Em silêncio, a
avó observava o comportamento dos netos de três e quatro anos, em frente ao
notebook do pai.
De onde se
encontrava, podia ver as mãozinhas agindo nas teclas.
Percebeu,
surpreendida, a maneira calma com que o menino ensinava a menorzinha a encontrar,
na Internet, o desenho animado que desejava assistir.
Como um bom
professor, indicava o que devia fazer, mas deixava que ela acionasse as teclas,
na busca do que queria.
E os dedinhos
dela iam testando rapidamente o caminho do seu desejo, até conseguir.
Então,
voltou-se para o irmão e disse: Obrigada, Pedrinho. É fácil, já descobri como
faz. Você pode ir embora que agora eu consigo sozinha...
Verificando a
rapidez da aprendizagem e a desenvoltura da pequena, a avó ficou a pensar nas
próprias limitações com algumas das tecnologias atuais.
Lembrou das
dificuldades para descobrir as teclas certas, de memorizar as ações, de
responder um e-mail, enviar uma mensagem.
Impressionante,
concluiu, como é fácil para os pequenos absorver as novidades, adaptar-se,
utilizar a tecnologia disponível.
Pousou os olhos
na revista que tinha ao colo e retornou à leitura do artigo ... A próxima
grande revolução não será tecnológica…
E foi lendo:
Ela será moral, e liderada pelos humanos em evolução, que estão atualmente em
nossos lares, em nossos colos!
Esta geração de
humanos está bem diferente. Estão muito rápidos na sua cognição. Mais profundos
na sua forma de traduzir o mundo e os sentimentos. E sua noção de ética e moral
está mais refinada.
* * *
De fato, hoje
vemos, com frequência, cenas de grande respeito e, de maneira espontânea, entre
crianças.
O carinho
demonstrado com os animais, as plantas, os doentes, deixa-nos admirados.
E esses
pequenos de mente desperta, que aprendem e apreendem tudo ao seu redor, tirarão
o real proveito da ciência e da tecnologia.
São almas que
trazem, em si mesmos, os elementos para a transformação, para a verdadeira
revolução que se fará na Terra, em benefício de todos.
Revolução
moral, na qual a ética que eles trazem vigorosa se espalhará, anulando a
hipocrisia humana vigente.
Precisamos nos
questionar que pais somos nós, como estamos educando essas almas que nos chegam
aos braços, pela bondade do Pai Celestial.
Que sejamos
capazes de dar o suporte necessário e muito amor a esta geração, pois seremos
nós os responsáveis pelo tom e dom que elas usarão nessa revolução!
Pais e mães,
valorizemos a confiança do Celeste Criador, que nos entregou filhos Seus,
possivelmente aptos a transformar o cenário da Terra.
Por isso mesmo,
desde o berço, precisamos lhes oferecer exemplos do bem, de amor, de respeito,
para que não se desviem da rota prevista.
Conduzi-los
para a escola, oferecer-lhes a instrução preciosa, deixar que se expressem na
arte, nas ciências, no esporte.
No entanto,
acima de tudo, que não nos esqueçamos de lhes ensinar a pronunciar o nome de
Deus com unção; a elevar o pensamento em prece; a dialogar com o Pai e Criador.
Redação do
Momento Espírita, com base no artigo
A próxima grande revolução não será
tecnológica,
por Ligia Zotini Mazurkiewicz, de 23.12.2015.
Em 23.4.2016.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
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