Joanna
de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco
A mulher e o homem
contemporâneos, que vivem no mundo, ataviam-se em exagero, a fim de fruírem até
a exaustão as concessões enganosas e agradáveis do trânsito carnal.
Fixados às sensações
buscam, em contínuos esforços, às vezes, sacrificiais, os favores prazenteiros
do momento, sem outros quaisquer compromissos, exceto, os para conseguirem
recursos que lhes facultem a continuidade do gozo.
Vivem em função do
imediato, celebrando o culto do corpo, sem a preocupação mínima com a essência
que o mantém, excepcionalmente quando se instalam distúrbios psicológicos,
alguns deles frutos da insensatez, no uso dos eventos de vida.
Desgastam-se com
facilidade e, por mais se utilizem dos meios e técnicas de rejuvenescimento,
dos recursos valiosos das cirurgias plásticas, sofrem os transtornos que se
derivam da opção de comportamento a que se entregam, na incessante correria
para ganhar o tempo.
No passado, as religiões
preconizavam a fuga do mundo e das suas maquiavélicas manipulações para o
isolamento monacal ou as cavernas desérticas para refúgio em rude ascetismo.
Nada obstante, embora a
boa intenção, levavam-se a si próprios, as suas necessidades e conflitos que os
alucinavam na solidão e, não raro, os vinculavam mais fortemente aos inimigos
desencarnados com os quais mantinham conúbios muito perturbadores.
A visão de Jesus sobre a
existência terrena é, no entanto, otimista e rica de sabedoria, adornada pela
beleza, ao propor viver-se no mundo, embora não dependendo das suas constrições
ou excessivas liberações.
É compreensível a
ocorrência, porque todos somos servidores a soldo dos nossos amos.
Existem aqueles que,
dependentes dos instintos primários, servem aos senhores perversos, que são os
desejos infrenes neles dominantes.
Por essa razão, a
Mitologia oferece um panteão de deuses, tantos quantos os níveis de consciência
e de evolução dos seus adoradores, que se lhes vinculam através da similitude
de hábitos e de aspirações.
Outros, são servidores
da ira e do ódio, do ressentimento e da inveja, vivendo encarcerados em
tormentos inimagináveis.
Igualmente, missionários
da luz e da imortalidade renasceram no mundo para oferecer as inestimáveis
contribuições que proporcionam a harmonia íntima, a superação das paixões
primárias neles em primazia.
Superando, porém, a
todos os construtores da fé religiosa e das filosofias idealistas encontra-se
Jesus, que alterou a ética do comportamento, demonstrando a transitoriedade da
organização física e a perenidade da vida.
Depois dEle, a cultura e
a civilização encontraram a diretriz para dar sentido psicológico profundo à
existência terrena.
Não padece dúvida que a
Sua é a doutrina da mansidão, da paz, da pura alegria.
Servi-lO, passou a ser o
objetivo fundamental da jornada humana.
As atrações e
divertimentos, no entanto, necessários para proporcionar bem-estar, trabalhadas
pelas mentes viciadas, passaram a constituir-se essenciais, superando os
deveres e a dedicação ao fundamental, a vida espiritual!
*
Face ao tumulto que toma
conta irrefreada de quase toda a sociedade, é indispensável que faças uma
reflexão cuidadosa e, durante a mesma, uma interrogação: A quem sirvo?
Se abraças a doutrina da
compaixão e da caridade, não te permitas os desvios de rota, buscando os
prazeres e as futilidades que distraem, mas não preenchem o imenso vazio
interior.
Todo aquele que procura
a embriaguez dos sentidos consome-se no fogo das ansiosas mudanças de jogos,
tentando renovação e preservação das satisfações sensoriais, vivendo sedentos
de contínuos gozos.
Os servidores de Jesus
são alegres e joviais, mas suas metas são significativas e gratas, duradouras,
porque avançam além do portal de cinzas do túmulo.
Não cansam, nem
debilitam o organismo, pelo contrário, fortalecem-no e mantêm-no saudável,
mesmo quando frágil ou delicado.
Observa os ases campeões
do mundo, no seu envelhecimento precoce, no desgaste imposto pelos hábitos
doentios, como o álcool, o tabaco, as drogas aditivas, o sexo irresponsável...
...E de quando em
quando, os suicídios espetaculares pelos excessos das substâncias destrutivas
ou mesmo pela falta de motivação para viver, após alcançarem o topo da fama, na
carreira a que se dedicaram, a admiração e a paixão das massas, que os não preencheram
de alegria real, mantendo-os em tremenda solidão...
O serviço com Jesus,
porém, não te impedirá o sofrimento, as vicissitudes que fazem parte do
processo iluminativo, mas que contribuem com o conforto moral e o conhecimento
da sua causalidade e da sua significação para o alcance da plenitude.
Como a existência na
Terra tem por finalidade a depuração moral e a conquista da harmonia plena,
ninguém transita sem a dor nem permanece, indefinidamente, sem a vivência da
reflexão em torno do próprio sofrimento.
O servidor do mundo, por
desconhecer esse mecanismo superior da evolução, quando chamado ao processo
inevitável, desanima ou reage com violência, desespera-se ou recalcitra, tomba
ou enlouquece...
O servidor de Jesus,
porém, comporta-se de forma tranquila, porque sabe que também a aflição é
transitória.
*
A quem serves?
Se elegeste Jesus, não
te envergonhem a cruz dos testemunhos, nem as problemáticas que te auxiliam no
crescimento espiritual.
Cristão sem cruz é
apenas simpatizante do ideal que Ele ensinou e viveu.
Conduz, desse modo, a
problemática afligente que te crucifica interiormente, mantém a alegria e
torna-a fácil de superar, porque o Seu fardo é leve e o Seu jugo é suave.
A quem serves?
Joanna
de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão da noite de
31 de março de 2014, no Centro Espírita Caminho da Redenção,
em Salvador, Bahia.
Em 22.5.2014.
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão da noite de
31 de março de 2014, no Centro Espírita Caminho da Redenção,
em Salvador, Bahia.
Em 22.5.2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário