Florence Nightingale com demais enfermeiras no campo de batalha |
Florence
Nightingale nasceu em 1820, em Florença, na Itália, mas foi criada no interior
da Inglaterra, onde recebeu educação clássica e jamais enfrentou problemas de
ordem material.
Apesar de sua
posição social privilegiada, desde cedo dava mostras de que buscava algo mais
para sua vida.
Aos dezessete
anos, informou à sua família que pretendia ser enfermeira, o que causou
desagrado a todos.
Naqueles tempos,
os hospitais eram pequenos, feios e sujos, e as enfermeiras tinham péssima
reputação.
Na opinião de sua
família, nenhuma mulher de respeito poderia abraçar, conscientemente, tal
profissão.
Florence, porém,
permaneceu irredutível, e, em 1850, começou seu treinamento prático.
Em 1853, tornou-se
superintendente do hospital para jovens inválidas, que acabaria se
transformando no mais moderno daquela época, na Inglaterra.
Florence
introduziu, na instituição hospitalar, itens até então inexistentes, como
campainhas para os doentes chamarem auxílio, carrinhos para transportar a
comida mais depressa e aquecedores de água, além de se dedicar, intensamente, à
capacitação profissional das enfermeiras.
Mas foi sua
atuação durante a guerra da Crimeia, em 1854, que transformou sua vida em um mito.
Os soldados
ingleses feridos na frente de batalha não recebiam atendimentos médicos, em
virtude da dificuldade de transporte de suprimentos.
Não havia
bandagens, medicamentos ou anestesias.
Eles eram
abandonados em camas improvisadas com palha, onde muitos morriam de cólera ou
desinteria.
Quando tais
notícias chegaram à Inglaterra, Florence enviou uma carta ao Secretário da
Guerra oferecendo seus serviços voluntários.
Poucos dias
depois, ela, na condição de diretora de todas as operações inglesas de enfermagem
na guerra, e mais trinta e oito enfermeiras embarcaram para Uskudar.
Sob a sua
supervisão, vários postos de enfermagem foram montados e, apesar das mínimas
condições de suprimentos e instalações, mais de doze mil feridos foram
atendidos por elas.
Florence e suas
companheiras passavam praticamente vinte e quatro horas por dia ajoelhadas
tratando dos feridos.
Elas contraíram
todas as doenças que devastavam as tropas, como desinteria, reumatismo e febre.
Apesar de doente e
fraca, Florence recusou-se a deixar a Turquia antes da retirada total das
tropas, o que só ocorreu em 1856.
Foi recebida na
Inglaterra como heroína nacional. Pessoalmente, sentia-se frustrada por não ter
podido fazer mais pelos doentes.
A fama não
modificou seus interesses, tampouco sua determinação.
Devotou-se
integralmente à reforma das condições médicas e da política de saúde pública em
seu país.
Desencarnou em
1910, e é lembrada como a dama com o lampião, em decorrência da
ideia que ela defendia e praticava fielmente, no sentido de que os cuidados de
uma enfermeira para com os doentes jamais podem parar, de dia ou de noite, em
qualquer lugar.
*
* *
Cada qual nasce
com uma missão, por mais nobre ou mais singela que seja.
Busquemos realizar
a nossa, diariamente, por meio de pequenos e constantes gestos direcionados ao
bem.
Pensemos nisso.
Redação
do Momento Espírita, com base no livro Marias:
A jornada heroica de cinquenta mulheres que fizeram
história, de Laura Braun e Eduardo Castor Borgonovi,
ed. Alegro.
Em 15.4.2015.
A jornada heroica de cinquenta mulheres que fizeram
história, de Laura Braun e Eduardo Castor Borgonovi,
ed. Alegro.
Em 15.4.2015.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
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