O mestre japonês Nan-in recebeu um professor de
filosofia.
Servindo-lhe o chá, Nan-in encheu a xícara do visitante, e continuou vertendo.
O professor assistiu ao transbordamento até não conseguir mais conter-se:
“Pare! A xícara está cheia, nada mais pode entrar.”
Nan-in disse: “Assim como esta xícara, você está cheio de suas próprias opiniões e especulações. Como posso mostrar-lhe o zen sem que você esvazie a sua xícara primeiro?”.
Você está diante de uma pessoa até mais perigosa que Nan-in, porque para mim uma xícara vazia não é suficiente; a xícara tem que ser quebrada completamente.
Mesmo vazio, se você estiver lá, então você está cheio. Até mesmo o vazio o preenche.
Se sente que está vazio, você não está absolutamente vazio, você está lá. Só o nome mudou: agora você chama a si mesmo de vazio.
A xícara não ajuda; ela tem que ser quebrada completamente. Somente quando você não é nada é que o chá pode ser vertido em você, é somente quando você não é, que não há uma real necessidade de verter o chá.
Quando você não é, tudo o que é vivo começa a verter, tudo o que é vivo transforma-se numa chuva em todas as dimensões, em todas as direções.
Quando você não é, o divino é.
Osho, em "Um Pássaro em Voo: Conversas Sobre o Zen"
Fonte: Palavras de Osho
http://palavrasdeosho.blogspot.com.br/
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