Ela foi,
sem dúvida, uma das mulheres mais notáveis que o mundo já conheceu.
Nasceu
normal mas, aos dezoito meses, teve uma febre infecciosa, provavelmente
escarlatina e ficou cega, surda e muda.
No entanto,
graças a uma professora, Anne Sullivan, ela se tornou escritora, filósofa,
conferencista.
Anne
apareceu na vida de Helen Keller quando Helen tinha seis anos.
Ensinou-lhe
o alfabeto dos mudos, que soletrava na mão da menina. Ensinou-a ler e escrever
em Braille.
Aos dez
anos, Helen aprendeu a falar. Cursou a Universidade e formou-se em filosofia,
com louvor.
Foi a
primeira deficiente visual e auditiva a completar um curso universitário.
Sua
professora a acompanhou por cinquenta anos. Na Universidade, soletrava em sua
mão as palavras.
Aos vinte
anos, Helen escreveu sua obra mais famosa, A história de minha vida,
traduzida para cinquenta idiomas e para o Braille.
Dominou os
idiomas francês, latim e alemão. Aos vinte e sete anos, fez sua primeira
aparição em público, como oradora.
Dedicou-se
à defesa dos direitos de mulheres pobres e deficientes.
Nas
conferências, ela falava sobre a situação dos cegos, surdos-mudos, chamando a
isso um dos pequenos problemas da Humanidade. Havia outros mais
graves.
Respondia a
perguntas e fazia os ouvintes rirem, descontraídos, com seu senso de humor e
suas respostas inesperadas.
Pois esta
mulher excepcional, que fez viagens internacionais, proferindo conferências em
trinta e cinco países, tinha atenção para coisas pequenas.
Coisas que
alguns de nós, talvez, acreditemos que não têm muita importância.
Quando sua
professora se casou, levou Helen para morar com ela.
Por muitos
anos, não tiveram criada alguma, por falta de recursos.
Helen
aprendeu a fazer tudo o que podia, para ajudar a sua professora.
Enquanto
Anne levava o marido de carro à estação, para que ele tomasse o trem para o seu
trabalho, Helen tirava a mesa.
Depois,
lavava a louça, arrumava os quartos.
Mesmo que
montanhas de cartas, livros e artigos para escrever a aguardassem, a casa era a
casa.
Alguém
tinha de fazer as camas, colher flores, catar lenha, pôr o moinho de vento a
andar e pará-lo quando a caixa d´água estivesse cheia.
Enfim,
tinha em mente essas coisas imperceptíveis que fazem a felicidade da família.
Afirmava
ela: Quem gosta de trabalhar sabe como é agradável a gente estar
ajudando as pessoas a quem estimamos, nas tarefas diárias de casa.
*
* *
Quando
tantos nos eximimos de tarefas simples, procurando destaque; quando outros
alegamos que não podemos perder tempo com coisas pequenas, Helen nos dá o
exemplo.
Ela era
aplaudida, recebia condecorações, era homenageada, mas, era preciso ajudar nas
tarefas do lar.
Com
certeza, ela aprendera muito bem a lição evangélica de que quem é fiel nas
coisas pequenas, o será sempre nas coisas grandes.
E tudo
fazia com alegria e prazer, afirmando: Não peçamos tarefas iguais às
nossas forças. Mas forças iguais às nossas tarefas.
Você sabia?
Você sabia
que o Lions Club Internacional declarou, em 1971, que o dia 1º
de junho passaria a ser lembrado como o dia de Helen Keller?
E que,
nesse dia, os leões do mundo inteiro implementam projetos de serviços relativos
à visão?
Tudo em
nome de uma menina deficiente visual e auditiva, que cuidava das coisas simples
com o mesmo carinho que dedicava às grandes causas que defendia.
Redação do
Momento Espírita, com base na
biografia de Helen Keller, publicada por The
International Association of Lions Clubs.
Em 2.6.2014.
Reblogado do website Momento Espírita
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