Marina havia deixado sua terra natal para
acompanhar os pais idosos, que desejavam conhecer o outro lado do mundo.
Sentia-se feliz por ter a oportunidade de conhecer
outro país, outra cultura, outros costumes.
Alugaram uma pequena moradia à beira mar, junto aos
coqueiros, imaginando permanecer naquele local por alguns meses.
Tudo era novidade. A praia imensa, a alimentação
diferente, pessoas alegres, clima quente, sol brilhante...
Enfim, tudo muito agradável, propiciando passeios
longos, momentos de descanso debaixo dos coqueiros, leitura amena nos finais de
tarde.
Passados seis meses, o pai adoeceu repentinamente
e, embora todos os cuidados, não resistiu.
A mãe entristeceu, sentiu-se desprotegida. Marina
procurava demonstrar fortaleza moral, a fim de não se tornar motivo de
preocupação e maior tristeza.
Decidiram por retornar à pátria. Mas, enquanto
faziam os preparativos, a mãe enfermou, logo deixando também a vida física e a
filha.
Agora foi a vez de Marina se sentir desprotegida e
só. A melancolia a envolveu.
Sentia-se triste por ter perdido a presença física
dos pais, por estar longe de sua terra. Sentia saudade do seu povo, dos seus
costumes, dos seus amigos.
Seria seu destino ficar naquele país, sozinha e
triste? Não seria melhor retornar para sua terra onde poderia voltar a ser
feliz?
Certo dia, abriu o coração com algumas pessoas, que
conhecera no transcorrer daqueles meses.
E nelas descobriu amigas, que a convidaram a se integrar
na comunidade. Levaram-na a conhecer o artesanato local.
Depois a conduziram ao templo de sua fé,
estimulando-a à oração, estabelecendo confiança em Deus, Pai de amor e bondade.
Marina se deu conta de que poderia ser feliz, ali
mesmo.
Mais tarde, já melhor adaptada, contraiu matrimônio
e refez sua vida.
* * *
Nossas vidas dependem somente de nós.
Imaginamos, muitas vezes, que nosso destino esteja
traçado, e que nada podemos fazer para alterar o que está estabelecido.
No entanto, a cada segundo, a cada iniciativa, a
cada ação que empreendemos, definimos como será o nosso amanhã.
Mudamos nossa trajetória a cada decisão que
tomamos, a cada escolha que fazemos.
Somos os senhores dos nossos destinos.
Naturalmente que nada nos acontece por acaso. Tudo
se encontra dentro das leis que regem a vida. E essa lei estabelece que a cada
ação corresponde uma reação.
A cada semeadura, a respectiva colheita.
Quando problemas nos alcançam, quando as dores nos
pareçam superlativas, lembremos que neste planeta tudo é transitório.
Se hoje a tempestade se faz intensa, as nuvens
escuras escondem o azul do céu, logo mais o sol voltará a brilhar e o dia a
sorrir.
E para nossa felicidade não importa onde nos
encontremos, desde que tenhamos fé e esperança a guiar os nossos passos.
Tudo dependerá das nossas escolhas, da forma como
nos conduzimos na vida, do que espalhamos pelas estradas que percorremos.
Dores, dificuldades, fazem parte do contexto do
planeta em que nos encontramos. Mas a felicidade é possível. Basta que
aprendamos a tudo olhar através dos vitrais do otimismo, da fé e da esperança.
Redação do Momento Espírita.
Em 15.4.2017.
Em 15.4.2017.
Fonte:
Momento Espírita
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