A ciência e a tecnologia ensejaram-nos conhecer
grande parte do Universo e deslumbrar-nos com a Criação. Raramente, porém, ao
contemplarmos as belezas e as conquistas do conhecimento, recordamo-nos do
Criador e da Sua misericórdia para com todos que fazemos parte da Sua criação.
O fascínio que nos exercem as incontáveis
aquisições que nos arrebatam não foram, porém, suficientes para alterar a nossa
conduta moral, liberando-nos do egoísmo, da insensatez e da presunção de
grandeza que nos atribuímos.
Alguns chegamos a crer que tudo isso é fruto da
inteligência investigadora e necessitada de respostas para os enigmas que
aturdiram as gerações transatas, deixando-nos empolgar pela vaidade que nos faz
parecer verdadeiros deuses…
Em consequência, as glórias desveladas não
lograram acalmar as ansiedades do coração e as necessidades da mente. Há
desvarios e misérias que aumentam à nossa volta e que nos empurram aos abismos
de dor e de angústias, tornando a nossa uma sociedade de solitários e
atormentados.
Cultivamos os sonhos de beleza e de plenitude,
nada obstante, tombamos inermes nos pesadelos da aflição e do desencanto,
tornando a nossa uma situação espiritual deplorável. Felizmente, já dispomos de
recursos valiosos, senão indispensáveis para a conquista dos valores éticos
plenificadores.
Entre os dias 17 e 19 do corrente, em São José
dos Pinhais, PR, teve lugar a série de conferências apresentadas pela Federação
Espírita do Paraná. Nos imensos salões da Expotrade, em cada dia de atividades
reuniram-se mais de 10 mil pessoas ávidas, sedentas de Deus.
Em noite de abertura chuvosa, com trânsito
difícil e construção do acesso à cidade da grande Curitiba, o imenso auditório
esteve totalmente lotado, embora o ato estivesse sendo transmitido através de
rádio, Facebook, televisão e outros veículos da mídia, havendo sido acompanhado
por mais de cem mil pessoas em todo o mundo.
Nos dois dias sucessivos até o domingo, por
ocasião do seu encerramento, o público esteve ávido, presente, ora emocionado,
ora em sorrisos largos de felicidade, numa gigantesca confraternização entre
pessoas de diferentes culturas, cidades e Estados, buscando compreender o
sentido e significado da vida à luz do Espiritismo.
Livros, periódicos, gravações de conferências
foram adquiridos com avidez, na tentativa de aprofundar-se o conhecimento em
torno da Vida, da imortalidade do Espírito, das lutas e dores que se devem
enfrentar no transcurso da jornada evolutiva.
A parte artística, de excelente qualidade,
arrancou aplausos expressivos, sendo esse espetáculo gratuito, facultando a
todos a oportunidade de diminuir a sua sede de Deus e encontrar o caminho da
plenitude.
Divaldo Pereira Franco
Artigo publicado no jornal A Tarde,
coluna Opinião, em 23.3.2017.
Em 24.3.2017.
Fonte: Divaldo Franco
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