Emmanuel, da obra "Caminho, Verdade e Vida"
psicografia de Francisco Cândido Xavier
"A ciência incha, mas o amor edifica." Paulo. (1 CORINTIOS, 8:1.)
A ciência pode estar cheia de
poder, mas só o amor beneficia. A ciência, em todas as épocas, conseguiu
inúmeras expressões evolutivas. Vemo-la no mundo, exibindo realizações que
pareciam quase inatingíveis. Máquinas enormes cruzam os ares e o fundo dos oceanos.
A palavra é transmitida, sem fios, a longas distâncias. A imprensa difunde
raciocínios mundiais. Mas, para essa mesma ciência pouco importa que o homem
lhe use os frutos para o bem ou para o mal. Não compreende o desinteresse, nem
as finalidades santas.
O amor, porém, aproxima-se de
seus labores e retifica-os, conferindo-lhe a consciência do bem. Ensina que
cada máquina deve servir como utilidade divina, no caminho dos homens para
Deus, que somente se deveria transmitir a palavra edificante como dádiva do
Altíssimo, que apenas seria justa a publicação dos raciocínios elevados para o
esforço redentor das criaturas.
Se a ciência descobre explosivos,
esclarece o amor quanto à utilização deles na abertura de estradas que liguem
os povos; se a primeira confecciona um livro, ensina o segundo como gravar a
verdade consoladora. A ciência pode concretizar muitas obras úteis, mas só o
amor institui as obras mais altas. Não duvidamos de que a primeira, bem
interpretada, possa dotar o homem de um coração corajoso; entretanto, somente o
segundo pode dar um coração iluminado.
O mundo permanece em obscuridade
e sofrimento, porque a ciência foi assalariada pelo ódio, que aniquila e
perverte, e só alcançará o porto de segurança quando se render plenamente ao
amor de Jesus-Cristo.
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