Cuidar,
acompanhar, educar, ver crescer e entregar para a vida.
Esse
é o ciclo da maternidade.
Não
importa se iniciou a partir de seu corpo ou se optou pela missão, abraçando o
fruto gerado por outra pessoa.
Toda
mãe agasalha na intimidade esperanças, planos, sonhos e ansiedades para aquele
que se ensaia para a vida, em um corpo frágil e pequenino.
Como
mãe, sabe que se submete a uma transformação sem caminho de volta, pois nunca
mais será a mesma...
Nada
mais será igual. Nem o corpo, nem a alma, nem as madrugadas, as manhãs, ou os
dias...
Para
aquelas milhares de células que, organizadas num milagre divino, darão vida a
um novo ser, que abrigará uma alma antiga, ela dará o nome de filho.
Por
vezes, será um velho conhecido que retorna, consolidando laços de afeto
construídos em algum tempo, em algum lugar.
De
outras, serão reencontros de almas para ajustes, reconstrução de sentimentos,
exercícios de perdão e tolerância.
Não
importa, será sempre filho. Filho do corpo ou filho da alma.
Ela
trará no peito o alimento físico de que ele se nutrirá. Ou simplesmente
oferecerá o amor que sustenta, inunda e conforta o ser que embala nos braços.
Ela
acompanhará dia a dia seu desenvolvimento com olhos de lince e cuidados de
leoa.
Ensinará
a comer, a andar e a falar.
Incentivará
novas conquistas e acompanhará de perto seu aprendizado.
Mostrará
o mundo sob seu olhar, e aprenderá com ele um novo olhar sobre o mundo, já sem
saber quem ensina e quem aprende.
Estarei fazendo o correto? Estarei educando da
melhor maneira? Devo agir dessa ou daquela forma?
Serão
dúvidas e mais dúvidas que se sucederão nessa caminhada.
Mas,
ela nunca desistirá. Entenderá que, se houver erros, serão frutos da
inexperiência ou desconhecimento, nunca de descaso ou negligência.
Sempre
oferecerá o que tem de melhor para o filho amado.
Serão
madrugadas a medir a temperatura controlando a febre, a medicar nos horários
devidos, a velar o sono em cuidado incomparável.
Terá
um sobressalto quando descobrir que ele não caberá mais nos seus braços ou no
berço.
Sentirá
saudades das noites insones, das histórias contadas antes de dormir, das
cartinhas carinhosas feitas com letras de principiante.
E
o verá, quando menos espera, se tornar independente, ganhar o mundo e seguir a
estrada dos seus sonhos.
Ela
continuará a carregar na mente e no coração tudo aquilo que a maternidade ali
depositou.
Serão
suas melhores armas frente aos desafios da vida.
Pois
assim são as mães. Só elas são assim.
Porém,
mãe não se faz no parto, nem na gestação.
Mãe
mesmo, mãe de verdade, essa vai se construindo dia a dia, no exercício paciente
do amor.
Há
que se querer ser mãe.
Querer
intenso que não se apaga com o cansaço dos dias, os embates da jornada, as
dificuldades do caminho.
Há
quem dê à luz, e nem por isso se torna mãe.
E
há tantos homens, mulheres, parentes consanguíneos ou não, que se constroem
mães, que se fazem mães.
Porque
mãe é todo ser que tem a certeza de ter um pedaço de seu coração pulsando em um
peito alheio.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
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