Luiz Sérgio de Carvalho
(espírito),
da obra "O Mundo que Encontrei"
...os gênios não
conquistaram seu avanço
sobre os demais somente na
encarnação em que se
evidenciaram.
Que Deus abençoe a quem serve!
Quantas vezes desejaríamos deixar
uma informação oportuna aos entes queridos que estão na Terra, ainda
encarnados, e não encontramos meios de o fazer. A intuição simples nem sempre é
assimilada, pois normalmente habituais aos encarnados que lutam pelo que na
sociedade é considerado importante adquirir. Como nem sempre a estrutura
espiritual dos níveis das criaturas se mede com os mesmos pesos que os da
sociedade, não há assimilação possível, se faltar o alerta espiritual sob a
forma de educação nesse sentido. É preciso que todos nós nos enfronhemos nas
verdades eternas daquilo que em nós é eterno – o ESPÍRITO.
Sim, devemos manter nossa vida
encarnada de acordo com o ambiente em que vivemos, porém nunca agir em
detrimento de nosso progresso espiritual, pois foi para conseguirmos evoluir
que nos foi concedida a encarnação no ambiente propício ao aprendizado
indispensável a essa evolução.
Nunca é demais lembrar aos nossos
irmãos encarnados sobre a necessidade de se conduzirem de forma a manter
vigilância em todos os setores de suas atividades, de tal forma que abranja
toda a conduta pessoal de cada um, mesmo nos momentos dos reservados
solilóquios. É dentro de nós que se elabora a conduta que se manifesta ao
contato com os outros. Quando não conseguimos conduzir devidamente nossas
reações internas, estas, ao se externarem, apresentam dissonâncias, que
provocam muitas vezes conflitos entre a maneira que desejamos ser e a que
realmente apresentamos aos que nos cercam. Notem que não estamos aconselhando a
se afivelarem máscaras para impressionar ou manter uma situação falsa.
Aconselhamos, isto sim, o entendimento perfeito das condições que devem ser
estabelecidas para que, normalmente, nossas reações se exteriorize, ou melhor,
se expressem ao contato com as criaturas, de maneira condizente com os altos
princípios vibratórios do Cosmo Superior.
Se essa lição estiver muito
difícil de ser compreendida é porque ainda não se tentou elaborar, dentro do
íntimo, uma perfeita coadunação de interesses espirituais, a ponto de se
traduzirem em formas de conduta apreciáveis no sentido de estarem em vibração
uníssona com os interesses da Criação.
Somos todos criaturas que tivemos
início em um vasto programa de desenvolvimento evolucional iniciado há muitos
milênios e já caminhamos muitas etapas, onde nossa vontade não poderia ter
influído, porque ainda não estava perfeitamente desenvolvida. Expressava-se ela
no desejo intenso de viver e esse impulso inicial de vida transformou-se aos
poucos em desejo de melhorar as condições dessa mesma vida, ora em pequenos
progressos biológicos, ora conquistando e ampliando os meios de sobrevivência e
amparo material.
Olhando por esse ângulo, podemos
afirmar que a inteligência ou, melhor dizendo, o princípio inteligente, está em
nós desde a primitiva célula que gerou nosso organismo perispiritual. Essa
inteligência deve possuir meios, cada vez maiores, de poder revelar-se através
de uma mente progressivamente desenvolvida.
Entretanto essa conquista é feita
pelo próprio indivíduo, e muito mais rapidamente agora no presente estágio em
que se encontra a Humanidade, porque já possui condições de, por assim dizer,
provocar a reforma das células - arquivo de sua mente espiritual. Essas células
poderão conter maior número de informações necessárias, no momento em que
tiverem de responder sobre a maneira correta de o indivíduo conduzir-se perante
as leis espirituais que regem a evolução nesse campo.
Todos sabem que o Espírito não
pode manifestar-se de forma normal se possui em cérebro atrofiado. As tentativas
de traduzir no plano físico suas idéias transformam-se em débeis expressões,
ininteligíveis aos demais. No entanto, em um cérebro bem formado e sadio, ele
pode chegar às culminâncias de introduzir pensamentos absolutamente novos para
o ambiente em que vive.
Para que se consiga manter a
mente em constante progresso, é indispensável que estejamos arquivando
incessantemente conhecimentos novos, que podem ser de dois tipos:
a) informações que recebemos
através de outras mentes;
b) elaboração própria do
indivíduo que realiza pesquisas no campo subjetivo, encontrando, através do seu
trabalho mental, conhecimento dedutivos. Quer dizer que, baseado em sua
percepção subjetiva, consegue estabelecer outras normas que o levam a adquirir conhecimentos
colaterais, ou muitas vezes essenciais, que irão incorporar-se ao acervo da
sabedoria do Espírito.
As noções conseguidas e
elaboradas com o auxílio do corpo são mais "resistentes", fixam-se
melhor. Tanto isto é verdade que os Espíritos são preparados em sua fase menos
densa e depois encarnam para conquistar o que aprenderam.
As experiências terrenas da
encarnação são melhor retidas na mente espiritual e auxiliam o espírito a
desenvolver fisicamente o cérebro que receberá na encarnação seguinte.
Podemos afirmar sem erro que os
gênios não conquistaram seu avanço sobre os demais somente na encarnação em que
se evidenciaram. Foi trabalho de muito tempo.
Há que salientar-se a necessidade
de darmos à nossa mente informações que a levem a arquivar dados favoráveis ao
seu desenvolvimento. Se arquivamos os desfavoráveis, as respostas serão talvez
confusas, errôneas, ou, mesmo, poderá haver conflito quando alcancemos a fase
de elaboração subjetiva. Muitas vezes tem sido necessário "apagar"
uma grande parte de informações (memória) de Espíritos, para que eles consigam
novamente o equilíbrio necessário à sua evolução. É o caso dos
"mumificados espirituais" que, às vezes, assim permanecem por
milênios inteiros, até que haja desaparecido toda a carga destrutiva que
arquivaram erradamente em várias vidas terrenas.
Há, ainda, os que destroem os
centros nervosos do cérebro material por efeito de um ato da própria conduta
(suicidas). Então, o agravo que lhes atingiu a matéria componente do cérebro
(único meio de que dispõe a mente para se manifestar) é transmitido à estrutura
mental do Espírito, que sofre o impacto regressivo, tornando-se enferma, isto
é, avariada, precisando de reajuste11 .
11. No livro "Mãos
Estendidas", Luiz Sérgio desenvolve estas informações, contando inúmeros
processos desencarnatórios, inclusive de suicidas.
E tudo isso é muito bem
organizado, a tal ponto que nos custa a crer que tamanha precisão possa
existir. É tudo previsto nos mínimos detalhes e dificilmente um Espírito pode
vangloriar-se de possuir um arquivo mental perfeito. Ou, corrigindo o que
disse, esse Espírito naturalmente não se envaideceria e muito menos iria
vangloriar-se, pois seria perfeito e isso ainda está muito longe de ser
alcançado pela humanidade terrena, que nem pode ter o supremo anelo de se
avistar com um deles.
Perdoe-me a "indigestão
científica". Hoje vim com muito maior cabedal de conhecimentos. Só que
isto que transmiti é um pálida réplica do que ouvi. Pude reunir nesta mensagem
aquilo que consegui obter informação e elaboração subjetiva. Os que a lerem,
provavelmente, usando o elaborado pela minha mente que registrarão como
informação, irão fazer elaboração própria. Resultado: acabarão sabendo mais do
que eu, isto é, chegarão a conclusões mais avançadas.
Diga à mamãe que me encontro
muito bem e que tudo está certo.
Um comentário:
As noções conseguidas e elaboradas com o auxílio do corpo são mais “resistentes”, fixam-se melhor.
Tanto isto é verdade que os Espíritos são preparados em sua fase menos densa e depois encarnam para
conquistar o que aprenderam.
As experiências terrenas da encarnação são melhor retidas na mente espiritual e auxiliam o espírito a
desenvolver fisicamente o cérebro que receberá na encarnação seguinte.
Onde no Livro dos Espíritos podemos achar essas informações?
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