Orson Peter Carrara
O Dr. Augusto Cury (psiquiatra,
psicoterapeuta, cientista e escritor, com livros publicados em 40 países)
apresenta em seu fabuloso livro Seja líder de si mesmo, uma técnica bastante
positiva para superação dos conflitos existenciais. Ocorre que todos (uns mais
outros menos) vivemos angústias e conflitos interiores, debatemo-nos em
dúvidas, incertezas, indecisões e normalmente perdemo-nos em aparências
ilusórias que alimentamos sob pretextos vários. Igualmente deixamo-nos dominar
por pensamentos e posturas equivocadas de outras pessoas, esquecendo-nos de que
todos guardamos o tesouro das possibilidades dentro de nós mesmos. Por outro
lado, permitimo-nos escravizar por medos, neuroses, melindres, ressentimentos,
mágoas e tudo o mais que o leitor já conhece do comportamento e das tendências
humanas.
Pois sugere o Dr. Cury que usamos
a técnica do DCD, que significa Duvidar, Criticar, Determinar. Sim, DUVIDAR das
idéias dramáticas que muitas vezes alimentamos; DUVIDAR das circunstâncias,
pensamentos e fatos que nos deixem deprimidos, tristes, magoados, ansiosos;
DUVIDAR de sentimentos de inferioridade, de complexos que nos atormentam a
vida.
A partir daí, CRITICAR tais
pensamentos, posturas e comportamentos. Com um detalhe: em nós mesmos, não nos
outros; CRITICAR pensamentos negativos, idéia perturbadora, angústias, medos e
inseguranças que surjam interiormente. Em, por fim, DETERMINAR ser feliz,
equilibrado, sereno, harmonioso consigo mesmo, tranqüilo; conquistar o que mais
ama e ser líder de si mesmo, ao invés de deixar-se conduzir. DETERMINAR reações
e comportamentos altruístas, idéias e posturas positivas que lhe tragam
alegria, bem estar e equilíbrio emocional.
Para alcançar esse estado de
determinação interior, há que se passar pelo estado de dúvida e crítica dos
próprios pensamentos e sentimentos. Para isso, o autor sugere uma reunião
íntima (duas vezes na semana ou dez a quinze minutos por dia) conosco mesmo. Em
silêncio, uma viagem interior, para debater com nós mesmos nossas dificuldades,
problemas, neuroses, desafios, em busca de soluções e caminhos de libertação
dessas autênticas travas psicológicas e emocionais.
É algo exatamente interior,
individual, numa mesa-redonda onde somos o entrevistador e o entrevistado, os
debatedores, críticos e conselheiros. Trata-se, porém, de providência altamente
saneadora de nossos conflitos. Claro que não dispensaremos os amigos, o
cônjuge, o médico, o psicólogo, mas estaremos em confronto com a única pessoa
que verdadeiramente pode apresentar as soluções que buscamos: nós mesmos.
Exatamente onde se escondem as causas e traumas que nos impedem atualmente de
viver como seres livres e pensantes, autênticos deuses em potencial.
Fonte: Portal Espírito
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