Joanna de Ângelis
da obra "Celeiro de Bênçãos"
psicografia de da obra "Celeiro de Bênçãos"
Divaldo Pereira Franco
À
exceção dos casos de relevantes compromissos morais, o matrimônio, na Terra,
constitui abençoada oportunidade redentora a dois, que não se pode
desconsiderar sem gravames complicados.
Em
toda união conjugal as responsabilidades são recíprocas, exigindo de cada
nubente uma expressiva contribuição, a benefício do êxito de ambos, no tentame
encetado.
Pedra
angular da família - o culto dos deveres morais -, a construção do lar nele se
faz mediante as linhas seguras do enobrecimento dos cônjuges, objetivando o
equilíbrio da prole. Somente reduzido número de pessoas, se prepara
convenientemente, antes de intentar o consórcio matrimonial; a ausência desse
cuidado, quase sempre, ocasiona desastre imediato de conseqüências lamentáveis.
Açulados
por paixões de vária ordem, que se estendem desde a atribuição sexual aos jogos
dos interesses monetários, deixam-se colher por afligentes desvarios, que
redundam maior débito entre os consorciados e em relação à progenitura...
Iludidos,
face aos recursos da atual situação tecnológica, adiam, de início, o dever da
paternidade sob justificativas indébitas, convertendo o tálamo conjugal em
recurso para o prazer como para a leviandade, com que estiolam os melhores
planos por momento acalentados.
Logo
despertam, espicaçados por antipatias e desajustes que lhes parecem
irreversíveis, supõem que somente a separação constitui fórmula solucionadora
quando não derrapam nas escabrosidades que conduzem aos lúgubres crimes
passionais.
Com
a alma estiolada, quando a experiência se lhes converteu em sofrimento, partem
para novos conúbios amorosos, carregando lembranças tormentosas, que se
transformam em pesadas cargas emocionais desequilibrantes.
Alguns,
dentre os que jazem vitimados por acerbas incompreensões e anseiam refazer o
caminho, se identificam com outros espíritos aos quais se apegam, sôfregos,
explicando tratar-se de almas gêmeas ou afins, não receando desfazer um ou dois
lares para constituir outro, por certo, de efêmera duração.
Outros,
saturados, debandam na direção de aventuras vis, envenenando-se vagarosamente.
Enquanto
a juventude lhes acena oportunidades, usufruem-nas, sem fixações de afeto, nem
intensidade de abnegação. Surpreendidos pela velhice prematura, que o desgaste
lhes impõe, ou chegados à idade do cansaço natural, inconformam-se, acalentando
pessimismo e cultivando os resíduos das paixões e mágoas que os enlouquecem, a
pouco e pouco.
*
O
amor é de origem divina. Quanto mais se doa, mais se multiplica sem jamais
exaurir-se.
Partidários
da libertinagem, porém, empenham-se em insensata cruzada para torná-lo livre,
como se jamais não o houvera sido. Confundem-no com sensualidade e pensam
convertê-lo apenas em instinto primitivo, padronizado pelos impulsos da
sexualidade atribulada.
Liberdade
para amar, sem dúvida, disciplina para o sexo, também. Amor é emoção, sexo
sensação.
Compreensivelmente,
mesmo nas uniões mais ajustadas, irrompem desentendimentos, incompreensões,
discórdias que o amor suplanta.
O
matrimônio, desse modo, é uma sociedade de ajuda mútua, cujos bens são os
filhos - Espíritos com os quais nos encontramos vinculados pelos processos e
necessidades de evolução.
Pensa,
portanto, refletindo antes de casar. Reflexiona, porém, muito antes de
debandar, após assumidos os compromissos.
As
dúvidas projetadas para o futuro sempre surgem em horas inesperadas com juros
capitalizados. O que puderes reparar agora não transfiras para amanhã. Enquanto
luz tua ensancha, produze bens valiosos e não te arrependerás.
*
Tendo
em vista a elevação do casamento, Jesus abençoou-o em Caná com a Sua presença,
tomando-o como parte inicial do Seu ministério entre os homens.
E
Paulo, o discípulo por excelência, pensando nos deveres de incorruptibilidade
matrimonial, escreveu, conforme epístola número 5, aos Efésios, nos versículos
22 e 25: "as mulheres sejam sujeitas a seus maridos, como ao Senhor...
Assim também devem os maridos amar a suas mulheres como a seus próprios corpos.
Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo". Em tão nobre conceito não há
subserviência feminina nem pequenez masculina, antes, ajustamento dos dois para
a felicidade no matrimônio.
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