O que nos vem à cabeça
quando pensamos em uma grande prova de amor?
Provavelmente, as
referências que nos chegam são ações heroicas, grandiosas.
Ou ainda aquelas atitudes
tresloucadas, radicais, rompendo com o normal e o cotidiano, espantando e
gerando comentários de todos.
Porque chamam a atenção ou
porque exigem grande esforço momentâneo, acabamos por classificar esses gestos
como grandes provas de amor.
Porém, o amor consegue
ganhar formas muito mais sutis que essas, e não menos importantes.
Porque está na sutileza do
amor o cuidado da mãe para arrumar o lanche do filho ao ir para a escola.
Na preocupação e torcida do
esposo para que a companheira tenha sucesso na reunião importante, em um dia
qualquer das tarefas profissionais.
O amor consegue se esconder
na sutileza do cardápio escolhido a dedo pela avó, quando da visita de seus
netos.
Ou ainda, na solidariedade
do bilhete ou mensagem deixado ao amigo, em dias difíceis e doloridos pelos
quais ele possa estar passando.
O amor tem esse poder, essa
capacidade de fomentar grandes gestos e atitudes, mas também de se esconder
atrás de pequenas ações.
Não raro, passa
despercebido. Algumas vezes, confundido por obrigação social ou polidez.
É natural que assim seja,
pois nem todos têm a sensibilidade ou o olhar apurado para percebê-lo, quando
se mostra tão sutil.
*
* *
Principiemos a exercitar a
sutileza do amor.
Não esperemos grandes
momentos, datas significativas ou situações quase heroicas para provar o nosso
amor.
Nem aguardemos que a
percepção de todos seja inconteste e a admiração unânime.
Exercitemos o amor sutil
para aqueles que nos são próximos: uma gentileza inesperada, o cuidado com as
preferências do outro, a preocupação com as necessidades de quem convive
conosco.
Tais atitudes podem até
passar despercebidas por aquele a quem as endereçamos.
Porém, tal qual delicado
perfume, vai aos poucos impregnando os tecidos da alma daquele que sente sua
ação.
Aos poucos, ele se sentirá
aconchegado pelo carinho e afeto, frutos desses pequenos gestos de amor.
E, caso não sejam
reconhecidos ou entendidos, ainda assim terá valido a intenção de amar.
Isso porque amar é sempre
mais significativo para aquele que vivencia o amor do que para o alvo de
sentimento tão nobre.
Aprender a amar, até mesmo
aos inimigos, é recomendação inolvidável que nos deixou Jesus.
Assim, o aprendizado do
amor passará inevitavelmente por esses gestos, muitas vezes pequenos, sutis,
mas não de menor importância.
Se ainda não somos capazes
de grandes gestos de amor para com essa ou aquela pessoa que compartilha nossa
caminhada, comecemos pelas pequenas atitudes.
Porque, afinal, como nos
alerta Jesus, amar àqueles que já nos são caros, até as pessoas de má vida o
fazem.
Redação
do Momento Espírita.
Em 22.2.2016.
Em 22.2.2016.
Fonte: Momento Espírita
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