TENHAMOS FÉ
Emmanuel
”... vou preparar-vos
lugar.” — Jesus. (João, capítulo 14, versículo 2.)
Sabia o Mestre que, até à
construção do Reino Divino na Terra, quantos o acompanhassem viveriam na
condição de desajustados, trabalhando no progresso de todas as criaturas,
todavia, “sem lugar” adequado aos sublimes ideais que entesouram.
Efetivamente, o cristão leal, em
toda parte, raramente recebe o respeito que lhe é devido:
Por destoar,
quase sempre, da coletividade, ainda não completamente cristianizada, sofre a
descaridosa opinião de muitos.
Se exercita a
humildade, é tido à conta de covarde.
Se adota a vida simples,
é acusado pelo delito de relaxamento.
Se busca ser
bondoso, é categorizado por tolo.
Se administra
dignamente, é julgado orgulhoso.
Se obedece
quanto é justo, é considerado servil.
Se usa a
tolerância, é visto por incompetente.
Se mobiliza a
energia, é conhecido por cruel.
Se trabalha,
devotado, é interpretado por vaidoso.
Se procura
melhorar-se, assumindo responsabilidades no esforço intensivo das boas obras ou
das preleções consoladoras, é indicado por fingido.
Se tenta ajudar ao
próximo, abeirando-se da multidão, com os seus gestos de bondade espontânea,
muitas vezes é tachado de personalista e oportunista, atento aos interesses
próprios.
Apesar de semelhantes conflitos,
porém, prossigamos agindo e servindo, em nome do Senhor.
Reconhecendo que o domicílio de
seus seguidores não se ergue sobre o chão do mundo, prometeu Jesus que lhes
prepararia lugar na vida mais alta.
Continuemos, pois, trabalhando
com duplicado fervor na sementeira do bem, à maneira de servidores
provisoriamente distanciados do verdadeiro lar.
“Há muitas moradas na
Casa do Pai.”
E o Cristo segue
servindo, adiante de nós.
Tenhamos fé.
(Emmanuel, Fonte
Viva, 44, FCXavier, FEB)
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