Naquela
manhã, como na maioria das outras, o ônibus estava lotado.
Muita
gente impaciente, reclamando de tudo e de todos, tornava o clima além de
abafado, irrespirável.
Foi
quando, com muita dificuldade, entrou no veículo uma senhora idosa que foi se
apoiando nas poltronas conforme podia.
Aconteceu
o previsível. Aquilo que normalmente observamos nos ônibus, quando adentra uma
pessoa idosa: um sono geral se abateu sobre os que estavam sentados.
No
entanto, um menino de seis anos, aproximadamente, cutucou seu pai pedindo
licença para sair do lugar onde estava.
O
pai, indiferente, disse-lhe para ficar sentado. Mas o menino, em voz alta,
convidou-a para que viesse se sentar em seu lugar.
Um
silêncio constrangedor se estabeleceu no coletivo, enquanto a senhora,
agradecida, ocupava o assento que lhe fora oferecido.
* * *
Temos
observado que, em meio às inúmeras possibilidades de escolha, aqueles que optam
pela cooperação e pela ética constroem relações mais saudáveis e duradouras.
Sendo
a gentileza uma amabilidade, uma delicadeza, uma forma de amor, alguns estudos
demonstram que pessoas gentis têm aumentado o seu grau de felicidade, porque
essa virtude está ligada ao gene que libera o hormônio responsável pelo
bem-estar, a dopamina.
Um
ditado popular diz que gentileza gera gentileza.
De
fato são muito comentados os fatos sequentes de atitudes generosas, comprovando
que, quando se é gentil com os outros contribuímos para tornar melhor o
ambiente em que vivemos.
A
gentileza acaba por ser contagiante, e outros são motivados a serem,
igualmente, gentis.
Sendo
uma forma de atenção, de deferência, que torna os relacionamentos mais humanos,
é decorrência natural do respeito e do amor, do prazer de servir, apenas pela
alegria de ser útil.
Uma
pessoa gentil demonstra cortesia, é educada e atenciosa.
Quando,
habitualmente, auxiliamos as pessoas, quando
conseguimos ser gentis para com todos, temos igualmente aumentadas
nossas probabilidades de gozo de saúde mental.
Nosso
sistema imunológico tende a ser melhor, porque existe uma relação direta entre
bem-estar, felicidade e saúde.
Quando
nos dispomos à gentileza, nos tornamos pessoas cuidadosas e delicadas não
apenas com os de fora, mas também dentro do próprio lar.
Sempre
atentos para perceber as necessidades do outro, conquistamos a consciência de
que aquilo que nos alegra, pode igualmente alegrar a outrem e o que nos
entristece, pode da mesma forma entristecê-lo.
Colocamo-nos
no lugar do outro para escolher a melhor forma de agir e nos felicitamos.
Dessa
forma, sejamos gentis, doemo-nos e veremos como nos sentiremos mais completos e
felizes.
Como
a gentileza decorre do despertar da consciência, quando nos dispomos a
compreender os valores reais da vida, juntamente com essa virtude, conquistamos
alegria, amorosidade, afabilidade, amizade, brandura, gratidão, respeito,
ternura, tolerância.
O
gesto de gentileza é, sem dúvida, um grande passo para modificarmos uma
situação de descaso, de indelicadeza ou de indiferença.
Pensemos
nisso!
Redação do Momento Espírita.
Em 7.10.2017.
Fonte:
Momento Espírita
www.momento.com.br
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