Imagem por tanakawho |
Osho
Pergunta
a Osho:
Vejo-me
muitas vezes mergulhado
em tristeza ao pensar em deixar esta vida. O
que posso fazer?
A
tristeza é triste porque você não gosta dela. Ela é triste porque você não
gosta de senti-la. Ela é triste porque você a rejeita. Até a tristeza pode se
tornar um florescimento de grande beleza, de silêncio e profundidade, se você gostar dela.
Nada é errado. É assim que tem de ser, ser capaz de gostar de tudo o que acontece, até da tristeza. Até a morte tem de ser amada; só assim você conseguirá transcendê-la. Se conseguir aceitar a morte, se conseguir amá-la e recebê-la bem, a morte não pode matar você; você a transcendeu.
Quando a tristeza vier, aceite-a. Ouça a sua canção. Ela tem algo para lhe dar. Trata-se de uma dádiva que felicidade nenhuma pode lhe oferecer; só a tristeza pode.
A felicidade é sempre superficial; a tristeza é sempre profunda. A felicidade é como uma onda; a tristeza é como as profundezas do oceano. Na tristeza, você fica consigo mesmo, sozinho. Na felicidade, você começa a acompanhar outras pessoas e começa a compartilhar. Na tristeza, você fecha os olhos e mergulha fundo dentro de si mesmo.
A tristeza tem uma canção... ela é um fenômeno extremamente profundo.
Aceite-a. Aproveite-a. Prove-a sem nenhuma rejeição e você verá que ela lhe traz muitas dádivas que nenhuma felicidade pode trazer.
Se você conseguir aceitar a tristeza, ela deixa de ser tristeza; você dá um novo caráter a ela. Você crescerá por meio dela. Ela não será mais uma pedra, uma rocha no caminho, bloqueando a passagem; ela será um passo.
E lembre-se sempre: aquele que nunca sentiu uma tristeza profunda é uma pessoa pobre. Ele nunca terá riqueza interior. A pessoa que sempre viveu feliz, sorrindo, com frivolidade, não entrou no templo interior do seu ser. Ela não conhece o santuário interior.
Seja sempre capaz de ir para todas as polaridades. Quando a tristeza vier, fique realmente triste. Não tente fugir dela – permita-a, coopere com ela. Deixe que ela se dissolva em você e você se dissolverá nela. Deixe que você e ela sejam uma coisa só. Fique realmente triste: sem resistência, sem conflito e sem luta.
Quando a felicidade vier, fique feliz: dance e fique extasiado. Quando a felicidade vier, não tente se agarrar a ela. Não diga que ela tem de durar para sempre; assim você a perderá. Quando a tristeza vier, não diga: "Não venha", ou "Se tem de vir, por favor venha logo". Assim você deixa de aproveitá-la.
Não rejeite a tristeza e não se apegue à felicidade.
Logo você entenderá que a felicidade e a tristeza são dois aspectos da mesma moeda. Então você verá que a felicidade também traz em si uma tristeza e a tristeza traz em si uma felicidade.
Então o seu interior fica mais rico. Você pode desfrutar de tudo: da manhã e do entardecer também, da luz do dia e da escuridão da noite, do dia e da noite, do verão e do inverno, da vida e da morte – você pode desfrutar de tudo.
Nada é errado. É assim que tem de ser, ser capaz de gostar de tudo o que acontece, até da tristeza. Até a morte tem de ser amada; só assim você conseguirá transcendê-la. Se conseguir aceitar a morte, se conseguir amá-la e recebê-la bem, a morte não pode matar você; você a transcendeu.
Quando a tristeza vier, aceite-a. Ouça a sua canção. Ela tem algo para lhe dar. Trata-se de uma dádiva que felicidade nenhuma pode lhe oferecer; só a tristeza pode.
A felicidade é sempre superficial; a tristeza é sempre profunda. A felicidade é como uma onda; a tristeza é como as profundezas do oceano. Na tristeza, você fica consigo mesmo, sozinho. Na felicidade, você começa a acompanhar outras pessoas e começa a compartilhar. Na tristeza, você fecha os olhos e mergulha fundo dentro de si mesmo.
A tristeza tem uma canção... ela é um fenômeno extremamente profundo.
Aceite-a. Aproveite-a. Prove-a sem nenhuma rejeição e você verá que ela lhe traz muitas dádivas que nenhuma felicidade pode trazer.
Se você conseguir aceitar a tristeza, ela deixa de ser tristeza; você dá um novo caráter a ela. Você crescerá por meio dela. Ela não será mais uma pedra, uma rocha no caminho, bloqueando a passagem; ela será um passo.
E lembre-se sempre: aquele que nunca sentiu uma tristeza profunda é uma pessoa pobre. Ele nunca terá riqueza interior. A pessoa que sempre viveu feliz, sorrindo, com frivolidade, não entrou no templo interior do seu ser. Ela não conhece o santuário interior.
Seja sempre capaz de ir para todas as polaridades. Quando a tristeza vier, fique realmente triste. Não tente fugir dela – permita-a, coopere com ela. Deixe que ela se dissolva em você e você se dissolverá nela. Deixe que você e ela sejam uma coisa só. Fique realmente triste: sem resistência, sem conflito e sem luta.
Quando a felicidade vier, fique feliz: dance e fique extasiado. Quando a felicidade vier, não tente se agarrar a ela. Não diga que ela tem de durar para sempre; assim você a perderá. Quando a tristeza vier, não diga: "Não venha", ou "Se tem de vir, por favor venha logo". Assim você deixa de aproveitá-la.
Não rejeite a tristeza e não se apegue à felicidade.
Logo você entenderá que a felicidade e a tristeza são dois aspectos da mesma moeda. Então você verá que a felicidade também traz em si uma tristeza e a tristeza traz em si uma felicidade.
Então o seu interior fica mais rico. Você pode desfrutar de tudo: da manhã e do entardecer também, da luz do dia e da escuridão da noite, do dia e da noite, do verão e do inverno, da vida e da morte – você pode desfrutar de tudo.
Osho,
em "O Livro do Viver e do Morrer: Celebre a Vida e Também a Morte"
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