Quando as dificuldades nos chegam e os problemas se
avolumam, é comum lembrarmos que existe um Pai Criador, que a tudo preside.
E a Ele dirigimos rogativas, no sentido de receber
auxílio, algo que nos alivie a carga de tribulações que nos pesam aos ombros.
De um modo geral, portanto, o maior número das
nossas orações se refere a pedidos a Deus pelas nossas necessidades.
No entanto, a prece, que se traduz também em louvor
e gratidão, vai muito além do valor que lhe atribuímos. E tem um alcance que
sequer aquilatamos.
Os que estão habituados ao seu exercício, aqueles
que a utilizam de forma constante, nos dão exemplos do seu valor.
Certa oportunidade, duas freiras que trabalhavam
como missionárias da caridade, na Índia, sob a tutela de Madre Teresa de
Calcutá, sofreram um grave problema.
Transitando pelas ruas de Calcutá, viram uma
criança sendo atacada por um cão. Sem pensarem em si mesmas, lançaram-se contra
o animal, salvando a criança.
Entretanto, raivoso, ele investiu contra elas,
mordendo-as na face e nas mãos. Socorridas por terceiros, foram conduzidas de
imediato a um hospital.
Contudo, por não disporem do medicamento adequado contra
a raiva, foram enviadas a outro hospital e a outro. O medicamento estava em
falta e levaria em torno de uma semana para chegar a Calcutá.
Uma das freiras decidiu escrever a um monge
tetraplégico que, do seu leito, alimentava com suas preces, o bom ânimo
daquelas trabalhadoras.
Em carta comovida, descreveu o ocorrido e a
tentativa de conseguirem a medicação adequada para ambas, que deveria tardar
mais de uma semana para chegar.
Poderia ser tarde demais para ambas as freiras.
Philippe chamou o superior ao seu quarto e mostrou
a carta rogativa. De imediato, foram convocados os demais companheiros e logo,
quase uma dúzia deles se entregava à oração.
Era preciso orar e orar muito. Orar por aquelas
irmãs que, em nome do amor, haviam exposto suas próprias vidas em perigo.
Era preciso que muitos orassem juntos para que a
prece chegasse aos céus. Seria como se fosse necessário chamar a atenção de
alguém e para isso se unissem muitas vozes, gritando ao mesmo tempo.
Philippe trazia a oração integrada à sua vida.
Desde algum tempo, ele fora convidado a dedicar a sua vida, em benefício do
trabalho das missionárias da caridade.
Essa foi uma missão que o Prêmio Nobel da Paz de
1979, Teresa de Calcutá, espalhou pelo mundo.
A quem estivesse retido no leito, impossibilitado
de atuar fisicamente, ela convidava a apadrinhar uma das suas missionárias.
Um singular apadrinhamento: orar em sua intenção,
diária e constantemente. O propósito era fortalecer, mesmo à distância, a quem
se propunha a servir o próximo e auxiliar sem medida.
Dessa forma, Madre Teresa estabeleceu, em todo o
mundo, uma extensa rede de orações.
Ela tinha o exato conhecimento dos poderes da
prece. Da prece que sustenta, que fortalece, que alimenta a alma e concede
energias ao corpo.
Envolver cada uma das suas missionárias nessa
corrente poderosa era a sua intenção.
Oração é fortalecimento. Aprendamos a utilizá-la em
todos os momentos de nossa vida: na alegria e na tristeza.
No festejar das conquistas e na recepção dos
fracassos.
Tentemos e sintamos as energias do Alto nos
fortalecerem.
Algo semelhante a receber do Pai Criador constantes
abraços e carinhoso envolvimento.
Redação do Momento Espírita, com dados
extraídos
do cap. 32, do livro Muito além do amor,
de Dominique Lapierre, ed. Salamandra.
Em 3.4.2018.
do cap. 32, do livro Muito além do amor,
de Dominique Lapierre, ed. Salamandra.
Em 3.4.2018.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz,
Amor e gratidão
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