Ilude-se, todo
aquele que supõe que o encontro com a Verdade irá impedir-lhe a ocorrência de
problemas e de desafios existenciais na jornada de evolução.
Engana-se, quem
pretende viver experiências elevadas sem as lutas do quotidiano, em razão da
sua vinculação com o espírito da Verdade.
Desperdiça o
tempo, o indivíduo que acredita estar livre do sofrimento, somente porque se
voltou para as lições libertadoras da Verdade.
Equivoca-se, a
pessoa que, abraçando a Verdade, espera desfrutar de privilégios e prazeres
contínuos.
Defrauda a
consciência, o pretendente a uma vida de exceção, longe da dor, das provas
necessárias, somente porque aderiu à Verdade.
Mente, para si
mesmo, aquele que espera uma existência pacata, rica de experiências
espirituais, sem os choques do mundo, agora, quando se encontrou com a Verdade.
Não existe um
exemplo de alguém que haja despertado para a Verdade, que tenha modificada a
trajetória da reencarnação, passando a gozar de dádivas especiais que o
tomariam um eleito.
Pelo contrário, a
Verdade induz à maturidade espiritual, à libertação da ignorância em tomo da
vida, demonstrando que se está na Terra, num mundo transitório, momentâneo,
programado para o retomo ao Grande Lar, após vencidas as etapas de progresso
que lhe são necessárias durante o trajeto físico.
O conhecimento da
Verdade dilata os horizontes do entendimento intelectual e racional do
Espírito, a fim de que possa aplicar ao dever essencial, ao invés de deter-se
nas banalidades que procura transformar em fundamentais à felicidade.
Ao mesmo tempo,
convoca a mente à introspecção, à viagem silenciosa que leva ao
autodescobrimento, de maneira a selecionar o que é fundamental e o que é
secundário durante o périplo carnal.
Identificados os
valores legítimos oferecidos pela reencarnação, entrega-se à reconstrução moral
no campo das ideias, facultando melhor direcionamento dos esforços pessoais em
favor do crescimento interior, com a mente inçada de esperanças e de bem-estar.
Uma incomparável
alegria apossa-se-lhe do comportamento, alterando-o expressivamente, por
facultar o aproveitamento do tempo para a vinculação com Deus através da Sua
manifestação em todas as coisas.
Aberturas
emocionais para o amor, para a fraternidade, para a compaixão, para a caridade
ensejam-Ihe um intercâmbio contínuo com as Forças do Bem, que alimentam o ser e
dele retiram energias que são aplicadas em favor dos menos aquinhoados.
Uma alteração real
de objetivos alerta para a vivência contínua das emoções superiores.
A resignação ante
os acontecimentos menos ditosos, os insucessos materiais, as enfermidades, as
agressões e combates inevitáveis, transforma-se em recurso prodigioso para dar
continuidade aos projetos evolutivos na direção da meta libertadora.
*
À medida que o ser
se eleva, mais fácil apresenta-se-Ihe a faculdade de entender a vida e suas
ocorrências, dando-lhe motivações para empreendimentos contínuos de paz e de
construção da solidariedade.
Não espera que o
mundo mude, antes muda em relação ao mundo, tomando-se um ponto de referência
para outras futuras transformações que ocorrerão em favor da renovação da
sociedade.
Já não mais
escraviza-se a pessoas e a coisas por sabê-las todas efêmeras no curso infinito
do progresso. Ama-as, porém, livre de dependência de qualquer espécie, por cuja
forma não se detém na marcha, avançando sempre.
Compreende que nem
todos, no momento, podem seguir-lhe os passos, o que não o aflige, nem o
desestimula, porquanto reconhece a existência de níveis variados de
consciências, continuando nos propósitos estabelecidos.
Vitimado por
circunstâncias decorrentes dos atos infelizes do pretérito espiritual, enfrenta
a situação com coragem, diluindo os efeitos com os métodos ao alcance, evitando
novos comprometimentos que o afligirão no porvir.
Perseguido pela
insensatez que campeia a soldo da comodidade em toda parte, sorri e continua,
não se detendo a explicar a conduta, nem a debater a respeito da decisão de
integrar-se no conceito da Verdade, vivendo-a, desde já, sem alarde, nem
imposição de qualquer natureza.
Honestamente, é
fiel a si mesmo e a Deus, que o atrai com a irresistível energia do amor,
passando a nutrir-se desse pão de vida, sem a preocupação de justificar-se ou
de arrebanhar adeptos para o seu desiderato.
Muitas vezes, a
sós, está sempre com Deus, ou Deus está com ele, não se importando com o
abandono a que se veja entregue por familiares, amigos ou correligionários.
Não se aflige
hoje, ante a impossibilidade de conseguir a realização dos seus objetivos. Sabe
que o importante é iniciar a busca, prosseguindo sem pressa, nem detença.
Nele fulgura a luz
da paz, que o tranqüiliza, facultando-lhe entendimento de todos os
acontecimentos.
Se a morte ameaça,
prepara-se para recebê-Ia jovialmente, porque entende que ela será a sua ponte
para alcançar o Outro Lado, onde espera ser feliz.
Vagarosamente e
com decisão rompe o véu que o separa da Verdade, conforme acentuava São João da
Cruz.
...E ocorrendo a
morte, desperta em madrugada formosa para a qual se preparou durante a
existência passada.
*
Eu sou o Caminho da
Verdade e da Vida - afirmou Jesus.
A fim de ser
alcançado - Deus em Plenitude - Jesus é o Caminho único, embora se multipliquem
os missionários do amor, da compaixão e da sabedoria em todas as doutrinas
espiritualistas, que vieram em Seu nome, a fim de preparar as criaturas para o
grande encontro com o Seu coração.
Toma-O como modelo
e guia, seguindo-O alegremente e a Verdade te embriagará de luz e de paz,
concedendo-te Vida em abundância.
Joanna
de Ângelis
Psicografia do médium Divaldo P. Franco, no dia 25 de dezembro de 2004, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.
Psicografia do médium Divaldo P. Franco, no dia 25 de dezembro de 2004, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.
Fonte: Divaldo Franco
http://www.divaldofranco.com.br/
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