Imagem por Neal. |
Osho
No meu entender, à
medida que o seu amor se aprofunda, o seu sexo desaparece. O amor é tão completo que qual é a necessidade de sexo? Ele
está ultrapassado, fora de moda.
Está chegando o tempo em
que as crianças não mais nascerão como fruto do sexo entre o homem e a mulher —
porque temos sofrido muito: crianças cegas, crianças retardadas que têm que viver
suas vidas em profunda agonia
e sofrimento porque
não há meios de remediar a situação.
Mas agora temos os meios. Agora o amor pode ser uma total alegria, pura diversão, uma celebração. Não há mais a responsabilidade ou o medo de tornar a mulher grávida, porque isso a mantém em escravidão; porque você é um parceiro em criar a criança, você terá de ser um parceiro em ajudá-la a crescer.
O passado na história do homem não tem sido realmente humano. Pode tornar-se humano somente se a mulher e o homem deixarem de ser apenas parceiros sexuais. Isso arrasta ambos para espaços muito baixos.
Se eles puderem amar um ao outro com respeito, sem se usarem como mercadorias, ambos, homem e mulher, terão um grande crescimento de consciência.
Quanto mais sua energia sexual se transforma em amor, mais você se torna um ser espiritual.
O sexo é apenas um processo reprodutor forçado em você pela natureza. A natureza o tem usado como uma fábrica. E você nem ao menos tem a dignidade de declarar: "Eu não sou uma fábrica!"
Isso acontecerá apenas se você estiver alerta, desperto, consciente do que está fazendo, do que está pensando, de como está se comportando; e isso traz a você tal graça e tal beleza que a preocupação com a beleza física simplesmente desaparece.
Eu tenho visto muitas mulheres bonitas com mentes muito feias. Eu tenho visto homens bonitos, mas sua beleza não vai além da superfície. E este é o problema: a beleza é sempre superficial, mas a feiúra é profunda. Cave profundamente e você a encontrará, ela está lá; está nos ossos, está na medula.
O amor é a alquimia que pode transmutar essa feiúra interior. E quando ela desaparece inteiramente, mesmo um rosto ordinário, um rosto comum, começa a brilhar com a bênção e a alegria do além.
Osho, em "Após a
Meia-Idade: Um Céu Sem Limites"
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