Uma
imagem impressionante comoveu o mundo esportivo e as redes sociais.
Tudo
aconteceu numa corrida de dez quilômetros, nos Estados Unidos.
Rob
Gomez teve a chance de ganhar a competição e um prêmio significativo em
dinheiro, mas tomou uma atitude surpreendente.
Ao
perceber que o primeiro colocado estava passando mal, e caíra pela segunda vez
a poucos metros da chegada, ele, que estava em segundo, carregou o adversário
para a vitória.
Ao
invés de correr para vencer, Gomez parou, levantou o adversário e o segurou nos
últimos cinquenta metros, antes de lhe dar um último empurrão para se
certificar de que ele cruzaria a linha de chegada na primeira posição.
As
imagens de solidariedade circularam o mundo enquanto Gomez permaneceu humilde
em suas entrevistas.
Eles
me colocaram em um pedestal que eu realmente não mereço. - Disse o corredor a
um dos órgãos de imprensa.
O
que as pessoas viram foi apenas um exemplo de comunidade em execução. Não é
realmente especial. É exatamente o que fazemos.
Obviamente
que as perguntas mencionaram o prêmio em dinheiro que ele deixou de ganhar, ao
que simplesmente respondeu:
Não
foi uma decisão calculada. Não foi porque sou um tipo de herói, ou uma espécie
de pessoa especial, porque eu não sou. Como corredores, entendemos, nos
erguemos uns aos outros e nos ajudamos.
* * *
As
verdadeiras vitórias não estão nas convenções do mundo: quem chega primeiro,
quem é mais rápido, quem supera os outros.
Aos
poucos, vamos compreendendo que existem outras vitórias muito maiores e que nos
trazem mais alegria do que essas comuns, que passam e todos logo esquecem.
Reconhecer
que o outro é também merecedor de algo e, muitas vezes, mais merecedor do que
nós, é vencer os grandes males que carregamos dentro d’alma: o egoísmo e o
orgulho.
Por
isso, contribuir com a vitória do outro faz-nos grandes.
Correr
cuidando da sua própria marcha, também atento aos outros corredores e suas
necessidades, é vencer o individualismo que ainda nos enclausura em tanta dor.
Um
dia entenderemos que, para que sejamos considerados reais vencedores,
precisamos trazer outros conosco.
A
existência do Espírito no Universo não é uma competição desenfreada e
individual, mas uma marcha comunitária e solidária.
Estamos
juntos. Hoje você precisa de mim, amanhã precisarei de você, depois de amanhã
não será mais a necessidade que nos unirá, e sim o laço construído, e juntos
ergueremos quem necessite. E assim seguiremos...
A
solidariedade faz com que nos levantemos uns aos outros, sempre que necessário,
mesmo que isso custe uma desaceleração de nossa marcha diária, dos afazeres, dos
muitos compromissos.
Por
vezes, percebemos que não estamos dispostos a diminuir nossa velocidade para
estender a mão a alguém, nem sequer para olhar para os lados.
Lembremos
que, mais à frente, quando eventualmente cairmos, suplicaremos por braços a nos
ampararem na queda, por recolherem nossos cacos, pois todos, sem exceção,
estamos sujeitos ao cansaço e aos desequilíbrios dessa imensa maratona
terrestre.
Redação do Momento Espírita, com base em matéria
publicada no jornal Portland Press Herald de 6.8.2017,
no site www.pressherald.com
Em 8.11.2017.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
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