Aquela jovem via o sacrifício que seus pais faziam para que ela pudesse
estudar. Esforçava-se, ao máximo, para conseguir sua vaga em uma Universidade.
Seu sonho era estudar medicina, um curso proibitivo para as finanças de
sua família.
Então, após três anos tentando, ela conseguiu: ficou entre os cinquenta
e três candidatos que tiraram nota mil na redação do Exame Nacional do Ensino
Médio - ENEM.
Em seguida, descobriu que seu nome constava da lista dos aprovados em
medicina, na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Foi uma comemoração cheia de lágrimas e abraços.
Principalmente, depois que ficaram sabendo qual fora o tema com o qual
ela conseguira a nota máxima na redação: Desafios para a formação educacional
de surdos no Brasil.
Um problema social que ela conhecia bem, pois havia se tornado
intérprete de libras, há dois anos, para se comunicar devidamente com uma amiga
surda.
Depois, sentira o problema de perto, quando, acompanhando uma irmã a uma
Unidade de Pronto Atendimento, encontrou três surdos, que não tinham quem os
entendesse e se sentiam perdidos.
Sério problema, que se repete em muitas salas de aulas.
Foi sobre isso que ela discorreu em sua redação, bem como sobre os
sentimentos que percebia no coração dos surdos brasileiros.
* * *
Esse assunto tem sido bastante veiculado, e nunca é demais pensar nos
benefícios que proporciona a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.
Por meio dela é que milhares de pessoas, portadoras de deficiência
auditiva, conseguem se comunicar tanto quanto tomar conhecimento do que ocorre
em programas televisivos, congressos, conferências.
Ao analisarmos a importância dessa linguagem, verificamos ser um meio de
garantir a socialização dessas pessoas e sua interação na sociedade.
Aprender LIBRAS é importante pois, além de permitir nossa comunicação
com os surdos, auxiliar na promoção de sua inclusão, nos possibilita servir de
intérprete entre eles e pessoas que não entendem essa linguagem.
Moisés Gazale, diretor da Federação Nacional de Educação e Integração de
Surdos, no Rio de Janeiro, lembra da origem no Brasil.
Foi em 1856, que o conde francês Ernest Huet, que era surdo, veio para o
nosso país, a convite do Imperador D. Pedro II, trazer a Língua Francesa de
Sinais.
No ano seguinte, foi fundado, no Rio de Janeiro, em 26 de setembro, o
Instituto de Surdos-Mudos, atual Instituto Nacional de Educação de Surdos.
Porém, a Língua Brasileira de Sinais foi finalmente estabelecida através
da Lei número 10.436, em 2002, como a língua oficial das pessoas surdas.
Inesperadas oportunidades podem nos sorrir na caminhada da vida,
facilitando a vida de alguém através de um simples conhecimento.
Aproveitemos essas chances.
São tesouros que acumulamos e que nos enriquecem verdadeiramente.
A vida é a grande escola, e somos constantemente desafiados a aprender
com ela.
Usufruamos de todas as oportunidades de aprendizado que nos surjam.
Diz o ditado popular que o saber não ocupa lugar. Mas, sem dúvida
nenhuma, nos gratifica!
Redação do Momento Espírita.
Em 25.5.2019.
Em 13.5.2019. Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e
Gratidão
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