No
ato do matrimônio, são comuns as promessas de fidelidade, amor e respeito.
E,
porque na Terra, tudo é passageiro, as situações mudam de um momento para o
outro, as promessas especificam que isso será mantido na alegria e na tristeza,
na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe.
Sabemos
que tais promessas, pronunciadas e aceitas, em um momento de enamoramento,
paixão, não garantem que sejam cumpridas, no decorrer dos anos.
Em
verdade, infelizmente, algumas se rompem muito cedo, meses depois ou logo nos
primeiros anos de convivência.
Por
vezes, algo muito pequeno basta para romper os laços, acabar com a convivência
a dois.
Para
alguns casais, quando problemas complexos se apresentam, quando a manutenção do
lar sofre revezes, ou a doença se instala, tudo perece.
Para
outros, no entanto, é justamente perante a adversidade que o elo do amor mais
se estreita.
O
casal Cláudia e Emerson, por exemplo, percebeu, com pouca diferença de tempo,
serem portadores de câncer.
Ele
descobriu primeiro. E o tratamento envolveu cirurgia, com posterior
quimioterapia.
Poucos
dias depois, em exame rotineiro, Cláudia foi diagnosticada, de igual forma.
Submeteu-se
à cirurgia e a todas as recomendações médicas. No entanto, a sua maior
preocupação se voltava para o possível final da sua vida.
Temia
não ser vitoriosa contra a doença que a assaltara.
Iniciaram
as sessões de quimioterapia praticamente na mesma época. Ela tinha medo de
permanecer no hospital. Mostrava-se apreensiva.
Diante
disso, ele se tornou mais corajoso para dar suporte a ela, em todos os
momentos.
Passaram
juntos pelos desafios que a doença proporciona.
Havia
dias muito ruins e outros, nem tanto.
Ele
terminou o tratamento antes, e continuou a acompanhá-la, atencioso, na sua
caminhada.
* * *
O comportamento que nos leva a ser verdadeiros parceiros de nossos
afetos demonstra o grau do nosso amor.
Quando escolhemos viver juntos, para juntos superarmos o que quer que
seja que a vida nos apresente, estamos testificando do verdadeiro sentimento
que nos uniu, um dia.
Afastamo-nos de nossas possíveis dores para sentir com o outro as suas
dores como se fossem nossas, vivenciando a empatia.
Deixamos de lado alguma atividade nossa, a benefício do bem-estar do
afeto.
Quando o amparo se torna recíproco, quando os benefícios se dão em
troca, vemos se intensificar o amor.
É empolgante observar casais que tudo enfrentam, apoiando-se: a
enfermidade, a morte de um filho, a decadência financeira.
Prosseguem, de mãos dadas, socorrendo-se mutuamente. Um dia, um está
mais fraco. Em outro, o par é que aparenta desânimo.
Mas, prosseguem. Envelhecem juntos, realizam a jornada amparando-se um
ao outro.
Então, quando constatarem que juntos superaram uma dificuldade ou outra,
quem sabe poderão se lembrar que um dia prometeram, de forma recíproca,
fidelidade, amor, respeito.
E se respeitam, são fiéis e se amam.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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