Já
nos demos conta de que não são poucos os habitantes de nosso planeta que
estagiam em um nível de consciência mais lúcido?
Com
frequência, encontramos aqueles com comportamentos éticos exemplares, com
atitudes generosas em relação ao próximo, preocupados com o coletivo e o
bem-estar alheio.
São
inúmeros a lutar em prol do meio ambiente, contra o racismo, defendendo
minorias, buscando igualdade de gênero.
Muitos
outros se dedicam aos desfavorecidos, às populações em situação de rua, aos
abandonados, aflitos, distribuindo amor em forma de comida, conversa ou
sorrisos.
Alguns,
ainda muito jovens, se encontram à frente de ONGs, defendendo uma sociedade
mais igualitária, mais justa.
Outros,
profissionais de larga experiência, se engajam em trabalhos voluntários ou
mesmo usam sua expertise para causas coletivas e de impacto
social.
Tantos
são os voluntários em asilos, creches, escolas, oferecendo solidariedade, suas
presenças, amenizando dores.
Todos
esses fazem o bem e fomentam a paz na sociedade.
É
assim que, impactados por tantos a fazer tanto, passamos também a oferecer um
pouco de nós, em prol do mundo.
Começamos
a nos esforçar em modificar nossas paisagens íntimas. Buscamos nos engajar em
causas importantes, e colaboramos para que o mundo seja melhor, a partir de
nós.
Nada
obstante esse esforço de outros e de nós mesmos, também encontraremos aqueles
ainda refratários a tal movimento de progresso.
São
os que agem em prol de si próprios, sem se preocuparem com padrões éticos,
desrespeitando leis e vidas em nome de vantagens pessoais e para os seus.
São
esses que fomentam o crime, a corrupção, oprimem os desfavorecidos, defendendo
com unhas e dentes seus interesses.
Como
cada um de nós estagia em seu próprio nível de consciência, não deve nos causar
alarde, nem constrangimento, encontrar aqueles que ainda não comungam de
sentimentos mais nobres.
Porém,
não nos afastemos deles, nem com eles nos antipatizemos, mesmo que gerem
dificuldade e criem problemas à nossa volta.
No
esforço de autoiluminação em que nos encontramos, utilizemos da paciência para
com esses difíceis companheiros de jornada.
Se
no trânsito encontramos alguém arrogante, em desequilíbrio e insensato,
ofereçamos a nossa compreensão e vibrações de paz.
Logo
mais, ele, em momento aprazado, encontrará oportunidade de reflexão e
aprendizado.
Se
o colega de trabalho age de maneira irascível, ou se mostra tirano, abusivo,
busquemos a palavra firme, porém amiga, fraterna, não sintonizando com as
vibrações de sua dificuldade.
Ele
também encontrará, em algum momento, as lições para o despertar da consciência,
tal como ocorreu conosco.
Dessa
forma, buscando os primeiros como exemplo, e a esses outros como laboratório de
compreensão e empatia, persistamos no esforço de fazer nosso mundo melhor a
cada dia.
Pensemos
que em tudo dependemos das mentes mais esclarecidas e dos homens de boa
vontade.
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