nossas coisas e os anjos vieram e disseram a Christopher e Renee para se preparar para ficar por algum tempo e a mim para ir ao quarto e entrar em meditação.
Fechei a porta, sentei-me, fechei os olhos, e dentro de 60 segundos senti-me saindo de meu corpo e entrando rapidamente no espaço. A seguir, eu flutuava a aproximadamente 160 quilômetros sobre uma luminosa costa litorânea ensolarada. Eu sabia onde me encontrava, mas ao me concentrar, percebi que sobrevoava a Califórnia meridional. Olhei com mais atenção, conseguia ver Los Angeles. Senti-me atraído à Cidade de Anjos, a uma casa específica e, finalmente, a uma casa na qual havia um círculo de cerca de 13 pessoas, todas de mãos dadas e emitindo puro amor incondicional ao mundo. Os mais puro amor que os seres humanos são capazes de emitir. Era uma energia rara e sem igual que estava a ponto de ser utilizada pelos seres espaciais, que precisavam deste cristal de semente para servir de catalisador na criação de um campo vivo de energia que acabaria por abranger toda a Terra e, esperava se, proteger a Terra nos dias futuros.
Afastei me cerca de 500 quilômetros acima da casa enquanto observava esse campo de amor crescer. Ele formou uma metade de cúpula esférica ondulante acima da casa, e então começou a crescer. Cresceu com muita rapidez, quase como uma explosão. Em segundos abrangeu toda Los Angeles e começou a crescer para o norte, na direção de São Francisco, subindo para a costa de Seattle e, finalmente, lá para cima, onde meu corpo se encontrava em Vancouver. Naquele ponto, por curiosidade, aproximei-me do campo e vi que era formado de minúsculos hexágonos, e as linhas de energia eram cores muito difíceis de descrever, mas muito belas. O campo expandiu-se na direção leste, deslocando-se rumo à outra costa. Mas ele não parou ali, continuou se deslocando até dar a volta no mundo, encontrar-se a si mesmo, aumentar e concluir o circuito. Então, de uma vez só, o campo ondulante ao redor da Terra transformou-se num campo cúbico com lados planos retos e extremidades agudas que também circundavam o planeta. Experimentei uma tremenda sensação de completitude. Algo realmente bom acabara de acontecer, mas eu não tinha certeza do que.
Então dei-me conta de oito pequenas espaçonaves posicionadas exatamente nas oito extremidades do cubo. Irradiavam diferentes raios coloridos do tipo laser ao longo das arestas do cubo, cada qual na direção de mais três outras naves. Eu estava interessado e, assim que percebi estar interessado, senti que era puxado para o espaço. Comecei a me dirigir quase diretamente para a lua, e me lembro distintamente da lua deslizando silenciosa à minha direita. Aprofundei me mais no espaço, indo, sei agora, a 354.000 quilômetros além da Lua, rumo ao local no qual havia algo que eu conseguia sentir à medida que me aproximava, mas não conseguia enxergar. Só quando eu estava praticamente em cima da coisa‚ foi que consegui divisar os contornos do maior objeto sintético que já vira. Tratava se de uma nave estelar imensa, preta azeviche, com cerca de 80 quilômetros de comprimento. Estava pousada numa interface de 3ª/4ª dimensão e, portanto, completamente invisível da Terra.
Tinha o formato de um charuto, lisa, sedosa, sem juntas, sem aberturas, com exceção de uma grande janela transparente numa das extremidades. Flutuei até a janela, por ela conseguia ver gente. Usaram uniformes brancos com detalhes dourados. Dei por mim flutuando diretamente pela janela, entrando num grande cômodo aberto, as pessoas que lá se encontravam pareciam muito felizes em me ver. Havia uma moça e um rapaz que me saudaram, dizendo serem de Sírius e trabalharem com Toda Vida para ajudar a Terra. Pediram-me que me sentasse. Conversamos durante cerca de meia hora sobre o que acontecera há pouco. Comecei a entender. Disseram que a Terra e todo o sistema solar entrariam, no final de 1972, num tipo diferente de espaço no qual as leis da física eram totalmente diferentes de tudo o que os terráqueos conheciam, pelo menos em épocas recentes. O campo destinava-se a proteger a vida na Terra durante essa transformação, dando-nos tempo de nos preparar para a mudança. O campo era controlado a partir dessa nave-mãe por meio de oito naves menores, protegendo cada ser humano por intermédio de um campo cúbico orgânico localizado em nossa área estomacal. Algumas pessoas chamam essa área de terceiro chakra.
Fui então levado a um cômodo totalmente vazio, exceto por uma mesa no centro na qual pediram-me que deitasse. Dois raios independentes de luz, muito semelhantes a fragmentos multicoloridos multidigitais de laser deslocando-se rapidamente foram focalizados em mim, um vindo do topo e incidindo no meu terceiro chakra e o outro vindo de cima de minha cabeça, incidindo coluna abaixo. Isso durou cerca de 20 minutos. Disseram que essas eram as imagens da vida que eu experienciaria no restante de minha vida na Terra. Eles então me levaram a uma excursão completa pelas áreas essenciais da nave de modo que as pudesse usar se necessário. Treinaram-me com bastante rapidez. Parecia que qualquer pergunta que me surgisse na cabeça era imediatamente respondida por eles. Disseram que em breve eu retornaria a essa nave estelar e que soubesse que sempre seria bem vindo. (Estávamos na área de substituição à qual Bernard fora diretamente depois de sua morte durante a translação interpersonal.
De lá, foi levado a Sírius e a seguir a seu destino final, as Plêiades.
O anjo apareceu a Renee e disse que eu deveria ir a certo endereço em Vancouver e apenas permanecer lá. O endereço era rua 4, 111444. Naquela noite, perambulei por lá de carro e achei o endereço. Ficava nos confins da zona industrial de Vancouver, antigos armazéns de tijolo à vista de dois andares e coisas assim. Estacionei e fui até uma entrada lateral, uma portinha suja, de um dos edifícios. Acima da porta havia uma placa recém-pintada com cores brilhantes na qual se lia: "Alfa e Ômega, Ordem de Melchizedek." Abri a porta e subi um lance de degraus estreitos e rangentes que levavam a outra porta. Bati, e uma jovem serena abriu a porta e me cumprimentou. Entrei numa salinha quadrada com cerca de 3,5 metros de lado, sem janelas, nem outras portas de entrada ou de saída. Havia uma escrivaninha em um canto e um banco comprido colocado transversalmente a uma das paredes. A jovem e outro homem sorriram e pediram que me sentasse no banco. Sentei-me. Fiquei lá sentado por cerca de três horas, enquanto pessoas entravam e saiam. Diziam algumas palavras e então saiam, nada que eu conseguisse realmente entender. O casal ignorou-me completamente até que, afinal, a mulher virou-se para mim e disse que eu podia ir embora. Olhei-os, pensei, eles são malucos, e sai. Ao chegar em casa, expressei minha confusão aos anjos, mas eles disseram que tudo estava bem e para não me preocupar tanto. Acalmei-me.
Cerca de duas semanas depois, os anjos vieram visitar Renee e disseram que eu deveria voltar ao endereço e pedir para ver um homem chamado David Livingstone. Só me deram essas instruções. Voltei, subi os mesmos degraus, só que desta vez havia uma pessoa diferente lá, um jovem. Disse-lhe que gostaria de ver David Livingstone, e ele, claro, disse que me sentasse no banco. Sentei-me, mas de má vontade. Depois de cerca de meia hora, ele vira-se para mim e diz: "Certo, pode subir a escada agora." Não entendi a que ele se referia, "Subir a escada." Subir que escada? Naquele momento uma porta oculta deslizou, abrindo-se, acionada por controle remoto. Ele indicou-me a escada e fiz o que seu gesto sugeria. Logo que subi alguns degraus da escada, a porta rapidamente deslizou, fechando-se e bloqueando minha retirada. Subi outro lance de degraus entrando num imenso cômodo todo branco. Esse cômodo tinha cerca de 27 por 18 metros e estava completamente vazio.
No topo da escada, quando entrei no cômodo, esperava-me, à luz do sol, uma linda jovem que pediu-me que a seguisse. Levou-me a outro cômodo enorme, mas desta vez, estava repleto de bancadas de trabalho e equipamentos utilizados, ao que parecia, para trabalhar prata e couro. Havia uma área desimpedida de cerca de 1,80 metro ao lado da porta pela qual entramos. A jovem olhou-me meigamente e pediu-me que esperasse lá. Disse que viria alguém dali a alguns minutos, e então deixou-me sozinho. Cerca de cinco minutos depois, sete jovens, todos de terno, entraram no cômodo por outra porta, marchando em fila indiana. Fizeram círculos a meu redor, em posição de semi-sentido, e fitaram me intensamente nos olhos. Não foi pronunciada uma palavra sequer. Eu não sabia ao certo o que fazer, então apenas devolvi o olhar. Ficamos fazendo isso uns 20 minutos, até que, afinal, um dos jovens falou, pedindo-me que o seguisse.
Entramos em outro cômodo que tinha o tamanho e o formato daquele todo branco. O jovem disse-me para dar uma olhada pelo cômodo e esperar até que David Livingstone pudesse me ver. E então ele se foi, deixando-me novamente sozinho.
O cômodo tinha três corredores compridos longitudinais, formados por duas fileiras de cavaletes para pintura colocados lado a lado. Os cavaletes eram bem grandes, talvez com 1,82 metro de altura por 1,20 metro de largura. A experiência que se seguiu me foi muito surpreendente. Nesses cavaletes se encontravam todos os 44 desenhos vindos através de mim quando eu era Bernard. Ao vê-los algo se passou, algo tornou-se claro. Pensei que fossem meus. Pensei tê-los desenhado. Tive certeza, ao ver esses desenhos, que o que quer que acontecesse ali, seria importante para minha vida. Mal conseguia acreditar naquilo. Havia mais alguns desenhos que não tinham vindo através de mim. Achei-os extremamente interessantes e passei todo o tempo com eles. Os demais eu sabia de cor.
Depois de mais ou menos uma hora, os sete homens de terno voltaram. Formaram novamente um círculo a meu redor, esperamos. Alguns minutos depois, entrou pela porta um homem baixo, com cerca de 55 anos de idade, vestido num terno amarrotado e usando óculos de tartaruga de aro curvo. Lembro-me de ter pensado que ele mais parecia vendedor de carros do que líder espiritual. Juntou-se a mim no centro do círculo e perguntou-me de onde eu era. Respondi Califórnia, e ele disse "Não, de que lugar no espaço?" Não saiba a que ele se referia. Fez-me, então, uma pergunta da qual não me lembro sobre Krishna, algo sobre amor. Olhou-me, então, e disse que eu era "Ok," e foi-se embora. Um dos homens imediatamente levou-me de volta à salinha com a porta corrediça ao pé da escada; fui para casa perplexo.
Naquela noite, os anjos disseram que eu deveria voltar em certo dia e dizer a David que eu queria entrar em sua escola. Disseram que ele em breve daria uma aula que eu acharia muito interessante e que poderia ser útil ao meu crescimento.
Voltei, no dia que eles disseram, à salinha sem janelas e pedi para ver David. Dessa vez, tudo estava diferente. A pessoa sentada à escrivaninha disse apenas: "Claro, David Livingstone está à sua espera," e a porta secreta deslizou, abrindo-se. Subi as escadas, e lá, completamente só na sala toda branca, estava David. Caminhei até ele, e ele me vez sinal para sentar. Passou a fazer milhões de perguntas; novamente quis saber de onde eu era, mas eu simplesmente não sabia responder. Minha entrada nesta dimensão era recente demais. Contei-lhe sobre os anjos, e que eles queriam que eu freqüentasse a escola que ele em breve dirigiria. Finalmente, concordou que eu freqüentasse sua escola, mas disse sentir que eu não estava me revelando a ele e que eu estava "incógnito."
Ram Kahn tinha apenas cerca de um mês de idade. Vivíamos tranqüilos em nossa casa na montanha quando, certa tarde, os anjos apareceram e nos disseram para nos preparar para ir a Vancouver cedo na manhã seguinte. Disseram ser extremamente importante. Uma decisão crucial estava sendo tomada pelos seres espaciais designados para a Terra, e precisavam de Ram Kahn e de mim lá. Foram-se embora e nada mais nos disseram.
Havia outra pessoa, Christopher Skye, que morava conosco e estava acompanhando as palavras dos anjos naquela ocasião. Juntos nos aprontamos para partir. Era um dia muito frio de fevereiro, a neve erguia-se acima de nossas cabeças e uma estreita trilha de neve que se perdia nos bosques guiava nosso caminho. Tivemos de caminhar pela neve ao alvorecer numa temperatura de quase zero grau com todo nosso equipamento estocado em mochilas, uma criança de quatro anos, Peter, e um bebê recém nascido. Nem sempre é fácil levar uma vida espiritual!
Cedo na manhã seguinte, iniciamos nossa jornada rumo a Vancouver. Caminhar ao ar livre não foi tão ruim quanto prevíramos e, depois de algumas horas, alcançamos nosso carro. Tivemos, então, de atravessar o lago Kootenay numa balsa, cerca de 16 quilômetros até o outro lado, e a seguir aproximadamente 724 quilômetros até Vancouver. Até mais ou menos dois terços do caminho, tudo se passou tranqüilamente, foi então que tivemos de atravessar a última cadeia de montanhas antes das planícies que se estendiam rumo a Vancouver. Iniciamos nossa subida rumo ao topo da primeira montanha, quando a neve começou a cair dos céus. Mal conseguíamos enxergar uns poucos metros adiante de nós, a neve acumulava-se rapidamente no para-brisa. Logo estávamos espiando por um pequeno orifício numa parede feita de brilhantes flocos de neve, praticamente não nos movíamos. Quando não estávamos nem na metade do caminho da montanha acima, havia cerca de 45 centímetros de neve sobre a estrada, e nosso carro afundou e deslizou, parando com um rangido. Estávamos atolados sem muitas perspectivas de avançar. Lá estávamos nós a poucos centímetros do solo, dentro de um carro importado de tração traseira. Durante certo tempo, não soube o que fazer. Mesmo que saíssemos daquela situação, ainda tínhamos de superar quatro ou cinco montanhas imensas para alcançar as planícies e parecia que uma grande tempestade estava apenas começando. Desci do carro, e apenas fiquei lá tentando encontrar uma saída, quando os anjos apareceram a Renee. Sorriram e disseram que "tínhamos" de ir a Vancouver. Disseram que eu entrasse no carro e tentasse novamente, que o carro andaria. Fiz o disseram e o carro simplesmente saiu sem patinar uma única vez. Simplesmente começamos a nos deslocar pela neve como um pequeno trator.
Continuamos subindo pela primeira passagem, descendo pelo outro lado, a próxima montanha acima e do outro lado. Simplesmente ficamos lá sentados e aceitamos o que estava acontecendo, embora parecesse impossível. Àquela altura nós quatro esperávamos a curva de 90 graus que, sabíamos, nos esperava adiante, lá em cima em algum lugar. Subindo havia um vale onde, na década de 1950, uma das montanhas se partira num terremoto, rolando vale abaixo e devastando a área. Por esse motivo a estrada fazia uma curva e ziguezagueava em meio a pedras enormes do tamanho de carros e casas, atingindo, então, o final do vale e retornando à velha estrada rumo a Vancouver.
Todos nos concentrávamos na estrada à espera dessa curva, pois era muito perigosa, quando vimos adiante um bloqueio na estrada. Uma barreira de madeira atravessava a estrada e atrás dela havia um removedor de neve, e atrás dele havia provavelmente 80 carros. Deve-se atentar para o fato de que desde a hora em que os anjos nos disseram para continuar, não vimos nem ultrapassamos um único carro. Estávamos completamente sós na estrada da montanha.
Paramos na barreira e o homem do removedor de neve saiu da máquina e veio até nosso carro. Olhou-nos assombrado. Quis saber de onde viéramos e lhe dissemos que vínhamos do lago Kootenay. Ele disse que as passagens da montanha estavam fechadas desde o início daquela tarde. Contou que uma tempestade monstruosa estava devastando Vancouver, e estava começando a atingir aquela montanha. Ele apenas ficava olhando nosso carrinho e dizendo: "Não tiveram nenhuma dificuldade para passar?" Respondemos que não, fora fácil. Finalmente, um tanto relutante, abriu a barreira, deixando-nos passar. Continuamos por cinco ou seis quilômetros, ainda atentos à curva de 90 graus, quando adiante, uma pequena placa verde anunciava claramente nossa entrada na minúscula cidade de Hope. Talvez estivéssemos estupefatos por ter conseguido atravessar a neve funda, pois isso de certa forma parecia vagamente lógico, mas a cidade de Hope se aninhava na extremidade da planície, e estar lá fisicamente significava que não atravessáramos a área inclinada rochosa. Isso parecia simplesmente impossível. Nunca aconteceu! Nós três mal conseguíamos acreditar. Mesmo agora, tenho de admitir, os anjos fizeram um ótimo serviço. Devemos ter falado sobre o que aconteceu durante os cerca de 144 quilômetros até Vancouver.
À medida que nos aproximávamos de Vancouver, a tempestade transformou-se numa barulhenta chuva de granizo. O rádio dizia que era a pior tempestade que já acontecera.O vento soprava tão forte que mal conseguíamos dirigir. Milhares de linhas elétricas, as enormes torres de concreto, foram derrubadas num raio de centenas de quilômetros ao redor de Vancouver. Havia apenas uma pequena linha entrando em Vancouver, vinda do sul, e havia racionamento de eletricidade na cidade. Primeiro forneciam eletricidade para um setor da cidade durante 15 minutos e a seguir a outro por certo tempo e assim por diante. Todos os grandes navios e barcos atracados no porto registravam ventos de 70 a 90 MPH, impossibilitados de sair até que a tempestade terminasse. Todos os meios de transportes estavam interrompidos, nenhum avião, nenhum trem, nenhum ônibus, nada. Era realmente assustador entrar numa cidade sitiada por tanta violência.
Não fazíamos idéia de para onde estávamos indo, nem mesmo por que, mas nem bem expressáramos nossa confusão, os anjos apareceram e nos disseram que encontrássemos duas torres circulares de vidro muito altas e alugássemos um apartamento na que ficasse à nossa esquerda. Ficamos andando de carro por ali durante mais ou menos meia hora e, então, lá estavam eles, dois edifícios circulares envidraçados de apartamentos bem de frente para o oceano, com 22 andares.
Finalmente, entramos no estacionamento subterrâneo do edifício à nossa esquerda, descemos até a administração e alugamos um apartamento de um quarto no 17º andar por aproximadamente 1.500 dólares mensais. Em 1972, isso era muito dinheiro, mas os anjos disseram para não nos preocupar com dinheiro, que ele seria providenciado.
A tempestade ainda uivava; e na ocasião não havia eletricidade no edifício. Já subiram 17 andares? Não é fácil. Especialmente carregando todas as suas coisas e duas crianças. Mas o apartamento era realmente fantástico, janelas de vidro enormes curvas com vista para o oceano e também para um temporal incrível. Nós três, mais as duas crianças, mal descarregáramos nossas coisas e os anjos vieram e disseram a Christopher e Renee para se preparar para ficar por algum tempo e a mim para ir ao quarto e entrar em meditação.
Fechei a porta, sentei-me, fechei os olhos, e dentro de 60 segundos senti-me saindo de meu corpo e entrando rapidamente no espaço. A seguir, eu flutuava a aproximadamente 160 quilômetros sobre uma luminosa costa litorânea ensolarada. Eu sabia onde me encontrava, mas ao me concentrar, percebi que sobrevoava a Califórnia meridional. Olhei com mais atenção, conseguia ver Los Angeles. Senti-me atraído à Cidade de Anjos, a uma casa específica e, finalmente, a uma casa na qual havia um círculo de cerca de 13 pessoas, todas de mãos dadas e emitindo puro amor incondicional ao mundo. Os mais puro amor que os seres humanos são capazes de emitir. Era uma energia rara e sem igual que estava a ponto de ser utilizada pelos seres espaciais, que precisavam deste cristal de semente para servir de catalisador na criação de um campo vivo de energia que acabaria por abranger toda a Terra e, esperava se, proteger a Terra nos dias futuros.
Afastei me cerca de 500 quilômetros acima da casa enquanto observava esse campo de amor crescer. Ele formou uma metade de cúpula esférica ondulante acima da casa, e então começou a crescer. Cresceu com muita rapidez, quase como uma explosão. Em segundos abrangeu toda Los Angeles e começou a crescer para o norte, na direção de São Francisco, subindo para a costa de Seattle e, finalmente, lá para cima, onde meu corpo se encontrava em Vancouver. Naquele ponto, por curiosidade, aproximei-me do campo e vi que era formado de minúsculos hexágonos, e as linhas de energia eram cores muito difíceis de descrever, mas muito belas. O campo expandiu-se na direção leste, deslocando-se rumo à outra costa. Mas ele não parou ali, continuou se deslocando até dar a volta no mundo, encontrar-se a si mesmo, aumentar e concluir o circuito. Então, de uma vez só, o campo ondulante ao redor da Terra transformou-se num campo cúbico com lados planos retos e extremidades agudas que também circundavam o planeta. Experimentei uma tremenda sensação de completitude. Algo realmente bom acabara de acontecer, mas eu não tinha certeza do que.
Então dei-me conta de oito pequenas espaçonaves posicionadas exatamente nas oito extremidades do cubo. Irradiavam diferentes raios coloridos do tipo laser ao longo das arestas do cubo, cada qual na direção de mais três outras naves. Eu estava interessado e, assim que percebi estar interessado, senti que era puxado para o espaço. Comecei a me dirigir quase diretamente para a lua, e me lembro distintamente da lua deslizando silenciosa à minha direita. Aprofundei me mais no espaço, indo, sei agora, a 354.000 quilômetros além da Lua, rumo ao local no qual havia algo que eu conseguia sentir à medida que me aproximava, mas não conseguia enxergar. Só quando eu estava praticamente em cima da coisa‚ foi que consegui divisar os contornos do maior objeto sintético que já vira. Tratava se de uma nave estelar imensa, preta azeviche, com cerca de 80 quilômetros de comprimento. Estava pousada numa interface de 3ª/4ª dimensão e, portanto, completamente invisível da Terra.
Tinha o formato de um charuto, lisa, sedosa, sem juntas, sem aberturas, com exceção de uma grande janela transparente numa das extremidades. Flutuei até a janela, por ela conseguia ver gente. Usaram uniformes brancos com detalhes dourados. Dei por mim flutuando diretamente pela janela, entrando num grande cômodo aberto, as pessoas que lá se encontravam pareciam muito felizes em me ver. Havia uma moça e um rapaz que me saudaram, dizendo serem de Sírius e trabalharem com Toda Vida para ajudar a Terra. Pediram-me que me sentasse. Conversamos durante cerca de meia hora sobre o que acontecera há pouco. Comecei a entender. Disseram que a Terra e todo o sistema solar entrariam, no final de 1972, num tipo diferente de espaço no qual as leis da física eram totalmente diferentes de tudo o que os terráqueos conheciam, pelo menos em épocas recentes. O campo destinava-se a proteger a vida na Terra durante essa transformação, dando-nos tempo de nos preparar para a mudança. O campo era controlado a partir dessa nave-mãe por meio de oito naves menores, protegendo cada ser humano por intermédio de um campo cúbico orgânico localizado em nossa área estomacal. Algumas pessoas chamam essa área de terceiro chakra.
Fui então levado a um cômodo totalmente vazio, exceto por uma mesa no centro na qual pediram-me que deitasse. Dois raios independentes de luz, muito semelhantes a fragmentos multicoloridos multidigitais de laser deslocando-se rapidamente foram focalizados em mim, um vindo do topo e incidindo no meu terceiro chakra e o outro vindo de cima de minha cabeça, incidindo coluna abaixo. Isso durou cerca de 20 minutos. Disseram que essas eram as imagens da vida que eu experienciaria no restante de minha vida na Terra. Eles então me levaram a uma excursão completa pelas áreas essenciais da nave de modo que as pudesse usar se necessário. Treinaram-me com bastante rapidez. Parecia que qualquer pergunta que me surgisse na cabeça era imediatamente respondida por eles. Disseram que em breve eu retornaria a essa nave estelar e que soubesse que sempre seria bem vindo. (Estávamos na área de substituição à qual Bernard fora diretamente depois de sua morte durante a translação interpersonal.
De lá, foi levado a Sírius e a seguir a seu destino final, as Plêiades.
Voltamos então ao cômodo pelo qual eu entrara na nave e nos despedimos. Não havia somente grande amor e carinho entre aqueles seres, havia também uma devoção muito profunda à vida.
Lembro-me a seguir de abrir os olhos e perscrutar o quarto frio e vazio de nosso novo apartamento de Vancouver. A tempestade ainda continuava. Estava escuro agora, e me levantei e entrei nos outros cômodos. Parecia que cerca de uma ou duas horas tinham se passado, mas de acordo com todos os que estavam lá, havia transcorrido muito, muito mais tempo. Meia hora depois de eu voltar, todos os ventos cessaram e tudo ficou calmo e tranqüilo.
O anjos apareceram a Renee e disseram que acontecera um tipo de guerra cósmica há pouco. Disseram que não se tratava realmente de uma guerra na qual as pessoas tentam matar umas às outras, e sim de um teste de força, coragem e conhecimento. Disseram que existiam milhares de culturas espaciais diferentes que estavam aqui, realizando interface, tentando ajudar a Terra a sair-se bem nessa mudança dimensional. Havia muitas opiniões diferentes quanto a como proceder. Normalmente, ia contra a lei galáctica a interferência, por parte de qualquer pessoa, em qualquer outra região habitada, mas neste caso, se nada fosse feito, a Terra seria um planeta morto até o final do ano.
Haveria uma explosão de proporções nunca vistas em nosso sol. A explosão na verdade ocorreu em 7 de agosto de 1972, mas em razão do campo cúbico colocado em fevereiro, sobrevivemos muito bem. Claro, ainda não nos livramos de nossas dificuldades, experimentamos apenas uma parcela muito pequena do que realmente aconteceu. Algum dia, em breve, o campo cúbico será retirado e teremos de experienciar a realidade como ela é. Creio que estamos agora...
Esta foi apenas a quarta vez em pouco mais de 200 mil anos que a rara Escola Sagrada de Melchizedek foi necessária. A consciência da Terra mudara de dimensões três vezes naquele período e agora está rapidamente se aproximando da fase final da quarta mudança ou translação planetária. A Escola era necessária para que algumas centenas de seres especiais, de sexta dimensão e consciência superior, pudessem reunir suas energias e controlar as energias negativas cumulativas do planeta, transformando as em energias positivas durante as fases finais que conduzem à translação dimensional planetária. Este período de balanceamento dura aproximadamente 40 a 50 anos e começou por esta época por volta de 1950.
A translação dimensional planetária em si é concluída, em geral, em cerca de três dias e meio, ao passo que a mudança do eixo planetário, sempre uma parte integrante do processo, ocorre em cerca de 20 horas. Caso seja também necessária uma mudança orbital, como é o caso desta vez, a conclusão poderia levar de dez a vinte e cinco anos ou mais. Desta vez, espiralaremos lentamente na direção do Sol durante aproximadamente 15 anos até atingirmos a estabilidade. Todos esses três processos ocorrerão ao mesmo tempo próximo do início do realinhamento orbital. Na verdade, é bem mais complicado do que a descrição acima, especialmente quando os demais planetas são incluídos na equação. Eles também assumirão novas órbitas.
Em 1971, quase quatrocentas pessoas vindas do mundo todo começaram a fazer planos de ir à Columbia Britânica para se reunir no início de 1972. Eram todas entrantes provenientes dos níveis vibracionais superiores seguindo as instruções de seus Eus superiores, de modo a facilitar e coordenar o processo de equilíbrio das energias da Terra. Cada pessoa, usando seu método pessoal de comunicação com seu eu superior, foi instruída a simplesmente ir a uma esquina específica de Vancouver e esperar. O local variava. David Livingstone saberia então quando e onde elas chegaram, mandando alguém buscá-las. No meu caso recebi o endereço dele.
Houve o caso da pessoa vinda do Japão que recebeu suas instruções num idioma que não era da Terra. Tratava-se de um belo idioma de símbolos parecidos com hieróglifos, que simplesmente não existiam em qualquer idioma conhecido da Terra. Disseram-lhe nesse idioma, a mensagem ele anotou através da escrita automática, para ir a Vancouver em dezembro de 1971, sem mais instruções. Ele assim o fez, e David o encontrou e o levou de volta à Escola. Foi lá que ele conheceu mais quatro pessoas, cada qual de um país diferente, que falavam e escreviam esse estranho idioma. Vocês podem imaginar como ele focou extático. Porém, em geral, cada pessoa tem seu próprio método único de se comunicar com seu eu superior. Essa comunicação e a transmissão dela é essencial ao trabalho superior.
O fundador da Escola Sagrada de Melchizedek, Machiventa Melchizedek, foi o primeiro Melchizedek designado para a Terra e, literalmente, a Terra está a seus cuidados. Achamos que viver até os cem anos é ficar muito velho. Machiventa tem agora mais de dez bilhões de anos de idade e, como vocês devem ter adivinhado, encontra-se inacreditavelmente avançado em sua consciência e sabedoria.Machiventa não é o único Melchizedek, lá milhões de nós, mas atualmente há apenas cinco na Terra. Os Melchizedeks são uma gente única no Universo. Têm a capacidade rara de se deslocar em qualquer dimensão da vibração mais baixa à mais alta, entretanto eles preferem o meio termo. Em razão dessa capacidade, são usados por Toda Vida para ajudar em certas épocas, quando são iminentes as mudanças dimensionais e, também, em outras épocas de extremo desvio da normalidade em relação àquela forma de vida em particular, seja qual for a razão. As mudanças estão acontecendo num ritmo cada vez mais rápido na Terra. Quando passamos a realizar interface com a quarta dimensão, muitas pessoas que não querem ou não podem mudar não poderão continuar como vida humana. Essa afirmação não é negativa, significa simplesmente que cada pessoa encontrará o equilíbrio e um lugar nos níveis dimensionais corretos e confortáveis, a partir dos quais elas poderão entrar em harmonia com todas as demais vidas. Na verdade, não há escolha - nós criamos nosso mundo. Até o final deste século a humanidade entrará na quarta dimensão.
De fato, na realidade, a translação dimensional planetária já aconteceu, e quando o campo cúbico que circunda a Terra se dissipar, devemos e experimentaremos esta nova forma de ser.
A DECISÃO DE FICAR NA TERRA
A Escola durou dois meses. Foram então feitos preparativos para os quase
quatrocentos entrantes partirem da Terra e embarcarem numa espaçonave
especialmente projetada que permaneceria numa interface de 3ª/4ª dimensão até
por volta do ano 2006. A essa altura, os quatrocentos voltariam à Terra e aqui
recomeçariam suas vidas. Parecia a arca de Noé. Uma das razões da realização
desse exercício fora do planeta foi que as mudanças pelas quais a Terra estaria
passando nos últimos anos deste século seriam tão grandes e abrangentes que
acreditava-se que alguns espécimes, e especialmente esses espécimes, em razão
do trabalho especial por eles realizado, deveriam ser conservados, caso as
mudanças fossem demais para a Terra. A Terra é muito jovem e mal consegue
sobreviver. A outra razão importante tinha relação com a incerteza quanto aos
resultados. Nunca em lugar algum, o campo cúbico fora usado para auxiliar a
translação planetária; a Terra seria seu primeiro teste.
Renee, eu e as crianças deveríamos fazer parte desse exercício. Eu realmente não me importava, parecia algo interessante e necessário que deveria ser feito. Cerca de uma semana antes da partida, os anjos nos apareceram e disseram que, por causa de Ram Kahn, não precisávamos ir para o espaço se não quiséssemos. A escolha cabia a nós, contudo, pediram-nos que decidíssemos sim ou não nas próximas 24 horas. Os anjos acrescentaram que se fôssemos para o espaço, seria uma coisa boa para garantir a vida aqui na Terra, mas se ficássemos na Terra, a experiência também seria ótima para nosso crescimento pessoal e que qualquer das hipóteses era válida. Disseram que seria bem mais fácil lá no espaço, observando o que se passava, do que ficar na superfície tentando sobreviver, mas aprenderíamos mais se ficássemos na Terra.
Discutimos os prós e contras no tempo de que dispúnhamos. Era uma decisão bem importante para se tomar em muito pouco tempo, mas nós dois sabíamos que, mais que qualquer coisa, queríamos crescer, independentemente do esforço. Decidimos ficar e enfrentar a situação. Na noite seguinte, contamos aos anjos nossa decisão. Os anjos então me disseram que agora eu devia ir dizer a David, e disseram que ele talvez não ficasse feliz com nossa decisão.
Até então, os anjos não tinham me autorizado a contar a David sobre Ram Kahn. Os anjos disseram que agora eu devia lhe contar, contar-lhe outras coisas sobre Ram Kahn que não posso contar agora.
Fui ter com David e lhe contei que Renee e eu ficaríamos na Terra. Infeliz é um eufemismo. Ficou completamente furioso. Ele disse que ninguém, absolutamente ninguém, jamais se recusara a partir em uma missão tão tarde. Começou (dizendo que eu era) irresponsável, etc., quando o interrompi e lhe falei sobre Ram Kahn. Contei-lhe o que os anjos mandaram que lhe dissesse. Quando acabei, David estava muito quieto. Não disse palavra durante cinco minutos. Finalmente, olhou-me e disse "Certo, você pode ficar, e que seu tempo na Terra seja abençoado. Mas quero ver a criança" Isso perturbou-me a cabeça, devido à magnitude das implicações que essa nova lição me apresentava. Não era tudo física, tudo as assim chamadas leis da física, reduzidas a um único ponto de vista, a Terra?
Posteriormente naquela noite, em casa, os anjos nos disseram que fizéssemos um símbolo ou mandala de veludo, e que o levássemos conosco quando David se encontrasse com Ram Kahn. O símbolo foi colocado num diamante azul-imperial com uma Estrela de David no centro, o triângulo virado para cima era verde e o triângulo virado para baixo púrpura, entrelaçando-se, com uma cruz cristã dourada no centro, e ao redor da estrela na parte mediana havia um arco-íris. Disseram que a Estrela de Davi era a força, origem e conhecimento; a cruz era Jesus, o Cristo, o amor supremo conhecido pelo homem; e o arco-íris era nós, a beleza que vem do caos. Fizemos esse símbolo, Renee fez a estrela, eu a cruz, e Cindy o arco-íris.
David marcou uma hora para ver Ram Kahn duas noites antes da partida do grupo para o espaço. Pela primeira vez, Renee foi comigo à Escola carregando nos braços Ram Kahn. Quando entramos na sala branca, uma mulher nos saudou. Abri a mandala de veludo e lhe pedi que a mostrasse a David. A mulher visivelmente se animou quando viu a mandala. Pegou-a e foi correndo procurar David. Mostrou a ele e então foi correndo de membro em membro, mostrando-a a mais de 400 pessoas espalhadas pelo complexo.
Amo estas pessoas da luz que abandonaram suas vidas pessoais para o bem de todos, são santos. Faz bem a meu coração saber que, não importa o que aconteça aqui na Terra nos próximos 20 anos, a vida humana perdurará.
Cerca de uma semana depois, passei de carro pela Escola. A placa sumira, assim como todos os meus amigos. Sabia onde vários deles moravam, mas em todo caso, tinham se mudado e ido embora da cidade, pelo menos era o que contavam. Uma última observação antes de eu deixar David Livingstone e a Ordem de Melchizedek. Acho importante que alguns saibam que o professor pessoal de David, enquanto ele estava vivo, foi Paramahansa Yogananda. Yogananda tinha um lado cósmico que poucas pessoas conheceram.
Renee, eu e as crianças deveríamos fazer parte desse exercício. Eu realmente não me importava, parecia algo interessante e necessário que deveria ser feito. Cerca de uma semana antes da partida, os anjos nos apareceram e disseram que, por causa de Ram Kahn, não precisávamos ir para o espaço se não quiséssemos. A escolha cabia a nós, contudo, pediram-nos que decidíssemos sim ou não nas próximas 24 horas. Os anjos acrescentaram que se fôssemos para o espaço, seria uma coisa boa para garantir a vida aqui na Terra, mas se ficássemos na Terra, a experiência também seria ótima para nosso crescimento pessoal e que qualquer das hipóteses era válida. Disseram que seria bem mais fácil lá no espaço, observando o que se passava, do que ficar na superfície tentando sobreviver, mas aprenderíamos mais se ficássemos na Terra.
Discutimos os prós e contras no tempo de que dispúnhamos. Era uma decisão bem importante para se tomar em muito pouco tempo, mas nós dois sabíamos que, mais que qualquer coisa, queríamos crescer, independentemente do esforço. Decidimos ficar e enfrentar a situação. Na noite seguinte, contamos aos anjos nossa decisão. Os anjos então me disseram que agora eu devia ir dizer a David, e disseram que ele talvez não ficasse feliz com nossa decisão.
Até então, os anjos não tinham me autorizado a contar a David sobre Ram Kahn. Os anjos disseram que agora eu devia lhe contar, contar-lhe outras coisas sobre Ram Kahn que não posso contar agora.
Fui ter com David e lhe contei que Renee e eu ficaríamos na Terra. Infeliz é um eufemismo. Ficou completamente furioso. Ele disse que ninguém, absolutamente ninguém, jamais se recusara a partir em uma missão tão tarde. Começou (dizendo que eu era) irresponsável, etc., quando o interrompi e lhe falei sobre Ram Kahn. Contei-lhe o que os anjos mandaram que lhe dissesse. Quando acabei, David estava muito quieto. Não disse palavra durante cinco minutos. Finalmente, olhou-me e disse "Certo, você pode ficar, e que seu tempo na Terra seja abençoado. Mas quero ver a criança" Isso perturbou-me a cabeça, devido à magnitude das implicações que essa nova lição me apresentava. Não era tudo física, tudo as assim chamadas leis da física, reduzidas a um único ponto de vista, a Terra?
Posteriormente naquela noite, em casa, os anjos nos disseram que fizéssemos um símbolo ou mandala de veludo, e que o levássemos conosco quando David se encontrasse com Ram Kahn. O símbolo foi colocado num diamante azul-imperial com uma Estrela de David no centro, o triângulo virado para cima era verde e o triângulo virado para baixo púrpura, entrelaçando-se, com uma cruz cristã dourada no centro, e ao redor da estrela na parte mediana havia um arco-íris. Disseram que a Estrela de Davi era a força, origem e conhecimento; a cruz era Jesus, o Cristo, o amor supremo conhecido pelo homem; e o arco-íris era nós, a beleza que vem do caos. Fizemos esse símbolo, Renee fez a estrela, eu a cruz, e Cindy o arco-íris.
David marcou uma hora para ver Ram Kahn duas noites antes da partida do grupo para o espaço. Pela primeira vez, Renee foi comigo à Escola carregando nos braços Ram Kahn. Quando entramos na sala branca, uma mulher nos saudou. Abri a mandala de veludo e lhe pedi que a mostrasse a David. A mulher visivelmente se animou quando viu a mandala. Pegou-a e foi correndo procurar David. Mostrou a ele e então foi correndo de membro em membro, mostrando-a a mais de 400 pessoas espalhadas pelo complexo.
Amo estas pessoas da luz que abandonaram suas vidas pessoais para o bem de todos, são santos. Faz bem a meu coração saber que, não importa o que aconteça aqui na Terra nos próximos 20 anos, a vida humana perdurará.
Cerca de uma semana depois, passei de carro pela Escola. A placa sumira, assim como todos os meus amigos. Sabia onde vários deles moravam, mas em todo caso, tinham se mudado e ido embora da cidade, pelo menos era o que contavam. Uma última observação antes de eu deixar David Livingstone e a Ordem de Melchizedek. Acho importante que alguns saibam que o professor pessoal de David, enquanto ele estava vivo, foi Paramahansa Yogananda. Yogananda tinha um lado cósmico que poucas pessoas conheceram.
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