Quando olho meu Brasil, tão vasto em território e tão pobre em amor dos
seus filhos;
quando o vejo tão rico de sol, vida e luz e tantos dos seus filhos
vivendo em condições precárias, onde lhes falecem o direito à saúde do corpo e
da alma, pois que carecem investimentos governamentais específicos;
quando contemplo as manhãs
brilhantes, gritando esperança, e observo os interesses de poucos sobrepujando
o bem-estar de toda uma nação;
quando me dou conta de que o país é pleno de riquezas minerais,
vegetais, hídricas, que são depreciadas;
quando percebo que há filhos de
extraordinários dotes intelectuais, artísticos, do coração, nesta terra, e os
vejo abandonarem essas fronteiras para conseguirem seu lugar ao sol em
distantes terras, eu choro.
Choro por saber que este país poderia ser o Eldorado dos milhões de
seres que aqui vivem.
Lamento ver criaturas esfarrapadas, quando poderiam estar vestindo a
camisa do país, no verdadeiro sentido.
Lamento ouvir queixumes, críticas e desaires a respeito de uma terra tão
promissora e generosa.
Nesse dia de dores, coloco o hino pátrio para ouvir, bem alto. E penso
como seria bom se ele fosse mais ouvido, mais cantado, mais pensado, mais
vivido.
E, enquanto os versos musicais se sucedem, enaltecendo a pátria-mãe
gentil, seus dotes físicos, a riqueza sem par dessas matas, penso que é tempo
de nós, brasileiros, despertarmos.
É hora de sacudir a poeira do comodismo e lutar por um país mais justo,
onde seus filhos vivam em plenitude.
Onde seus filhos nasçam, com a certeza de que a mãe gentil lhes dará
abrigo ao corpo, alimento ao Espírito.
Um país onde se privilegie a instrução, não como algo demagógico, para
ser acionado em momentos de estratégia política, mas sim com o objetivo de
ilustrar as mentes privilegiadas que somos todos, na qualidade de Espíritos
imortais.
Um país onde se possa ostentar não somente as valiosas medalhas
conquistadas no atletismo, no esporte, mas igualmente se coloque no peito dos
que o servem com dedicação, as medalhas de ouro da gratidão.
Um país onde Ordem e Progresso não sejam somente uma
legenda na bandeira.
Mas, sobretudo, uma meta gravada no coração de cada filho seu, nascido
em sua terra ou adotado de distantes paragens.
Tudo isso não é utopia.
É possível no hoje e no agora. Será suficiente que cada um de nós ponha
em prática sua condição de cidadão consciente dos seus deveres, de forma
prioritária.
Estudar, trabalhar, mostrando que filho desta terra, legítimo herdeiro
das suas riquezas, somente é aquele que a dignifica com inteligência e suor.
* * *
Amemos nosso país, investindo na cultura, no bem, na justiça.
Orgulhemo-nos do verde da esperança, do amarelo que traduz a
intelectualidade, do azul da harmonia e do branco da paz.
Nesse dia, ufanemo-nos, cantando:
Verás que um
filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem
te adora, a própria morte.
Ó, pátria amada
Idolatrada...
És tu, Brasil.
Redação do Momento Espírita.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 9, ed. FEP.
Em 15.11.2016.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 9, ed. FEP.
Em 15.11.2016.
Fonte:
Momento Espírita
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