Os
desentendimentos e contendas são comuns nos relacionamentos humanos.
Eles
se fazem presentes nas famílias, nas empresas, nas escolas e onde quer que se
reúnam pessoas.
Velhos
vícios humanos os alimentam e perpetuam.
O
egoísmo dificulta a percepção das necessidades alheias.
O
orgulho faz com que a própria personalidade tenha superlativa importância.
Nessa
disputa de egos, busca-se mais vencer do que convencer.
Na
equipe profissional, almeja-se posição de destaque, para mais e melhor ganhar.
Nesse
intuito, muitas vezes se sacrificam a lealdade e a amizade.
No
âmbito familiar, para não assumir encargos, chega-se a lançar mão de argumentos
desonestos e de chantagens.
Em
tal contexto infeliz, as batalhas se sucedem, mas a guerra nunca termina.
Sorrisos
e afagos dissimulam mágoas e revolta.
Talvez
alguém seja aparentemente o vitorioso, mas a perda coletiva é manifesta.
Ocorre
que a vida a tudo modifica, em sua pujança.
O
que hoje é importante, amanhã pode nada mais significar.
Ao
final de todos os embates e discussões, resta conviver com a própria
consciência.
Mais
cedo ou mais tarde, sempre se é chamado a refletir a respeito do que se fez.
Isso
pode se dar pela ocorrência de uma enfermidade, do desemprego ou de uma
tragédia qualquer.
Ou
então apenas no ocaso da vida, quando todas as ilusões se diluem.
Para
quem nunca recuou, nunca contemporizou ou pacificou, esse momento pode ser bem
difícil.
Para
não se arrepender mais tarde, convém refletir sobre a finalidade do existir
desde já.
Nesse
sentido, há uma interessante passagem evangélica.
Em
sua primeira epístola universal, São Pedro reflete sobre a conduta cristã em
face de situações desafiadoras.
Ele
defende que não se retribua mal por mal ou injúria por injúria.
Ao
contrário, diz que a tudo se deve bendizer, porque é para essa vivência que o
cristão foi chamado.
Realmente,
a fileira dos que reclamam e brigam é sempre numerosa.
Ocorre
que o homem renasce na Terra para vencer suas dificuldades íntimas e
transcender.
Ele
não aporta no cenário terrestre com o objetivo de vencer debates, fugir de
deveres ou ter largas vantagens.
Os
conflitos estéreis do mundo representam o que deve ser abandonado, a bem da
própria paz.
Para
que cessem as contendas e as divisões é que o homem foi chamado a reencarnar.
A
fim de ter sucesso, ele precisa ser um fator de paz e harmonia, onde quer que
se encontre.
Para
ser fiel a esse propósito, é importante estar disposto a ceder, a contemporizar
e a suportar.
No
contexto da vida maior, somente se pacifica quem aprende a ceder em favor da
paz dos outros.
Pense
nisso.
Redação do Momento
Espírita, com base no cap. 118, do livroPão nosso, pelo Espírito
Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier,
ed. Feb.
Em 29.06.2011.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
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