Foram
cinquenta anos de angustiosa procura.
Os
irmãos Adolfo e Antônio perderam o contato quando deixaram o Estado de
Pernambuco, na década de 1960, e se mudaram para a região sudeste do Brasil, em
busca de melhores oportunidades.
A
comunicação à época era difícil e, embora tenham se procurado por anos a fio,
não conseguiram se reencontrar.
Quando
se aposentou, Adolfo decidiu retornar à região nordeste, instalando-se em Maceió.
Por
conta de um problema de saúde, foi internado em hospital de grande porte da
capital alagoense.
No
leito ao lado de Adolfo, outro homem também estava internado.
As
enfermeiras estranharam ao perceber que o sobrenome dos dois pacientes era
idêntico e questionaram Adolfo se ele conhecia alguém chamado Antônio.
Cheio
de esperança, ele pediu à sua filha que indagasse ao companheiro de
internamento o nome do pai dele.
Pedro
da Silva, foi a resposta.
Era
o nome do pai de Adolfo. No mesmo instante, ele pediu a alguém que fosse à sua
casa buscar uma antiga foto de família, na qual seu pai e seus irmãos estavam
retratados.
Quando
mostraram a foto a Antônio, copiosas lágrimas rolaram por sua face. Não havia
mais dúvidas: os irmãos haviam se reencontrado.
Antônio
também se mudara para Maceió na ocasião de sua aposentadoria e eles não faziam
ideia de que moravam próximos um do outro há quase dez anos.
Tantos
anos passamos separados, tantas foram as tentativas frustradas de nos
reencontrarmos para, de repente, sermos internados no mesmo dia, um ao lado do
outro.
Foi
um reencontro de emoção indescritível, um verdadeiro mistério de Deus, revela
Adolfo, emocionado.
* * *
Encontros,
desencontros, chegadas, despedidas, alegrias, tristezas.
Em
nossa existência, nada ocorre por acaso.
As
provações e tribulações pelas quais passamos, os sucessos e os insucessos da
vida, o país no qual residimos, a religião que professamos, as condições
financeiras de que desfrutamos, para tudo há uma explicação.
A
família na qual fomos acolhidos, as amizades que cultivamos, o companheiro ou a
companheira que elegemos, os filhos que nos foram confiados, nada disso deve
ser atribuído ao acaso.
Atentemo-nos
às nossas escolhas. São elas as responsáveis pelos acontecimentos tanto do
passado quanto pelos do presente e futuros, felizes ou infelizes, comumente
atribuídos ao acaso, à sorte ou ao azar.
Por
assim ser, é preciso responsabilidade ao fazermos uso do livre-arbítrio que o
Criador nos concedeu. A lei de causa e efeito é universal: para cada escolha,
uma consequência.
Sem
dúvida, é certo que podemos contar com a misericórdia Divina, que leva em conta
as nossas fraquezas.
Porém,
no devido tempo, quando estivermos preparados, a justiça de Deus permite que
reparemos as faltas cometidas, registradas no tribunal da consciência.
* * *
O
que rege as nossas existências não é o acaso, mas, sim, o livre-arbítrio, uma
responsabilidade que o ser conquista por meio do progresso intelecto-moral.
Afinal,
imprevisível é a presença Divina surpreendendo a qualquer falta cometida.
Insuspeitável é a interferência Divina sempre vigilante. Inesperado é a
ocorrência Divina trabalhando pela ordem.
Pensemos
nisso!
Redação do Momento Espírita, com base na biografia de Adolfo
Teixeira da Silva com transcrição de frases do cap. 3, do livro Alerta, pelo
Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL. Em
26.1.2018.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
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